Imagem Blog Piacere, Itália! Depois de passar um mês rodando a Toscana, Bárbara Ligero caiu de amores pela terra da bota e se matriculou em um curso de italiano. Atualmente, está aprendendo a gesticular com perfeição

Itália e Espanha instituem ida à praia com hora marcada

Banhistas deverão obedecer horário de funcionamento, distância entre guarda-sóis e fazer reserva por meio de aplicativo

Por Bárbara Ligero
Atualizado em 14 Maio 2020, 19h05 - Publicado em 14 Maio 2020, 14h11
Positano, Costa Amalfitana, Campânia. Itália
No verão de 2020, as fileiras de guarda-sóis em Positano terão que ser bem mais espaçadas (Christian Schcolnik/Getty Images)
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Os planos de reabertura da Itália coincidem com a chegada do verão europeu. Os dias quentes de junho a setembro são os mais esperados pelos italianos que, tradicionalmente, viajam em massa para os destinos de praia.

Apesar do país possuir mais de sete mil quilômetros de litoral, o Comitê Técnico-Científico já aprovou um documento que reúne uma série de diretrizes para garantir que neste verão os banhistas tenham uma experiência segura e, principalmente, sem aglomerações.

A maior parte das medidas diz respeito às praias e balneários privativos, que são bastante comuns na Itália. Ao contrário do Brasil, onde os turistas podem desfrutar da praia de forma gratuita por se tratar de áreas pertencentes à União, na Itália as prefeituras outorgam concessões para que empresas administrem trechos da areia.

Essas administradoras controlam os chamados “estabelecimentos balneários”, que são faixas litorâneas nas quais prestam serviços em troca de uma tarifa. Nesses espaços, a utilização das espreguiçadeiras e dos guarda-sóis é paga, assim como o uso dos banheiros.

Não é possível entrar nessas áreas sem pagar e o valor pode ser cobrado por hora ou pela diária inteira. Os preços das diárias partem de cerca de 20 euros e podem chegar a até 150 euros nas praias mais requisitadas da Toscana, por exemplo. A tempo: mesmo nas praias privadas há trechos, geralmente nas extremidades, onde é possível estender a toalha gratuitamente.

As diretrizes estabelecem, principalmente, que essas administradoras devem controlar a entrada de visitantes. Por isso, nessa temporada os banhistas terão que fazer reserva para poder usar as praias que cobram entrada e só poderão permanecer durante o horário que foi pago.

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Além disso, para garantir um distanciamento social, os guarda-sóis deverão ser posicionados a pelo menos quatro metros e meio uns dos outros. Atividades esportivas que possam gerar aglomerações e outros jogos de grupo também devem ser evitados. Por fim, todos os equipamentos deverão ser higienizados antes da chegada de um novo grupo.

Já nas praias públicas, a proposta é mapear as faixas de areia, colocando fitas que indicarão a que distância os guarda-sóis devem ficar uns dos outros. Esse trabalho permitirá identificar a capacidade máxima de cada balneário e criar um sistema online de reserva por faixa de horário.

As diretrizes também recomendam que as praias públicas e seus espaços comuns, como os banheiros, sejam higienizados com mais frequência.

As recomendações, porém, ainda aguardam a aprovação final do governo italiano para serem implementadas e os aplicativos e sites para reserva de lugares na areia ainda não estão disponíveis.

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Praia na Espanha e as “bolhas de viagem”

A Espanha pretende instituir um esquema similar ao da Itália. A prefeitura de Valência já anunciou que para frequentar o balneário de Canet d’en Berenguer, ao norte da cidade, será preciso baixar um aplicativo e escolher uma faixa de horário – manhã ou tarde. A cada dia 5 mil pessoas serão admitidas, metade da capacidade que a praia usualmente comporta.

Do outro lado do país, na Galícia, o município de Sanxenxo também terá um esquema limitado de banhistas, mas por ordem de chegada. A praia será dividida em nichos com distância de 1,5 metros entre eles. O país planeja abrir suas praias em junho, sem data definida, no que está sendo chamado de fase 3 – a Espanha planeja fazer o desconfinamento em etapas.

Vale lembrar que a abertura da Europa ainda não contempla a entrada de pessoas de fora do continente. Existe uma tendência de serem instituídos corredores turísticos ou bolhas de viagem num primeiro momento. Estônia, Letônia e Lituânia são os primeiros países a abrirem fronteiras entre si.

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