Imagem Blog Achados Adriana Setti escolheu uma ilha no Mediterrâneo como porto seguro, simplificou sua vida para ficar mais “portátil” e está sempre pronta para passar vários meses viajando. Aqui, ela relata suas descobertas e roubadas
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O primeiro mergulho em naufrágio a gente nunca esquece…

Por Adriana Setti
Atualizado em 27 fev 2017, 16h00 - Publicado em 8 mar 2010, 08h59

Visibilidade no nafrágio Irako: meeeedaaa!

… principalmente se a visibilidade for de três metros, se a profundidade for de 40 metros, se o mar estiver com ondas gigantes e se você, antes de descer esses 40 metros numa tacada só (sem tempo para “frescuras” como dificuldade de equalização dos ouvidos, como muitas vezes acontece comigo), tiver que nadar uns 300 metros contra a corrente fortíssima e considerar a sua resistência física esgotada antes mesmo da brincadeira começar.

Eu, que adoro peixinhos fofos, água cristalina e corais coloridos, considero o cenário acima um tanto masoquista. Mas esse é o grande barato de Coron (clique aqui para ver a localização no Google Maps), a principal cidade da ilha de Busuanga, ao norte da ilha de Palawan, no sudoeste das Filipinas.

O lugar é uma meca da imersão em naufrágio, uma pratica que atrai mergulhadores “hardcore” do mundo inteiro, principalmente aqueles que acham que ver peixinhos fofos é para frouxos.

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As principais atrações de Coron são 10 navios de guerra japoneses, afundados pelos americanos durante um bombardeio aéreo na Segunda Guerra. Entre os naufrágios, os mais famosos são o Akisushima e o gigantesco Irako, onde tive o prazer de fazer a minha estreia nesse mundo esquisito.

A boa notícia foi que o meu segundo mergulho, no navio Olympia, foi bem mais tranqüilo que o primeiro. E eu realmente acabei gostando de nadar por aqueles buracos estreitos e escuros e sentir a adrenalina pulsando. No entanto, não há como negar que a “energia” de um lugar onde aconteceu tamanha catástrofe (um naufrágio obviamente envolve pânico, desespero, morte) é pesada e soturna. Definitivamente, não é a minha praia. E que venham os peixinhos fofos!

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