Começo aqui uma série de posts com o intuito de facilitar sua vida na região de Foz do Iguaçu. De cara aviso que se você quer aproveitar ao máximo o destino, aí incluindo Puerto Iguazú e Ciudad del Este, reserve uma semana do seu calendário para conhecer tudo com calma. Foz não é grande, mas gasta-se muito tempo em deslocamentos e alfândegas.
Quem não vem a trabalho ou para comprar no Paraguai, só pode ter as Cataratas do Iguaçu como objetivo principal da viagem. Uma das Sete Maravilhas Naturais do Mundo tem 275 quedas ao todo, a esmagadora maioria no lado argentino.
Porém, é no lado brasileiro que se tem a melhor noção do conjunto. Por isso, sempre sugiro que se comece visitando o nosso lado. A grosso modo, no Brasil se tem a melhor vista e na Argentina, as quedas são mais palpáveis.
A portaria do Parque Nacional do Iguaçu, onde está o Centro de Visitantes, fica a 14 km do Centro de Foz. A partir dali, apenas coloridos ônibus de dois andares fazem o transporte de turistas: são 11 km pela Mata Atlântica, passando pelas estações Poço Preto e Macuco Safari (falaremos mais abaixo) até chegar na parada onde se inicia a passarela.
A última estação fica no término da passarela junto ao restaurante Porto Canoas. O ingresso ao parque custa R$ 27, mais R$ 9 pelo transporte. Crianças até 11 anos e maiores de 60 anos pagam apenas o transporte.
Hora de destrinchar as atrações:
1. Passarela sobre as cataratas
Quatis costumam dar as boas-vindas aos visitantes. Logo de cara, um mirante garante as primeiras selfies das cataratas. Com 1200 m, a passarela brasileira tem alguns sobes e desces, mas nada desanimador. O tempo de percurso deriva do número de visitantes e da quantidade de fotos, em média 1h15 de transposição. Bossetti, San Martín, Alvear Nuñez, Três Mosqueteiros: os saltos vão ficando mais íntimos. Quase no final, sai uma bifurcação para apreciar a grande atração das cataratas, a Garganta do Diabo, e a molhadeira é inevitável quando o rio está cheio.
- Horário: diariamente, das 9h às 17h.
2. Macuco Safari
Agora que você já teve um primeiro contato por cima, que tal encarar parte das cataratas por baixo? Em três etapas, a aventura duas horas. Começa com um tour pela mata com um trenzinho elétrico, seguido de uma caminhada até uma cachoeira sem muita água, o tal Salto Macuco. O que vale é a terceira parte, ao embarcar em botes infláveis e subir o Iguaçu até suas quedas. Lembra que eu te falei que a grande parte das cachoeiras ficava do lado argentino? Pois bem, há uma autorização para entrar em território argentino e deixar o bote ficar em baixo dos Três Mosqueteros, com vista para a Garganta do Diabo. Molha muuuiiiiitttttoooo. Inclusive seus apetrechos eletrônicos se não estiverem bem vedados.
- Horário: diariamente, das 9h às 17h30 (saídas a cada 15 minutos).
- Preço: R$ 215,40.
3 – Trilha do Poço Preto
A proposta é de imersão no habitat do parque. Com 9 km de extensão, a trilha pode ser feita a pé, bike ou carrinho elétrico. Passarelas e pontes pênseis aparecem no meio do caminho enquanto avistamos (ou tentamos avistar) aves – jacarés aparecem mais no inverno. No fim da trilha, um mirante de 10 m para apreciar a natureza. Pensou que acabou? Nã nã nina nina, ainda tem a parte aquática, com barcos navegando pelas ilhas repletas de pássaros no alto Rio Iguaçu. Quem quiser pode descer o rio de duck. Ao final de exaustivas quatro horas, todos querem mais é traçar um pratão de comida no Porto Canoas.
- Horário: diariamente, às 9h30, 12h e 14h.
- Preço: R$ 278,40.
4 – Passeio de helicóptero
Esse é para quem tem bala na agulha, porém, ninguém esquecerá a emoção. Um sobrevoo de 10 minutos com a imensidão das cataratas lá embaixo. Vale lembrar que, apesar do aeroporto de Foz ser próximo ao parque nacional, nenhum voo passa próximo das quedas.
- Horário: diariamente, das 9h às 17h30
- Preço: R$ 430