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Drone: tudo o que você precisa saber para viajar com o seu

Não é só chegar e colocar o drone pra voar. Conhecer a legislação do país é fundamental. Saiba também o melhor jeito de transportá-lo

Por Da Redação
Atualizado em 13 Maio 2021, 15h09 - Publicado em 13 Maio 2021, 13h27

Cada vez mais versáteis e compactos, os drones têm atraído muitos viajantes interessados em registrar o máximo de suas viagens, já que com eles é possível conseguir ângulos inusitados, incomuns, surpreendentes.

Viajar com um drone, porém, exige atenção à algumas regras e informações. Confira:

1. Conheça as regras de uso dos países

Com o risco de drones se envolverem em acidentes com aviões, como aconteceu no Canadá, ou serem utilizados em ataques terroristas, diversos países estão criando leis voltadas para a sua regulamentação. Quebrar essas regras pode te dar vários problemas, desde ter o drone confiscado, multas salgadas e até mesmo prisão. Em 2016, por exemplo, um turista francês foi preso por voar um drone sobre o Coliseu e, em janeiro de 2018, um fotógrafo brasileiro dormiu uma noite na cadeia e teve o drone confiscado ao fazer imagens aéreas em Paris.

Logo, o viajante precisa conhecer todas as regras para uso de drones nos destinos que irá visitar.

Antes de mais nada, é importante saber se o país para o qual você se destina permite a entrada de drones ou se exige alguma permissão específica, caso contrário você corre o risco de ter a ferramenta apreendida pelos funcionários de segurança do aeroporto. Na Nicarágua, por exemplo, é proibido voar drones acima de 100 pés (30 metros) e é necessária uma permissão de autoridades para entrar com um drone no país, enquanto no Egito, o uso e posse de drones precisa de aprovação do Ministério da Defesa, ou seja, é praticamente impossível. No Vaticano é terminantemente proibido.

Se o uso do drone for permitido no país, é preciso conhecer as suas regras de uso, tanto para voos recreativos quanto para comerciais ou corporativos. No caso da França, algumas das leis que regulamentam o uso de drones ditam que a altura máxima de voo é de 150 metros e que o equipamento deve ficar longe de espaços públicos em áreas urbanas.

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Confira os meios de comunicação oficiais dos governos, assim como os mapas que registram todas as regras de uso de cada país, frequentemente atualizados e disponíveis online.

No mapa abaixo é possível fazer uma consulta rápida sobre as regras gerais de cada país:

2. Drone no Brasil: homologar é fundamental

A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), que regulamenta o uso no Brasil, por exemplo, exige que drones com mais de 250g sejam cadastrados e que seja respeitada uma distância de 30 metros de pessoas durante o voo, a não ser que elas tenham dado autorização para estarem sob o drone, entre outras medidas. A altura máxima permitida para um drone voar é de 120 metros.

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Desde 2016, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) exige que todos os modelos de drones que transmitam radiofrequência, inclusive os utilizados para lazer e recreação, devem ser homologadosA medida da Agência tem como objetivo evitar interferências dos drones em outros serviços, a exemplo das comunicações via satélite.

Alguns modelos já vem homologados de fábrica, mas se o seu não for, você terá que fazer um cadastro no Sistema de Gestão de Certificação e Homologação e pagar uma taxa de 200 reais. O processo de homologação é burocrático e demorado, então leia o manual da Anatel para saber como fazer a solicitação e reserve um tempo para isso.

Sem a homologação, o drone que você comprou no exterior, por exemplo, poderá ser retido no aeroporto e só será liberado depois de realizar os trâmites para regularizar o equipamento.

3. Saiba como transportar o drone no avião

A ANAC não tem nenhuma regra sobre o transporte de drones em aeronaves, mas é necessário saber se a companhia aérea tem alguma orientação específica.

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De modo geral, porém, vale a velha regra de levar na bagagem de mão tudo que for de valor. Além disso, também vale investir em uma mala própria para o transporte do drone, ideal para a proteção do equipamento.

Existem, porém, regras para o transporte de baterias de íon lítio, aquelas recarregáveis, utilizadas por telefones, notebooks e também pelos drones. Elas correm o risco de entrarem em combustão espontaneamente, por isso a ANAC só permite o transporte destas baterias isoladas (fora do aparelho) em bagagem de mão, desde que essas não excedam 160Wh. As baterias (no máximo duas) também precisam ser individualmente protegidas contra curto-circuito.

4. Chegue cedo ao aeroporto

Assim, você pode passar por todo o processo de inspeção do drone e das baterias com calma. É melhor esperar no aeroporto do que perder o voo.

5. Não esqueça os acessórios

Quando for preparar seu drone para a viagem, não esqueça de levar também carregador, baterias extras (que precisam ser levadas dentro da aeronave!), cartão de memória e hélices extras. Se o drone for controlado por celular, é necessário levar um carregador portátil – que também será útil quando você usar o celular para fazer um plano de voo.

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Também é importante levar um pequeno kit de reparos caso seu drone quebre durante a viagem.

6. Prepare-se para o clima

Em locais ensolarados, é necessário colocar um filtro na câmera do drone, para regular a entrada de luminosidade e manter a qualidade das fotos e filmagens.

Em lugares muito frios, por sua vez, o drone pode não funcionar corretamente, principalmente porque as baterias de íon lítio descarregam muito rápido em baixas temperaturas. Por isso, mantenha as baterias quentes antes do voo, enrolando-as em alguma roupa ou colocando-as dentro da sua jaqueta antes de inseri-las no equipamento e deixando o drone ligado e parado no ar durante um minuto antes de levantar voo. E fique sempre atento à temperatura da bateria durante o voo: caso ela fique muito baixa, traga o drone de volta ao chão!

Se o drone for controlado pelo celular, o aparelho também deve mantido quente para que a bateria não acabe tão rápido. Também evite voar com neve e chuva, já que a água pode afetar o drone.

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