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Lisboa: onde e como andar de bonde na capital portuguesa

Antigos, charmosos e coloridos, os elétricos unem diferentes regiões da cidade desde o final do século 19

Por Luana Pazutti
Atualizado em 13 nov 2024, 13h33 - Publicado em 11 nov 2024, 14h00
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Embora haja bondes específicos para turistas, muitos viajantes optam por circular nos amarelos usados para o transporte cotidiano dos lisboetas mesmo. Afinal, são mais baratos (Andreas M/Unsplash)
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Além de ser um xodó dos moradores, a rede de bondinhos de Lisboa é um dos principais meios de locomoção da cidade e um grande atrativo para visitantes, permitindo conhecer os encantos da capital portuguesa a bordo de um transporte centenário. Ao todo, são seis linhas com cerca de 58 eléctricos, como são chamados os bondinhos em Portugal, que circulam pelo charmoso centro histórico.

Com um legado que ultrapassa gerações, os bondes de Lisboa estão em funcionamento desde o final do século 19. Eles foram criados com o objetivo de facilitar a circulação nas ladeiras da capital portuguesa, que também é chamada de Cidade das Sete Colinas.

Desde então, esse meio de transporte já passou por diversas reformas e se tornou cada vez mais popular entre moradores e turistas, aparecendo de forma recorrente nos cartões-postais lisboetas ao longo das décadas.

As linhas dos eléctricos de Lisboa

Atualmente, há seis linhas de bondinhos, embora a 15, 25 e a 28 sejam as mais procuradas entre os turistas:

  • A linha 12 é a mais curta de todas. Ela funciona em sentido único, partindo da Praça do Martim Moniz e seguindo até a Praça da Figueira. No trajeto, o bonde ainda passa em Alfama, pelo Largo das Portas do Sol, que abriga um dos mais famosos mirantes de Lisboa.
  • A linha 15, por sua vez, liga o centro de Lisboa a Belém, freguesia portuguesa onde fica o Mosteiro dos Jerônimos e a Torre de Belém. O elétrico parte da Praça da Figueira e passa pela Praça do Comércio antes de chegar ao seu destino. Tudo isso em um trajeto que dura cerca de 22 minutos.
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  • Com uma rota que dura cerca de meia hora, a linha 18 não é muito turística. De segunda a sábado, ela parte do Cais do Sodré e vai até o Cemitério Ajuda, situado na freguesia de Ajuda. Nos domingos e feriados, o bonde não circula.
  • Reinaugurada em 2018, após 23 anos desativada, a linha 24 oferece um trajeto curto, que se estende por 20 minutos. O embarque é na Praça Luís de Camões. Em seguida, ele vai até a freguesia de Campolide, passando pelo Bairro Alto e pelo Príncipe Real.
  • A linha 25 é a mais utilizada pelos próprios lisboetas para ir ao trabalho. Em atividade de segunda a sexta-feira, ela parte da Praça da Figueira e segue até o Cemitério dos Prazeres, em Campo de Ourique. No caminho, há algumas atrações, como a Praça do Comércio, o bairro de Santos, o Jardim e a Basílica da Estrela.
  • A linha 28, que já teve como ilustre passageiro o poeta Fernando Pessoa, é sem dúvidas a mais famosa de Lisboa. Ela começa na Praça Martim Moniz e segue até o Cemitério dos Prazeres. O trajeto contempla diversos pontos turísticos, entre eles o bairro da Graça, a Igreja de São Vicente, o Miradouro das Portas do Sol, a Sé de Lisboa, o bairro do Chiado, a Praça Luís de Camões e a Basílica da Estrela.
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A passagem custa € 3,10, se for comprada com o próprio operador do bonde. Para quem utiliza o cartão Viva Go ou Viagem CARRIS/Metro, o preço diminui para € 1,61 e € 1,80, respectivamente. Mais informações sobre os valores podem ser encontradas no site da Carris.

Qual é o melhor horário para passear de bonde?

Para evitar longas filas e aproveitar o passeio com mais tranquilidade, ainda mais se a escolhida for a linha 28, a recomendação é embarcar nas primeiras horas da manhã, de preferência antes das 9h. Outra possibilidade é embarcar após às 17h. Por outro lado, em linhas mais usadas por quem trabalha na cidade, o ideal é evitar os horários no começo e no fim da jornada laboral.

De qualquer forma, uma dica importante para quem vai andar de bonde, é ter cuidado com os seus objetos pessoais, como bolsas, celulares, cartões e documentos. A grande quantidade de passageiros faz com que esse seja um ponto popular entre batedores de carteiras. Os furtos não costumam envolver violência, mas vale ter atenção para não perder algo essencial e passar perrengue na viagem.

Afinal, é transporte ou turismo?

O grande sucesso dos bondes nem sempre agrada os moradores que utilizam o transporte para circular pela cidade. Durante a manhã, na Praça Martim Moniz, muitos passageiros chegam a passar mais de uma hora na fila em frente à parada, aguardando o famoso bonde nº 28.

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Embora haja bondes vermelhos projetados exclusivamente para o turismo, operados pela Yellowbus, eles são menos populares devido às tarifas mais altas: o bilhete custa € 25 e é válido por 24 horas. Isso faz com que grande parte dos visitantes opte pelos tradicionais amarelos, que deveriam ser destinados apenas para a locomoção diária.

A maioria dos usuários, portanto, acaba optando pelos micro-ônibus elétricos criados para atender quem utiliza essas mesmas rotas na rotina.

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