O melhor bar de coquetéis de Lisboa
Esqueça por ora o gin tônica, o Aperol Spritz, a caipirinha. O Red Frog é lugar para drinques a sério
Há algo de novo no reino do vinho e não, não são as cervejas artesanais (que também viraram moda em Portugal, como eu contei neste post aqui). Uma portinha discreta nos arredores da Avenida da Liberdade tem feito barulho no universo da alta coquetelaria mundial e lançado os holofotes sobre uma seara que jamais havia sido associada a Lisboa.
A “revolução” começou discretamente cerca de três anos atrás, quando o barman Paulo Gomes abriu o Red Frog, um “speakeasy moderno”, como o próprio define. Mistérios não faltam. É preciso tocar a campainha, descer umas escadas e, dependendo do mood, encarar uma parede falsa que leva a um salão secreto. Pronto. Metade da festa está feita.
A outra metade sai da carta incrível, que propõe releituras de coquetéis clássicos com técnicas ousadas e minuciosamente estudadas em laboratório. Pode ser que surjam nas criações, por exemplo, morcela ou botão de pimenta sichuan. Nenhuma combinação é obra do acaso – embora por vezes haja doses elevadas de conceito e soberba. Consideremos que é o preço que se paga pela arte.
O menu, atualmente com 34 coquetéis, muda duas vezes por ano – e demora meses até ser apurado para ser lançado. É assim que nascem criações como o Craddock’s Reviver, com vodca, absinto e toranja clarificada e acidificada; e o Nasty Silence, com gin, vermute, flor de sabugueiro, urtiga e patchouli.
Logo que foi inaugurado, o Red Frog, que tem capacidade para 70 pessoas, tinha 90% da clientela estrangeira. Não demorou para cair nas graças dos portugueses, que hoje já representam metade da frequência – e se orgulham de mais um título internacional conquistado recentemente pelo país: o de um honroso 92º lugar na lista dos melhores bares do mundo no Prêmio World’s 50 Best Bars. Cheers!
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