Okendo, o café-restaurante das estrelas de Hollywood em San Sebastián
Se você se interessa por gastronomia, é bem provável que tenha San Sebastián, no País Basco, como uma espécie de shangri-lá
Se você se interessa por gastronomia, é bem provável que tenha San Sebastián, no País Basco, como uma espécie de shangri-lá. É tudo verdade. A cidade tem nada menos do que três restaurantes triplamente estrelados pelo guia Michelin (Arzak, Martín Berasategui e Akelarre) – uma façanha para uma cidade de 120 mil habitantes fora do eixo Paris-Londres-Barcelona. Também tem fama internacional por causa de sua alta cozinha em miniatura, materializada em forma de pintxos, as tapas em estilo basco, em que os quitutes vêm espetados em palitinhos (CLIQUE AQUI para ler um post completo).
Como em qualquer lugar do mundo, a cidade tem outros lugares brilhantes fora da rota traçada pela maioria dos visitantes. Tendo visitado San Sebastián quase uma dezena de vezes (e cá estou novamente, paparicando meu afilhadinho basco da gema), tive a grande honra de conhecer alguns deles.
De Ava Gardner a Liz Taylor, passando por Javier Bardem e Antonio Banderas, quase todas as celebridades que estiveram pela cidade deram um pulinho no Okendo (o infinito mural fotográfico está ali para comprovar). Aberto desde 1924, quando San Sebastián estava no auge de sua “Belle Epoque”, o café-restaurante está justamente atrás do glorioso hotel María Cristina, um dos mis elegantes da Península Ibérica, onde se alojam todos os artistas que marcam presença no célebre Donostia Zinemaldia (Festival Internacional de Cinema de San Sebastián). Além disso, também está a um pulo do próprio lugar onde acontecem as premiações do evento.
Antigão, com pé direito altíssimo, o Okendo é dividido em dois. A parte da frente é um senhor bar de pintxos, com jeitão informal, serviço simpático e ambiente boêmio. Na parte de trás, funciona um restaurante discreto e com um quê elegante, decorado com instrumentos musicais e mesas adaptadas sobre máquinas de costura antigas. Ontem testei o bar. Hoje, o restaurante.
A dica, para quem quiser provar, é ignorar os pintxos frios expostos na barra (pouco variados e não muito especiais) e apostar nos quentes. Palmas para o tempura de camarão, gorducho, suculento e crocante. Também é um deleite o foie gras fresco na chapa, acompanhado de torradinha e purê de maçã.
Mas o melhor, sem dúvida, é o menu de almoço. Como cortesia, a dona nos serviu uma tapinha bem farta de “taquitos” de salmão marinado. De entrada, escolhi uma delicada salada com camarões (mais uma vez, deliciosos) com guacamole. Como prato principal, apostei no txitxarro (um peixe local, com carne macia e sabor marcante) com batatas cortadas bem fininhas. E, de sobremesa, cava (o espumante catalão) com sorvete de framboesas. Para acompanhar, um belo vinho branco. A conta? Acredite: € 17 por todo o menu (entrada, prato principal, sobremesa, vinho, pão e café).
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