A prefeitura de Veneza, na Itália, aprovou no dia 3 de maio uma lei “antikebab”, que limita a permanência de estabelecimentos que vendem kebabs (um dos pratos mais tradicionais da culinária turca) assim como a abertura de novos fast food.
A lei também propôs limitações para a venda das pizzas por pedaço, um dos pratos mais procurados pelos turistas que visitam o país.
As lojas de sorvetes artesanais foram os únicos estabelecimentos que saíram ilesos com a mudança, sendo vendidos normalmente na região.
Segundo a assessora Francesca da Villa, para o Comércio da Cidade, em matéria produzida pela ANSA, a iniciativa busca preservar a identidade histórica do local e sua rica cultura, já que, a ideia é apoiar os restaurantes locais e os pratos típicos da culinária italiana, “valorizando o padrão de qualidade do comércio local, tanto para o consumo de residentes como para visitantes”.
Não é de hoje que a relação entre os turistas e a cidade de Veneza causa problemas. A cidade, que é declarada um dos patrimônios da humanidade pela Unesco, recebe por ano mais de 12 milhões de turistas, o que provoca superlotação e irrita moradores.
Em agosto de 2016, um veneziano espalhou cartazes pela cidade com mensagens “turisfóbicas”.
Ainda que grande parte de sua fonte econômica dependa do turismo, as autoridades vêm tomando várias atitudes para controlar o número de turistas que a visitam, assim como algumas de suas atitudes dentro da cidade.