Tiradentes: hotéis, restaurantes, maria-fumaça, passeios e mais

Por Adrian Medeiros Atualizado em 20 out 2023, 14h54 - Publicado em 9 abr 2022, 20h06
Site: http://www.tiradentes.net População: 7.807 hab DDD: 32 Distância de outras cidades: São João del Rei, 11 km, Barbacena, 58 km, Lavras, 104 km, Juiz de Fora, 165 km, Belo Horizonte, 196 km, Rio de Janeiro, 333 km, São Paulo, 482 km

Ao passar despercebida de qualquer forma de desenvolvimento, desde o declínio do Ciclo do Ouro, no fim do século 18, até os anos 80, quando o turismo floresceu, Tiradentes acabou se tornando uma das cidades históricas mais bem-preservadas do Brasil.

As ruas estreitas com calçamento de pedra conduzem por entre o casario colonial e igrejas barrocas, onde, durante o dia, o som das charretes ecoa num cenário emoldurado pela Serra de São José.

À noite, a luz branda acompanha o clima pacato da cidade. Não por acaso, o lugar tornou-se um dos destinos preferidos de casais, que aproveitam a boa oferta de pousadas de clima romântico, os ótimos restaurantes e a presença de inúmeros ateliês de arte, a maioria deles com peças trabalhadas em madeira, estanho, ferro e pedra-sabão.

QUANDO IR

A cidade lota aos fins de semana e feriados e em épocas de evento, como na Mostra de Cinema (janeiro), no Tiradentes em Cena (maio), no Tiradentes Vinho e Jazz e no Bikefest (ambos em junho), no Festival Cultura e Gastronomia (agosto), na Semana Criativa de Tiradentes (outubro).

Além disso, no verão, entre os meses de outubro e março, as chuvas são mais intensas, o que pode atrapalhar um pouco os passeios ao ar-livre, especialmente subir a íngreme ladeira da Rua da Câmara.

COMO CHEGAR

O principal aeroporto de acesso a Tiradentes é o Aeroporto Internacional de Belo Horizonte-Confins, a 230 km, mas o mais próximo é o de Juiz de Fora, a 155km.

De carro, saia de Belo Horizonte pela BR-040, e, após Congonhas, pegue a BR-383 até São João Del Rei, de onde é possível pegar a BR-265 até Tiradentes. De ônibus, é necessário ir até São João del Rei e, de lá, fazer baldeação para Tiradentes.

Para quem sai de São Paulo, é preciso ir pela Fernão Dias (BR-381) até a saída para Lavras, de onde a BR-265 leva para Tiradentes. Do Rio de Janeiro, o caminho começa na BR-040 até Barbacena, de onde sai a BR-265.

De ônibus a partir de São Paulo, com saída do Tietê, são cerca de 8 horas até São João del Rei com a Viação Útil; de lá, pegue um ônibus de linha da Viação Presidente até Tiradentes.

COMO CIRCULAR

Quase tudo fica concentrado nas ruas com calçamento irregular do Centro Histórico – fácil de explorar a pé, a única dificuldade é subir a Rua da Câmara para chegar na Matriz de Santo Antônio. Para ir até as pousadas mais afastadas (a até 5 km do Centro), há um ponto de táxis no Largo das Forras, que funcionam sem taxímetro. Carro só será útil para conhecer o distrito de Bichinho e região (e para levar as compras).

UM DIA PERFEITO

Use calçados confortáveis para explorar as ruas com piso irregular do Centro Histórico. Comece pela Igreja Matriz de Santo Antônio; depois, siga para o Museu Casa Padre Toledo e para o Museu de Sant’Ana. No almoço, prove a comida mineira do Virada’s do Largo, seguido por um repouso junto ao Chafariz de São José. Entre uma atração e outra, invista nas lojas que vendem de artesanato e arte a móveis e cachaças. À noite, passe pelo Largo das Forras, de onde sai o romântico passeio de jardineira. Para manter o clima de romance, jante no Angatu.

PASSEIOS

Dedique uma manhã para as lojas de artesanato do distrito de Bichinho, que, na verdade apesar, da proximidade com Tiradentes, pertence a Prados. No retorno, conheça o Museu do Automóvel da Estrada Real. De volta ao Centro Histórico, vá à Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos e ao Museu da Liturgia.

Dá para curtir o astral dos bares Templário, com música ao vivo, e Conto de Réis Biritaria, ambos no Largo das Forras. Há tempo, ainda, de explorar a natureza que circunda a cidade, como as trilhas na Serra de São José. Reponha as energias no Estalagem do Sabor – ou, se for um sábado, no Leitão do Luiz Ney. Embarque no passeio de trem até São João del Rei e, à noite, saboreie o jantar do Tragaluz.

ONDE FICAR

A arquitetura colonial, os detalhes charmosos na decoração e as generosas janelas com vista para o casario marcam a maioria das hospedagens de Tiradentes. Algumas investem em um café da manhã com produtos caseiros; outras, preferem ganhar os clientes com um gostoso chá da tarde.

Acima da Matriz de Santo Antônio, a fantástica Pousada Brisa da Serra tem uma vista privilegiada da Serra de São José que pode ser observada dos quartos com cama com dossel. Ela também é muito buscada para cerimônias de casamento.

Na entrada do Centro Histórico, o Solar da Ponte já virou cartão-postal da cidade: pudera, o hotel foi um dos pioneiros em acreditar no potencial turístico de Tiradentes. Pertinho do Solar da Ponte, a Santíssimo Resort tem apartamentos gigantes e uma piscina muito agradável.

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Quartos enormes e linda vista para a serra são marcas da Oratório Pousada Boutique, que fica a cerca de 20 minutos de caminhada do centrinho.

Quem viaja com crianças e não dispensa ficar no Centro Histórico, a Pousada Mãe d’Água está bem no Largo das Forras – de pousada tem apenas o nome, é grandinha com boa área de lazer para a garotada.

Na entrada da cidade, a Pousada Trem do Imperador tem seis chalés, que na verdade são réplicas de vagões de trem. Uma das hospedagens mais novas de Tiradentes, a Pousada Armazém 26 tem quartos com cama king-size e decoração clean.

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ONDE COMER

Diminuta no tamanho e na população, Tiradentes é generosa quando o assunto é boa comida. Principalmente no capítulo “culinária mineira”, onde a cidade tem o melhor conjunto de bons endereços da especialidade.

No Centro Histórico, o Estalagem do Sabor serve pratos de tamanho generosos; nos arredores do Centro, o Virada’s do Largo tem um dos melhores embutidos do país – ambos os restaurantes possuem horta própria.

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No caminho para Bichinho, o Pau de Angu funciona num bucólico sítio cheio de animais no gramado. Já no meio do povoado de Bichinho, o campeão de audiência é o bufê farto e saboroso do Tempero da Ângela.

Mas nem só de comida mineira vive Tiradentes. No Angatu, o chef Rodolfo Mayer incrementa suas receitas com ingredientes brasileiros. Pertinho dali, o Atrás da Matriz tem bacalhau e pizza como carros-chefes. A galinha d’angola é uma das estrelas do menu do romântico Tragaluz. O badalado Uai Thai mistura culinária tailandesa e mineira.

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Antes de sair, confira os dias e horários de funcionamento (a terça-feira é conhecida como o “dia da fome”).

No distrito de Bichinho, o Atelier da Cerveja é sinônimo de aconchego. Tem carta de cervejas com 80 rótulos, entre nacionais e importadas, incluindo uma de fabricação própria, a Carma, nas versões pilsen, pale ale, bock, stout e german weizen. A casa conta também com uma carta de vinhos para os dias mais frios. Entre os petiscos, salsichões servidos com maionese de batata e mexidinho de abobrinha.

MARIA-FUMAÇA

Um dos passeios mais procurados por turistas acontece de sexta-feira a domingo, em horários não totalmente fixos, principalmente às sextas-feiras. Consulte aqui a tabela vigente. Quem embarca em Tiradentes, antes de entrar no trem, assiste a Rotunda, quando a maria-fumaça gira manualmente (é preciso muito muque) para mudar de sentido.

O passeio percorre 12 km do trecho da Estrada de Ferro Oeste de Minas, ladeando o Rio das Mortes, tendo as montanhas da Serra de São José compondo a paisagem ao lado direito. Como os assentos não são marcados, não demore para embarcar e garantir o lugar desse lado do trem (quem faz o sentido inverso, deve buscar o lado esquerdo).

Após 40 minutos, a maria-fumaça chega a São João del Rei. Uma vez que o horário de retorno não é tão amistoso, vale a pena conhecer o Museu Ferroviário, dar um rolê pelas construções históricas da cidade e retornar de táxi ou de ônibus de linha.

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