A China já conseguiu reduzir significativamente o número de pessoas infectadas com o novo coronavírus. Na terça-feira (7), os órgãos de saúde chineses anunciaram 62 novos casos de coronavírus (o país é acusado, porém, de subnotificar número de casos e mortes).
Por esse motivo, a nação asiática começou a aliviar as restrições impostas nos últimos meses. Parte da Muralha da China, principal cartão-postal do país, foi reaberta no dia 24 de março, seguida de outras atrações.
Como consequência, no sábado passado, dia 4, milhares de chineses decidiram sair para passear e muitos pontos turísticos lotaram.
Ainda que boa parte das pessoas estivesse usando máscaras, o ocorrido levanta preocupações sobre uma possível nova onda de contaminação, já que o risco de transmissão não deve diminuir tão cedo.
As imagens mais preocupantes vieram da região montanhosa de Huangshan, também conhecida como Montanha Amarela. Ali, é possível fazer caminhadas por trilhas apertadas e suspensas.
Para incentivar a retomada do turismo no local, o governo ofereceu entradas gratuitas às atrações da região. A promoção também tinha como objetivo celebrar o Qing Ming, festival em que os chineses reverenciam seus ancestrais. Esse ano, a celebração seria ainda uma homenagem aos mortos da pandemia.
Geralmente, a entrada custa 190 yuans, equivalente a R$ 140. Por esse motivo, imagens do local no sábado (4) mostram uma fila quilométrica em frente à entrada do parque.
Antes de entrar no local, turistas tinham que colocar máscaras, mostrar atestado médico e ser submetidos à verificação de temperatura.
Apesar da obrigatoriedade de usar máscaras, outras imagens já dentro do parque mostram que muitos chineses passeavam sem as mesmas.
Às seis horas de manhã, o estacionamento do portão sul do parque lotou. Antes das oito horas da manhã, as autoridades locais já anunciavam que o parque havia atingido sua lotação máxima diária de 20 mil visitantes.
O número chamou atenção das autoridades locais, que decidiram fechar a atração novamente a partir do domingo (5). Segundo a CNN, o jornal oficial do Partido Comunista também publicou em suas redes sociais um comunicado que dizia: “Não se aglomerem!”.