Os termômetros batem -3,6º naquelas bandas durante essa semana. Fica no sul de Minas, mas é muito perto de São Paulo. Ave, alpina Monte Verde, que friozinho gostoso você proporciona, que duelo fazes com Campos do Jordão.
Destino de serra deliciosamente manjado, atende vários tipos de propostas de viagem, como identificou nosso bravo artista/designer (e grande amigo) da VT, Ricardo Marques. Claro, eu mesmo me identifico em mais de um perfil, provavelmente será o seu caso.
A seguir, o relato objetivo e eficiente do Ricardinho.
Monte Verde
Se você perguntar para dez pessoas como é a cidade e o que tem para fazer por lá, oito dirão: “tomar vinho, comer fondue, fazer aquilo e dormir”. E elas não estão erradas, mas a cidade tem mais a oferecer.
Monte Verde para aventureiros
Se você é do tipo que gosta de fortes emoções, rume à Fazenda Radical. Tem uma porrada de coisas.
Dá pra treinar a pontaria no arco e flecha, usar seu lado aranha na parede de escalada ou praticando arvorismo, e ter um momento Birdman na mega-tirolesa, com um total de 925 metros de comprimento a mais de 70 metros de altura.
Se quiser um pouco mais de batimentos cardíacos acelerados, basta seguir por uma estrada de terra rústica para chegar num lugar ainda mais rústico, de onde saem os passeios de quadriciclo. São mais ou menos uma hora e meia de trilha no meio da mata. Já que minhas referências são os filmes, o cenário o da Bruxa de Blair. Vá preparado(a), com a roupa mais confortável e menos cara que tiver, pois o banho de lama é certo. Sim, deixa na bolsa uma troca de roupa completa e não diga que não avisei.
Aqui vão os preços das atividades, que podem ser pagas online.
Monte Verde para esportistas: trilha + patinação no gelo
Se me permitem um trocadilho infame, vou colocar uma pedra nessa história de que Monte Verde é destino para não fazer nada. Uma Pedra Redonda, destino final da trilha mais visitada na cidade.
Uma caminhada de uma hora e meia, para adultos e crianças, com uma bela vista panorâmica no final. Além dessa, você pode escolher entre várias outras trilhas ecológicas e de níveis de dificuldade diferentes.
Outras trilhas boas são a Pedra Partida, o Pico Selado e o Chapéu de Bispo.
Para ter seu momento Holiday on Ice, vá para a pista de patinação no Centro. Se você, como minha namorada, nunca havia patinado, vale a experiência. No mínimo, o programa vai ser para rir, como se estivesse assistindo às Vídeo Cassetadas in loco, ô louco, meu.
Monte Verde para consumistas
Quem gosta de comprar passa bem em Monte Verde: são muitas galerias e dezenas de lojinhas para passear e gastar. A notícia, para quem não gosta, é que o centro de compras e de tudo mais na cidade se resume a uma avenida, que aos sábados funciona plenamente até as 23h.
São várias lojas de malhas, artesanato, decoração – que agrada desde os mais clássicos até os mais hipsters –, chocolates, queijos, bebidas e doces, que pra mim são as melhores.
Exemplo que reúne tudo isso é A Pioneira (35/3438-1895), onde você sai experimentando de tudo um pouco. Fique atento para não provar muitos licores, vinhos ou cachaças, que podem subir à cabeça e fazer você pensar que é rico e gastar aos tubos.
Monte Verde para dormir ou ficar na maciota
Na hora de decidir onde se hospedar, pense se vai ficar a viagem toda dentro de bobeira no hotel ou se vai querer dar umas bandas e comer pelo centrinho.
Se for a primeira opção, vá de Kuriuwa Hotel, mais distante do Centro, isoladão, com atendimento impecável e instalações charmosas. Joia para quem busca tranquilidade e romantismo, pois não aceita menores de 14 anos.
Para ficar mais próximo do Centro, outra beleza é a Estalagem Wiesbaden, que de junho a agosto tem diárias entre R$ 780 e R$ 1280.
Independentemente do objetivo, outra opção certeira é a Pousada Sagarana, com seus quartos temáticos sobre vários filmes, caso de La Dolce Vita, clássico de Federico Fellini. Nesta alta temporada, junho e julho, as diárias vão de R$ 680 a R$ 780.
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