Uma lista de 11 praias brasileiras aprovadas para menores
Com piscinas naturais, água calma e boa infraestrutura, estas praias do Brasil são perfeitas para viajar com seus filhos nas férias escolares e nos feriados
Praia de Bombinhas – Bombinhas (SC)
Espécie de península no litoral norte catarinense, é sucesso absoluto entre famílias. O movimento é tão grande que, de dezembro até a Páscoa, cada carro que entra no município paga uma taxa de acesso. Mas, entre todas as faixas de areia por ali, a Praia de Bombinhas (ou Central) tem a melhor estrutura para crianças.
No verão, é melhor chegar cedo pra encontrar um lugar ao sol – hotéis e um resort pé na areia colocam cadeiras na área pra hóspedes. No geral, as ondas são mansas – o único ponto de atenção são as embarcações que puxam banana boats. Ande pela areia branquinha de cristais de quartzo: se você ouvir estalidos, saiba que essa é uma das versões para o nome Bombinhas.
Na orla, há uma boa oferta de restaurantes e barracas. Se quiser mais sossego, vá até o canto direito e atravesse as pedras em frente à Pousada Villa Paradiso. Você desembocará na Prainha, que parece privativa da pousada, mas não é. Movimento por lá só durante o embarque e o desembarque dos barcos que vão para a Reserva do Arvoredo.
Como chegar – A partir do trevo da BR-101, são 14 km, atravessando Porto Belo. Mas lembre que, na alta temporada, os congestionamentos são gigantescos.
Praia das Laranjeiras – Balneário Camboriú (SC)
Numa lista das praias mais lindas de Balneário Camboriú, Laranjeiras não estaria no top 3. Mas ela tem uma acachapante vantagem competitiva: é a que melhor recepciona as famílias, qualidade que já aparece na maneira como se chega até lá.
O jeito mais convencional é de carro – nesse caso, é a primeira parada da Interpraias, rodovia que liga as praias ao sul de Balneário. Há também a opção divertida de ir em um barco com “piratas” a bordo, que sai da Barra Sul, no extremo sul da Praia Central, e faz uma parada em Laranjeiras.
Quem quiser, pode descer na Central e voltar no barco seguinte. A maneira mais legal de alcançar a praia, no entanto, é com o teleférico do Parque Unipraias, que também sai da Barra Sul. Chegando a Laranjeiras, vê-se logo que é uma praia família: ela tem águas calmas, uma faixa de areia com 800 metros de extensão e muitas opções de restaurante e lojinhas.
Como chegar – Pela BR-101 e pela Rodovia Interpraias, Laranjeiras fica a 8 km de Balneário Camboriú.
Barra do Una – São Sebastião (SP)
O cenário é puro charme: o Rio Una segue Serra do Mar abaixo e começa a serpentear à medida que se aproxima do Oceano Atlântico. Antes da foz, ele praticamente corre paralelo ao mar, separado apenas por um banco de areia arborizado.
É nesse trecho da praia que as famílias se concentram, aproveitando as águas calmas da língua formada pelo encontro entre rio e mar – apesar de belíssimo, o outro canto da Barra do Una tem ondas mais fortes. Só é preciso tomar cuidado com as embarcações que às vezes passam na área.
Além de ficar por ali bestando, e brincando no rasinho com a criançada, vale fazer tours de lancha que passam pela Ilha do Montão de Trigo, Ilha das Couves e Três Ilhas, com paradas para mergulho livre.
Avistar golfinhos no caminho é muito comum. O acesso à praia é feito por uma viela, onde está a maioria das pousadas dos e restaurantes – há poucas barracas na faixa de areia.
Como chegar – O acesso é pela Rio-Santos. Quem vai de São Sebastião, dirige 57 km com vários trechos sinuosos. Pelo lado oposto, Barra do Una está a 32 km do trevo da Rio-Santos com a Mogi-Bertioga, e o traçado é mais ameno.
Praia do Lázaro e Domingas Dias – Ubatuba (SP)
O cardápio de praias de Ubatuba lista quase 100 opções – e, normalmente, escolher uma requer pesquisa e paciência. Mas a Praia do Lázaro e a vizinha Domingas Dias são hits para quem vai com a filharada.
Levemente de tombo, com mar de águas calmas e transparentes, Lázaro tem mais estrutura: barracas de praia, muitas pousadas e comércio efervescente. E lá está uma das moquecas mais famosas do litoral paulista, a do restaurante do Hotel Solar das Águas Cantantes.
Domingas Dias é um dos points mais tranquilos de Ubatuba. O acesso é por um condomínio – a portaria sempre dá passagem – ou por uma caminhada fácil de cinco minutos a partir do Lázaro. Na sua sombreada faixa de areia de meio quilômetro, o que mais se vê são famílias com crianças. E, com sorte, dá pra avistar tartarugas marinhas nos costões.
Dica: para uma boa selfie, há um mirante com a melhor vista de Domingas Dias na Rio-Santos, no sentido de Caraguatatuba.
Como chegar – A Praia do Lázaro está a 15 km do Centro de Ubatuba pela Rio-Santos.
Ferradura – Búzios (RJ)
Como o nome já entrega, a orla desta praia vai fazendo um contorno – e de uma ponta dá pra ver a outra quase que de frente. Enseada protegida por longos costões, a Ferradura tem águas tão mansinhas que parece uma lagoa. É um pequeno paraíso infantil, onde a criançada se esbalda nos dias quentes.
Nessa espécie de piscinão, se espalham alguns esportes náuticos, como caiaque, stand-up paddle ou windsurfe. E, pasme, até pedalinho…
Apesar de ter uma faixa de areia estreita, a Ferradura não costuma lotar nem mesmo na alta temporada – um diferencial e tanto para a região de Búzios. O canto esquerdo da orla, ocupado por mansões, bares, barracas e um pequeno comércio, é o mais movimentado.
Mas as pessoas vão rareando à medida que se caminha para o lado direito, em que a frequência é quase que exclusiva de quem tem casas de veraneio por ali. A água às vezes pode ficar um pouco gelada, como é comum na região.
Como chegar – Ferradura é uma das praias mais próximas do Centro de Búzios, fica a 2 km da cidade. Siga pela Estrada da Usina Velha, entre na Rua Vinte e depois da Avenida Parque. O acesso é pelo canto esquerdo da praia.
Praia do Mucugê e dos Pescadores – Arraial d’Ajuda (BA)
Quando a maré está baixa, os recifes das praias de Arraial d’Ajuda formam piscinas naturais com águas mansinhas.
Bem próximas ao centrinho do vilarejo, Mucugê e Pescadores (ou Nativos e do Arraial, como muitos as conhecem) são bem diferentes, mas formam um bom combo pra ir com crianças.
Mucugê é agito puro, com muitas barracas tocando axé music. Caminhando 1 quilômetro pela areia, à esquerda, chega-se à mansidão Praia dos Pescadores, que só não é deserta por causa dos coloridos barcos de pesca ancorados na orla e da Barraca do Nel, famosa pelo arroz de polvo.
Entre Mucugê e Pescadores, fica o Arraial d’Ajuda Eco Parque, com piscinas, toboáguas e atividades radicais – ótimo lugar para programas com água doce. Atenção: o parque não abre entre maio e junho.
Como chegar – Da balsa do Rio Buranhém (Porto Seguro) até a entrada da Praia do Mucugê são 6 km. Da pracinha de Arraial até Mucugê são 900 metros – para quem vai a pé, os últimos 200 metros são de descida forte.
Praia do Forte – Praia do Forte (BA)
Principal destino do litoral norte baiano, é um lugar sensacional pra ir com filhos pequenos. A extensa praia de 14 quilômetros tem muitas piscinas naturais, água mansa e quentinha, coqueiros a perder de vista, atividades extra praia e três resorts do primeiro time – o Tivoli Ecoresort Praia do Forte e os Iberostar Praia do Forte e Iberostar Bahia.
A Alameda do Sol é o calçadão principal. Banho de mar é até possível por ali, mas há muitas pedras e barcos de pesca. Caminhando 15 minutos para o norte, chega-se a um trecho chamado Papa-Gente, menos movimentado, cheio de piscininhas.
Entre julho e outubro, a praia recebe a visita das baleias-jubarte e há passeios de barco para avistá-las. No ano todo, é imperdível a visita ao Projeto Tamar pra ver as tartarugas marinhas – mas, entre novembro e maio, dá pra assistir aos bichinhos deixando os ninhos e seguindo pro mar.
Como chegar – A Praia do Forte marca o início da Linha Verde. Para chegar ali a partir de Salvador, são 84 km – a maioria feita na pedagiada Estrada do Coco (BA-099).
Paripueira / Costa Brava – Maceió (AL)
Piscinas naturais são a marca registrada do litoral alagoano, defendida com louvor por praias como Pajuçara e Maragogi. A 40 quilômetros de Maceió, Paripueira também merece lugar nesse pódio. É ali que começa a maior barreira de corais brasileira, que acaba apenas em Pernambuco.
Os recifes ficam a 2 quilômetros da costa e podem ser alcançados em passeios de catamarã que saem do Restaurante Mar & Cia. e, em cerca de 20 minutos, chegam às formações. Máscaras, snorkel, fotos subaquáticas… tudo pode ser comprado ou alugado antes do passeio. A permanência nos recifes fica em torno de duas horas. Mas o passeio não é incontornável. A praia central de Paripueira é linda e tranquila, com águas morninhas e transparentes.
A 1 quilômetro dali, está a vizinha Costa Brava, uma enseada extensa, protegida por mata nativa. Tem menos estrutura, mas é a típica praia para chamar de sua – e das crianças.
Como chegar – Paripueira está a 30 km da orla de Maceió. Chegar ali é sem erro: basta seguir pela AL-101 Norte.
Praia dos Carneiros – Tamandaré (PE)
É difícil ficar indiferente a uma praia na foz de um rio com água verde transparente salobra – e que tem águas morninhas, piscinas naturais e um vasto coqueiral. Para aumentar a fotogenia da coisa, uma capelinha branca do século 18 – com sorte, você até testemunha um casamento. É um cenário pronto para levar crianças que, munidas de máscara e snorkel, podem passar o dia observando peixinhos coloridos.
Não espere por uma praia deserta. Carneiros não é extensa e recebe catamarãs que saem de Porto de Galinhas. Duas barracas de praia ajudam a receber as famílias. A Bora Bora é imensa e há playground na areia para a garotada. Além de ter restaurante, a Prainha dos Carneiros faz passeios de catamarã até piscinas naturais e a um lugar com banho de argila (de aproximadamente 2h de duração).
Como chegar – Saída de Recife pela BR-101. Em Cabo de Santo Agostinho, pegue a PE-060; 1 km após o Rio Formoso, vire à esquerda no trevo de onde sai a PE-072, que segue para a Praia dos Carneiros. São 100 km de viagem.
Muro Alto – Porto de Galinhas (PE)
Quando se pensa em Porto de Galinhas, a associação é imediata: grandes formações de recife e boa oferta de resorts na orla, o que sugere um destinão para ir com crianças. Não é bem assim. No geral, as praias de Porto de Galinhas são abertas e com ondas fortes – tanto que a Praia de Maracaípe é um dos points de surfe do Nordeste.
A praia da vila, onde estão as famosas piscinas, é um lugar bom para a meninada. Mas, além dela, tem a Muro Alto, outro porto seguro pra famílias. O nome deriva de uma formação de recifes que corre paralela à faixa de areia. Na parte sul, o paredão está muito próximo da orla e é preciso atenção pra não pisar em pedras pontiagudas e ouriços.
Mas, a partir do Nannai Resort, a orla recua e praticamente forma uma piscina. É um trecho lindo, o mais recomendado pra crianças. Seguindo adiante, o extremo norte da praia é cheio de coqueiros e tem as poucas barracas que atendem os turistas que não estão hospedados nos resorts e chegaram de bugue ou caminhando pela areia.
Como chegar – Muro Alto está a 10 km do centrinho de Porto de Galinhas. Pegue a PE-009 como se voltasse para Recife e entre à direita no trevo da Polícia Rodoviária.
Praia do Futuro – Fortaleza (CE)
A 15 minutos de carro da Avenida Beira-Mar, em Fortaleza, com 8 quilômetros de extensão e uma generosa faixa de areia, a Praia do Futuro tem uma impressionante sucessão de imensas e bem estruturadas barracas de praia ao longo da Avenida Clóvis Arraia Maia (muito conhecida como Zezé Diogo, antigo nome).
Essas barracas hoje são o principal motivo para levar crianças até lá. Algumas parecem clubes. Entre as voltadas para o público infantil, a Crocobeach é a mais famosa. Ladeada por coqueiros, tem lojas de conveniência, espaço para massagens e um parque aquático. Quase no fim da praia, a Itapariká também tem parque aquático e equipe de recreação.
Quem prefere banho de mar encontra ondas de moderadas a fortes e água morninha. Lembrete: a praia tem presença maciça de vendedores ambulantes, que brotam de todos os lugares. É bom ir psicologicamente preparado.
Como chegar – O meio da Praia do Futuro está a 8 km da Praia de Meireles, naorla. Siga pelas avenidas Beira-Mar, Vicente de Carvalho e Dioguinho.
Texto publicado na edição 252 da revista Viagem e Turismo (outubro/2016)