A União Europeia orientou os seus 27 países-membro a permitirem, a partir de 10 de janeiro, a entrada de viajantes estrangeiros que receberam qualquer um dos imunizantes aprovados pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Isso inclui a Coronavac, vacina desenvolvida pela chinesa Sinovac e produzida pelo Instituto Butantan no Brasil, e também a chinesa Sinopharm e a indiana Covaxin.
A nova diretriz, que foi anunciada nesta quinta-feira (25), sugere ainda que as nações exijam a dose de reforço de pessoas que receberam a segunda dose ou a dose única da vacina há nove meses ou mais. A sugestão é que, além de atenderem a esses pré-requisitos em relação à vacinação, os viajantes também apresentem resultado negativo para um RT-PCR realizado antes do embarque.
A ideia é sejam abertas exceções às crianças e adolescentes de 6 a 17 anos, que poderiam apresentar apenas o teste de Covid-19, e às crianças de menos de seis anos e às pessoas que se recuperaram da doença, que ficariam isentas de todas essas exigências.
Até então, a recomendação da União Europeia sobre entrada de viajantes estrangeiros englobava apenas as vacinas aprovadas pela Agência Europeia de Medicamentos (EMA) – Pfizer, AstraZeneca, Moderna e Janssen – e não estipulava um “prazo de validade” em relação à data em que a imunização foi completa.
Vale ressaltar que, apesar de ter um peso importante, a nova diretriz não passa de uma recomendação. Cada um dos países-membro continuam tendo autonomia e liberdade para aceitar ou não a entrada de viajantes nestas condições. Isso significa que, se assim desejarem, eles podem continuar não aceitando a Coronavac, pedindo testes de Covid-19 adicionais ou exigindo quarentena após a chegada.