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Não tem passaporte? Você ainda pode viajar para estes 9 países

Quem disse que brasileiro precisa de passaporte para viajar para o exterior? Veja que países dispensam a apresentação do documento emitido pela PF

Por Ludmilla Balduino
Atualizado em 3 dez 2019, 15h38 - Publicado em 3 jul 2017, 18h41

Você estava desejando uma viagem internacional para os próximos meses, mas ainda não teve tempo de emitir o seu passaporte? Ainda há solução! Brasileiros podem viajar para nove países do Mercosul que assinaram em 2008 um acordo sobre documentos de viagem.

De acordo com este documento, os 10 países integrantes aceitam, no lugar do passaporte, que cidadãos e/ou residentes regulares nestes países transitem entre os territórios portando documentos de identificação.

Isso quer dizer que é possível viajar para os 9 países abaixo sem a necessidade do passaporte. Mas é preciso ter em mãos a cédula de identidade (também conhecida como RG).

De acordo com o Departamento do Mercosul no Ministério brasileiro das Relações Exteriores, apesar de a cédula de identidade brasileira não ter data de validade, é recomendável que o documento tenha uma foto que permita a identificação visual do portador.

Por isso, não adianta chegar na alfândega portando um RG com foto de quando você ainda era criança. Provavelmente você vai ser barrado. O melhor é renovar o documento com uma foto mais recente, que corresponda à sua fisionomia atual.

Os países integrantes do acordo também não aceitam outros documentos de identificação que normalmente usamos aqui no Brasil, como Carteira Nacional de Habilitação (CNH) ou identidades de classe. Só o RG vale.

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Veja quais são os países que você, brasileiro, pode viajar sem passaporte:

1. Argentina

Europa? Que nada! Aqui é mi Buenos Aires querida! (Mariano Mantel/creative commons/Flickr)

O tango em Buenos Aires, os vinhos, o mate, a música, as pessoas… A Argentina merece ser visitada, muito além de Puerto Madero, muito além do Caminito, muito além do futebol, muito além de Buenos Aires. As vinícolas do norte são um convite para “retiros espirituais” que nenhum deus do vinho botaria defeito; assim como as também convidativas regiões remotas do sul do país, que te retiram à força da civilização para você se conectar de uma forma única com a natureza.

2. Chile

Santiago do Chile, com seus arranha-céus que despontam lentamente numa tentativa vã de competir com a Cordilheira dos Andes, ao fundo (sara_winter/iStock)

Apesar de ser um dos destinos mais caros da América do Sul, a terra do poeta Pablo Neruda tem paisagens naturais que já impressionam ao chegar na capital, Santiago: de onde você estiver, se esticar o pescoço vai vislumbrar a Cordilheira dos Andes e seus picos nevados, logo ali. Atravessando a cordilheira, um litoral enorme e repleto de atrações naturais e animais selvagens. Seguindo para o norte, um deserto que parece outro planeta, o Atacama.

3. Uruguai

O charmoso Mercado do Porto de Montevidéu, Uruguai (vale_t/iStock)

Pepe Mujica colocou esse país no mapa do mundo, mas cá entre nós, a gente que é brasileiro e mora aqui do lado já deveria conhecê-lo há mais tempo. Nessa terra, a luta pelos direitos civis é de vanguarda: o direito ao aborto é legal, assim como o casamento entre pessoas do mesmo sexo e o cultivo, a produção e venda de cannabis. Estamos falando de uma sociedade avançada aqui! Visitar este país é aprender, observando o dia-a-dia com nossos hermanos, que o nosso mundo tem solução, sim. Pode acreditar: o Uruguai não é um pardieiro por causa dessas leis. 😉

4. Colômbia

A coloridíssima cidade de Guatapé, a 79 quilômetros de Medellín, na Colômbia (Jessica Devnani/Pink Plankton/Divulgação)

O berço do reggaeton vai te fazer rebolar. Muito. Não só com Malumas, J. Balvins  e Shakiras: aqui também tem muita salsa, bachata, son, merengue, e todos aqueles ritmos calientes caribenhos. A Colômbia é país de cores vivas, não só nas vestimentas, mas também nas paisagens. Um lugar para explorar sem mapa, para tomar um café, depois um rum, e se deixar adentrar em uma história qualquer, digna de realismo mágico, dessas que fariam Gabriel García Márquez coçar os dedinhos (se os dedinhos dele estivessem vivos) para escrever.

5. Peru

Milho roxo, quase preto: melhor que o transgênico insosso. Um viva à variedade! (E à segurança alimentar) (Scott Biales/iStock)

Ceviche, pisco sour, ají de galiña, uma variedade de batatas que vão te fazer sonhar por aquela profusão de sabores doces e terrosos. O mesmo vale para o milho, com suas mil espécies das mais variadas cores, texturas e sabores, que fazem a gente pensar se vale mesmo a pena vender nossas terras brasileiras para plantar uma única variedade de milho transgênico, sem-graça e sem cor. Peru é lugar para sentar-se em uma mesa e comer bem. Comer maravilhosamente bem. E também visitar os clássicos Machu Picchu, Cuzco, Nazca…

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6. Equador

Plaza Grande em Quito capital do Equador
Vista da quente capital equatoriana, Quito, com a Plaza Grande e o centro histórico da cidade em primeiro plano (DC_Colombia/iStock)

Muito mais do que um singelo nome de linha imaginária que divide os hemisférios, o Equador é como um resumo de tudo que existe na América do Sul: montanhas andinas com neve no topo, cidades para morrer de calor, uma cadeia de vulcões envolta por uma floresta tropical magnífica, arquitetura colonial, herança indígena no ar, nas ruas e nos rostos, e claro, a cultura latina na qual deveríamos sentir muito orgulho em ostentar. Ah, e ainda nem mencionamos o arquipélago de Galápagos, lugar que ajudou Darwin a criar sua teoria da evolução das espécies e dar um empurrãozinho no avanço da humanidade para o conhecimento.

7. Bolívia

La Paz capital da Bolivia a noite com monte Ilimani ao fundo
La Paz fica ainda mais surpreendente à noite – é como se o céu estrelado que só se vê na Bolívia descesse à terra. E a vista ainda é coroada pelo Monte Ilimani, com o topo nevado ao fundo (Markus Faymonville/iStock)

Ao chegar no país que orgulha-se em ter a capital mais alta do mundo, você vai sentir uma tontura típica. O coração acelera, o sangue corre mais rápido, você puxa o ar, e sente falta dele. E não vai saber se é de emoção de estar ali, em meio a pessoas que são incrivelmente simpáticas e amorosas, ou se é a altitude, mesmo. Mas é claro que é uma mistura das duas coisas. Masque uma folha de coca na companhia de uma cholita e seja feliz nessa terra de gente que sente muito orgulho de ter a maior população indígena na América do Sul.

8. Paraguai

Vista da cidade de Assunção, capital do Paraguai, a partir do rio Paraguai, que contorna a cidade (Anztowa/creative commons/Flickr)

Se você acha que, ao deixar a fronteira do Brasil rumo aos outros cantos da América do Sul, vai só ouvir espanhol, está enganado. O Paraguai encanta nossos ouvidos com sonoridades quase místicas do bom e velho idioma guarani. Aquele mesmo, dos povos indígenas que foram quase dizimados pelos espanhóis e portugueses. Os paraguaios conseguiram, a muito custo (que custa até hoje – ou você acha que o país é ruim economicamente por causa de quê, senão a exploração alheia?), manter a cultura original e estão prontos para contar tudo sobre ela em uma conversa regada a tererê e boas risadas.

9. Venezuela

Los Roques, Venezuela
Los Roques: até onde a pós-verdade chega, este paraíso ainda existe (Thinkstock/Thinkstock)

Ok, as notícias que chegam no Brasil (e no resto do mundo) é que o país vive um caos que parece nunca ter fim. Uma coisa é certa: se você não está querendo arriscar muito para saber qual é a verdadeira situação do país (e a gente também não recomenda isso), se a Venezuela não se afundar no buraco negro e pegajoso do petróleo, destinos como Los Roques estarão por lá. Aguardemos dias melhores para nossos hermanos sul-americanos.

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