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Amsterdã: fim dos tours no Red Light e venda de maconha ameaçada

Medidas são parte de plano de reduzir o número de turistas. Centro erótico poderá ser construído para aliviar o Distrito Vermelho

Por Giovanna Simonetti
Atualizado em 26 fev 2020, 01h31 - Publicado em 25 fev 2020, 15h50

Não é de hoje que Amsterdã toma medidas contra o turismo de massa. A capital que recebeu 19 milhões de visitantes em 2018 já tirou o letreiro “I Amsterdam” do museu Rijksmuseum, restringiu o uso do Airbnb e aumentou a taxa de turismo – €3 por noite para cada hóspede de hotel, a mais alta da Europa. Mas não parou por aí: agora, autoridades baniram os tours guiados pelo Red Light District e estudam impedir que turistas comprem maconha nos coffee shops

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De acordo com o The Guardian, a prefeita Femke Halsema conduziu uma pesquisa com turistas, incluindo perguntas sobre sua relação com os coffee shops. Entre os entrevistados de 18 a 35 anos, 57% declararam que a presença desses estabelecimentos em Amsterdã foi importante em sua decisão de visitar a capital. Quando questionados se voltariam à cidade caso a compra da cannabis fosse proibida, 34% respondeu que viria com menos frequência e 11% nunca mais retornaria.

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O Red Light District é popular pelas vitrines com prostitutas (Not4rthur/Flickr)

Impedir que turistas comprem maconha legalmente nos cafés seria uma forma de reduzir o número de visitantes em Amsterdã e a grande concentração de pessoas nas áreas de De Wallen e Singel, onde esses locais prevalecem. Halsema ainda declarou que gostaria de estudar maneiras de desvincular a imagem de Amsterdã com o consumo de cannabis pelos turistas.

Já no Red Light District, conhecido pela prostituição e pelas vitrines que anunciam sexo, a prefeitura de Amsterdã já havia anunciado em 2019 a proibição de visitas guiadas, que começará a valer partir de 1 de abril deste ano. A medida pretende impedir que grupos de turistas formem multidões na área em horários de pico.

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Pela popularidade do local, o governo da capital também planeja construir outro “centro erótico”. Com a nova opção, autoridades tentariam dispersar o turismo do Red Light e ainda garantir mais segurança às profissionais do sexo. No ano passado, a prefeita já havia deixado claro que tomaria medidas drásticas para reduzir a quantidade de turistas no distrito e fazer com que as prostitutas parem de ser assediadas pelas hordas de visitantes.

O complexo teria cinco andares, com quartos com teto de vidro para mais de 100 profissionais do sexo, restaurantes, salões de beleza e até um teatro erótico. A localização do estabelecimento ainda não foi definida, mas a intenção é que seja distante o suficiente das áreas que hoje já são superlotadas.

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Vereadores de Amsterdã votarão para aprovar o desenvolvimento do empreendimento no verão europeu. O projeto, porém, pode enfrentar resistência de prostitutas que atualmente trabalham no Red Light District, já que muitas não gostariam de sair dali.

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