Aeromoça salva vítima de tráfico humano em pleno voo nos EUA
Shelia Fedrick, comissária de bordo da Alaska Airlines, ajudou a socorrer jovem vítima de tráfico humano; veja o que fazer em casos como esse
Aconteceu em 2011, mas foi só nessa semana que a imprensa dos Estados Unidos divulgou uma história protagonizada pela comissária de bordo Shelia Fedrick, 49. Durante um voo doméstico operado pela Alaska Airlines, entre Seattle e San Francisco, a aeromoça notou o olhar assustado e perturbado de uma passageira adolescente cujas vestes simples destoavam muito das do seu acompanhante, um cara mais velho e bem vestido.
Fedrick desconfiou ainda mais da situação quando tentou fazer algumas perguntas “como quem não quer nada” à garota e o homem praticamente não a deixava responder, falava sempre por ela. “Parecia que ela tinha vivido um inferno”, revelou a aeromoça à rede americana NBC.
Foi então que discretamente a comissária sussurrou à passageira para que fosse ao banheiro. A funcionária havia deixado um bilhete dentro do recinto perguntando se estava tudo bem. A jovem respondeu com um pedido de socorro: “Preciso de ajuda”.
A atendente captou a mensagem e avisou ao piloto, que informou a polícia. Assim, no momento do pouso os policiais já aguardavam o suspeito e a jovem.
A menina era vítima de tráfico de pessoas, um crime em que 80% dos traficados são mulheres, sendo que 50% menores de idade. O criminoso foi preso e a garota está a salvo e até hoje mantém contato com Shelia Fedrick.
O que fazer em caso de suspeita
Se você estiver em alguma viagem e suspeitar que alguém possa estar passando por isso, a orientação da Airline Ambassadors, organização filiada da ONU que dá suporte a crianças e jovens órfãos e vulneráveis, é ser discreto e falar com os comissários de bordo. Tentar resgatar ou demonstrar preocupação pode colocar você e a vítima em risco.