Após passar nove anos fechado para visitação, o Museu do Ipiranga foi reinaugurado simbolicamente no dia 7 de setembro, quando é comemorado o Bicentenário da Independência do Brasil. Nesse primeiro momento, o espaço recebeu exclusivamente os mais de 300 funcionários que estiveram envolvidos nas obras de modernização e ampliação, além de seus familiares e de 200 estudantes de escolas públicas. A abertura para o público em geral aconteceu no dia seguinte, 8 de setembro. Os ingressos serão gratuitos até março de 2023, mas devem ser adquiridos pelo Sympla. Veja como ficou o museu após a reforma no vídeo realizado por repórteres do Guia do Estudante:
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O edifício histórico, que oficialmente se chama Museu Paulista da Universidade de São Paulo (USP), foi inaugurado em 7 de setembro de 1895 mais ou menos onde teria ocorrido o grito de Dom Pedro. Inicialmente, a coleção era composta por artigos relacionados à história natural que pertenciam ao Coronel Joaquim Sertório. Foi só depois do Centenário da Independência, em 1922, que a exposição mudou de caráter e passou a destacar os eventos mais relevantes da história de São Paulo e do Brasil. Hoje, o conjunto urbanístico que conhecemos como Parque da Independência é formado pelo Museu do Ipiranga, o Horto Botânico, o Jardim Francês, a Casa do Grito e o Monumento à Independência, que guardam um acervo de mais de 450 mil objetos e documentos importantíssimos para a compreensão da sociedade brasileira.
O que há de novo?
O acervo permanece o mesmo, mas três mil peças passaram por restaurações, incluindo 122 pinturas e duas maquetes representando, respectivamente, o Parque da Independência e a cidade de São Paulo em 1841. Além disso, o projeto focou na modernização e acessibilidade da exposição, que agora conta com telas que fornecem explicações sobre as peças, inclusive em libras, e placas escritas em braile. O edifício em si também está de cara nova depois de passar por limpeza, pintura e recuperação dos detalhes ornamentais, além de ter se tornado mais acessível com a implementação de elevadores e escadas rolantes.
Outra parte relevante da obra consistiu na criação de um espaço de 6.800m² no subsolo, onde foi montada a bilheteria, um café, uma loja, um auditório, um espaço para programas educativos e uma sala que deve receber exposições temporárias. Com essa ampliação, a área total dobrou de tamanho.
Além disso, o complexo ganhou um mirante no espaço vazio entre as fachadas do coroamento da torre central. Com guarda corpo de vidro, para não prejudicar a linha de visão, o espaço permite que os visitantes tenham uma vista de 360º de São Paulo.
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Também fez parte do projeto a despoluição do Córrego do Ipiranga e a recuperação do Jardim Francês, que deve receber ainda um restaurante de 270m² e um espaço para foodbikes. Além disso, duas fontes originais que foram demolidas em 1972 foram reconstruídas no local.
Serviço
O Museu do Ipiranga funciona de terça-feira a domingo, das 11h às 17h. Os ingressos, que se esgotam rapidamente, estão sendo disponibilizados através do Sympla: as liberações de novos ingressos são feitas às sextas-feiras, 10h, para visitas nas duas semanas seguintes. Até março de 2023, eles serão gratuitos.
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