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Um roteiro completo pela Itália viajando de trem

Duas semanas são tempo suficiente para conhecer Milão, Veneza, Florença, Pisa e Roma

Por Patrícia Figueiredo
Atualizado em 19 jul 2021, 12h13 - Publicado em 10 mar 2017, 17h07

Milão – 2 noites

Servida por voos diretos do Brasil e bem conectada à malha ferroviária, a cidade é um belo pontapé inicial.

O deslumbre começa com o Duomo, a maior catedral gótica do mundo. Depois de explorá-la, passe no restaurante Maio, no topo da loja La Rinascente, para tomar drinques com vista para o cartão-postal. Ao lado está a Galeria Vittorio Emanuele, que nasceu, em 1877, para ser um reduto de compras elegante e até hoje dá um banho em qualquer shopping.

Guarde uma noite para explorar o bairro boêmio de Navigli, antes de rumar para Veneza, a 2h40min de trem rápido.

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O gótico Duomo di Milão (Núria/Flickr)

Veneza – 3 noites

A beleza da cidade consegue ofuscar até a multidão de turistas. Há atrações deliciosamente clichês: um passeio de gôndola, uma subida ao campanário da Basílica de San Marco, um giro no Palazzo Ducale.

Mas, para comer, passe longe dos menus em inglês e siga os locais até os bacari, bares tradicionais especializados em petiscos, chamados por lá de cicchetti. Um dos melhores, fora da muvuca, é a Osteria Al Cicheto, que serve um bacalhau amanteigado de textura levíssima.

Fica pertinho da Estação Santa Lucia, de onde partem os trens que levam até Florença em pouco mais de duas horas.

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Enquadramento perfeito em Veneza (Lorenzoclick/Flickr)

Florença – 4 noites

Na cidade do Renascimento, amor à arte não é o bastante para conseguir dar um alô para o Davi, de Michelangelo, na Galleria dell’Accademia, ou para as muitas telas de Caravaggio e Boticelli na Galleria degli Uffizi. O programa requer planejamento: compre online os bilhetes – no verão, com bastante antecedência – para furar as filas de virar quarteirão.

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A cúpula do Duomo di Firenze (Antonio Cinotti/Flickr)

As igrejas também guardam um acervo de arte de respeito: não perca a Santa Maria Novella, que tem um museu nos fundos, e o Duomo, cujo ingresso permite que se suba até a cúpula – comprar online, com horário marcado, é imprescindível.

Para dar um tempo nos museus, saia vagando meio sem rumo até chegar à Ponte Vecchio, firme nos seus 671 anos de idade.

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Florença, cortada pelo Rio Arno e ligada por pontes como a Vecchia (Papapiper/Flickr)

Pisa – Bate e volta

Uma viagem de trem regional de 1h10min separa Florença da torre mais famosa da Itália.

De perto, a Torre de Pisa é uma obra-prima de mármore branco, cheia de detalhes; de longe, a graça é abusar das selfies diante de sua curiosa inclinação.

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Quem faz questão de subir até o topo precisa pagar e se encaixar nos grupos que se formam a cada 30 minutos – de novo, melhor comprar online com horário garantido. A tal da torre é só uma das construções que compõem o cenário da Piazza dei Miracoli: há ainda uma catedral, um batistério, dois museus e um cemitério.

A praça fica a cinco minutos da Estação de Pisa San Rossore, servida de trens regionais.

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A Torre de Pisa e a catedral, na Piazza dei Miracoli (Lorenzoclick/Flickr)

Roma – 4 noites

Reserve os últimos dias da viagem e muito fôlego para Roma. A maratona de pontos turísticos demanda disposição para bater perna e subir escada – a que leva até a cúpula da Basílica de São Pedro é uma das mais puxadas.

Aliás, visitar o Vaticano sem ficar com a sensação de estar pagando seus pecados só é possível para quem compra antes o ingresso para o museu, que inclui a Capela Sistina.

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O teto da Capela Sistina, no Vaticano (Robertsharp/Flickr)

Os passeios ditos obrigatórios não acabam por aí: é preciso entrar no Coliseu, dar uma volta nas ruínas do Fórum Romano e conhecer o acervo da Galleria Borghese.

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Para economizar dinheiro e tempo, vale comprar o Roma Pass, que dá direito a tudo isso, mais acesso livre ao transporte público.

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O Coliseu à noite (Luke Price/Flickr)

Qual é a melhor época?

Evite o verão, quando o sol castiga e as filas são homéricas. Em outubro, no início do outono, o clima ainda permite gelattos ocasionais, e as multidões dão uma trégua.

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Texto publicado na edição 256 da revista Viagem e Turismo (fevereiro/2017)

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