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A rue des Lombards e os clubes de jazz mais interessantes de Paris

No quartier de Châtelet Les Halles, em uma rua de pedras nas portas do Marais, há endereços imperdíveis para quem curte jazz

Por Karina Jucá
Atualizado em 23 ago 2023, 22h24 - Publicado em 16 ago 2023, 07h13

Na contramão do ar solene e mainstream das salas de concerto como L’Olympia ou Salle Pleyel, ou a exclusividade de ambientes menores como a Caveau de la Huchette e a Petit Journal Saint-Michel (ambas no Quartier Latin), a rue de Lombards é a única em seu gênero com um clima animado e despretensioso e que tem programação de qualidade o ano todo: por baixo, acontecem ali cerca de 300 shows por ano.

A rua de pedras reservada a pedestres e próxima do metrô Châtelet é tomada de bares, restaurantes e conta com três salas de concerto icônicas e incontornáveis: Le Duc des Lomdards, a Sunset Sunside e o Le Baiser Salé. Todas com programação excelente e variada. Com ambiente de piano bar, as salas são pequenas e permitem aproximação máxima com os músicos. E como não há camarim, é possível beber e conversar com os artistas antes, entre ou depois dos sets.

No número 42 da rua des Lombards, o Le Duc (des Lombards) foi criado em 1984. Antes chamado de Bar de l’Etoile, trata-se de um lugar pequeno com um simples corredor, mas com os ingredientes chave de um bom clube de jazz: um bom piano, programação criativa e frequentadores que entendem do riscado (amantes ou iniciados no gênero musical). Em 2007, o Duc estabeleceu uma parceria com a rádio TSF Jazz e desde então recebe grandes nomes como o trompetista Wynton Marsalis e o baterista Aldo Romano. E apesar da descontração do ambiente, ali já foram gravados álbuns ao vivo como o do pianista Matthieu Boré. Em 2023, o Duc também organizou um carnaval à la New Orleans, com os sopros festivos típicos da cidade norte-americana a qual se atribui a invenção do jazz. Além do carna-jazz, a casa promove jam sessions com entrada livre todos os fins de semana a partir de 23h30. 

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Já a Sunset Sunside, no número 60, foi inaugurada um ano antes do Le Duc. A SS tem duas casas, no primeiro andar e no subsolo, e também recebe grandes nomes como Ben Sidran, o Woody Allen do jazz nova-iorquino, com suas letras cheias de referências literárias e a nonchalance (leveza) típica do diretor de Meia-Noite em Paris. Estive por lá recentemente para assistir o espetacular trio do saxofonista Branford Marsalis, irmão de Wynton.

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No número 58 da rue des Lombards, o Baiser Salé é o clube mais híbrido dos três. A casa estreou em 1983 com a presença do grupo brasileiro Les Étoiles, que acompanhou Bernard Lavilliers no Olympia. A programação hoje inclui world fusion, jazz rock e caribenho – como por exemplo Mario Canonge, nascido na Martinica, mestre do jazz caribenho e pianista residente da casa nas quartas-feiras às 19h. O Baiser Salé também sedia jam sessions do percussionista François Constantin.

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A rue des Lombards é tão mítica que já foi homenageada por vários músicos, como pelo grupo canadense Uzeb, no álbum Between The Lines na faixa “60, rue des Lombards”, uma referência ao Sunset Sunside. Ou na existencialista Extérieur Nuit, de Bernard Lavilliers. Outra característica destes clubes é que os preços não são salgados. Com €20 ou €30 é possível assistir o show de um grande músico, ou por €50 nomes como Branford Marsalis. 

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Enfim, a place to be para os amantes de jazz, os aficionados ou simplesmente pra viver o seu momento La La Land na cidade mais romântica do mundo.

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