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Belo Horizonte: edifício de Oscar Niemeyer é reaberto no Centro

Prédio modernista abriga mostra de decoração até domingo (10) e passará a funcionar como coworking

Por Fabricio Brasiliense
Atualizado em 8 jul 2022, 12h35 - Publicado em 6 jul 2022, 19h10
Ambiente criado pelo antiquário Casa Câmara na mostra Modernos Eternos, em cartaz no prédio de Oscar Niemeyer no centro de Belo Horizonte
Ambiente criado pelo antiquário Casa Câmara, de Ouro Preto, na mostra Modernos Eternos, em cartaz no prédio de Oscar Niemeyer.  (Rodrigo Câmara/Reprodução)
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Belo Horizonte foi a primeira capital moderna planejada do Brasil, sendo o conjunto da Pampulha o seu exemplar mais famoso. Mas nem é preciso ir tão longe. Em pleno centro de BH, o cruzamento das avenidas Afonso Pena e Amazonas guarda um edifício projetado por Oscar Niemeyer que passou por uma longa reforma e foi reaberto em maio.

A região, marco zero da cidade, é das mais fotogênicas, com edifícios de esquinas arredondadas que transmitem leveza e são um descanso na paisagem urbana, quase sempre de linhas retas. O principal marco daquele pedaço é o obelisco da Praça 7 de Setembro, ou simplesmente “pirulito da Praça 7”. Logo em frente, o prédio de Niemeyer ocupa uma das esquinas com fachadas que se estendem ao longo da Rua Rio de Janeiro e da Avenida Amazonas. O edifício tem quebra-sóis horizontais que contornam a fachada, os chamados brise soleils, que dão à edificação um toque de Copan. A composição fica ainda mais interessante com o prédio vizinho, o Cine Theatro Brasil, inaugurado em 1932 como o primeiro da cidade sob influência do art déco; veja foto abaixo:

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No Niemeyer, inaugurado em 1953 e com 25 andares, funcionou o Banco Mineiro de Produção, que depois ficou conhecido como o prédio do Bemge. Tombado desde 2016, a construção passou por um processo longo de restauração e acaba de ser reaberta para abrigar o polo da economia criativa de Minas Gerais, o P7 Criativo, ligado ao governo do estado.

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Até domingo (10), o lugar abriga a exposição Modernos Eternos. Ao longo de seis andares, arquitetos, designers e decoradores ambientaram os diversos espaços recriando apartamentos inteiros. Começar pelo 23º andar é a pedida, com a visita à sala montada por Rodrigo Câmara, idealizador do antiquário Casa Câmara, com sede em Ouro Preto, que apresenta uma curadoria impecável de móveis e objetos de decoração. E, como se não bastasse, a vista da cidade é um arraso, vale ir durante o dia!

A pedida, na sequência, é subir até o café do terraço, de onde se tem praticamente uma panorâmica de BH, para depois descer de escada parando de andar em andar. Nos ambientes virados para a Avenida Amazonas, a ausência dos brises deixa a cidade entrar, caso do ambiente idealizado pela arquiteta Luciana Garcia, chamado de “quarto da solitude”.

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O prédio passará a funcionar como polo criativo e será possível alugar estações de trabalho, como um coworking. Mais informações aqui.

Modernos Eternos 2022

Terça a sexta, 15h às 22h; Sábado, 13h às 22h e Domingo, 13h às 19h; até 10 de julho

Edifício P7 Criativo: Rua Rio de Janeiro, 471 – Centro (Praça Sete).

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Ingressos a R$ 70 (inteira) pelo site e mais informações no Instagram da mostra.

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