Torre de Belém em Lisboa: história, ingressos e visitação

Às margens do rio Tejo, torre com mais de 90 degraus e 500 anos de história é uma visita incontornável

Por Valentina Bressan
Atualizado em 27 jun 2024, 19h34 - Publicado em 25 jun 2024, 18h00
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Torre de Belém está intimamente ligada à história das navegações portuguesas do século XVI e situada próxima de outros monumentos históricos do país (Museus e Monumentos de Portugal/Divulgação)
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A Torre de Belém, em Lisboa, é um dos maiores símbolos de Portugal. Não é à toa: desde sua inauguração, em 1520, ela exerceu diferentes funções. A estrutura chegou a servir como prisão, alfândega para mercadorias e farol, além de fortaleza militar para proteger a cidade.

Hoje, a estrutura é Patrimônio Mundial da Unesco e o segundo monumento mais visitado do país – só fica atrás do Mosteiro dos Jerônimos, que está na mesma região de Belém, a cerca de 20 minutos de caminhada. A torre que hoje é cartão-postal de Portugal nasceu como Torre de São Vicente de Belém, em homenagem ao patrono de Lisboa.

Há visitantes que se contentam em vê-la apenas por fora, e não estão errados. A construção surpreende muito mais pelo exterior e o entorno dela é muito agradável, ainda mais se for um dia ensolarado e se estiver por lá o carrinho da Wine with a view, que vende vinhos portugueses em taça.

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A ideia de construir a torre partiu do rei Dom João II, com o objetivo de proteger a cidade militarmente. Com a morte do soberano, a tarefa de executar as obras ficou a cargo de D. Manuel I, que reinou de 1495 até 1521, um ano após a conclusão dos trabalhos.

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A construção foi feita em uma ilha no Rio Tejo. Mas, com as alterações no leito e aterramentos ao longo do tempo, o panorama mudou e hoje a torre está em uma margem do rio. Da região, partiam as embarcações que fizeram história ao longo do período dos descobrimentos.

Cinco andares para ver Lisboa e o Tejo

A Torre de Belém tem cinco andares. O mais aguardado pelos visitantes é o terraço, que proporciona uma vista panorâmica de Lisboa e do Tejo. É um cenário que vale o registro – e a longa subida de quase cem degraus até o topo.

Para chegar ao terraço, é preciso passar por diversas salas. O baluarte, tipo de estrutura militar moderna, guarda canhões usados para defesa da cidade. A torre alta tem um estilo medieval.

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A ornamentação arquitetônica da fortaleza é chamada de manuelina, em referência a D. Manuel I. O estilo combina motivos navais com decorações orientais, que estão relacionadas às conquistas de Portugal no Oriente naquela época. O arquiteto responsável foi Francisco de Arruda, que era especialista em construções militares.

Planeje sua visita

Como fica às margens do rio Tejo, a Torre de Belém é um ponto de fortes ventos mesmo no verão. Por isso, vale incluir um casaco na mochila. E prepare-se para os cinco lances de uma escada estreita para chegar ao topo da construção.

O espaço pequeno na escadaria também gera um trânsito grande de subida e descida. As filas para entrar no monumento também costumam ser longas, porque a compra do ingresso pela internet não garante hora marcada – as vendas são por dia, com acesso liberado em qualquer horário. Na primeira hora, há acesso preferencial para grupos em visitas guiadas.

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O horário de funcionamento é das 9h30 às 18h, com última entrada às 17h30. O bilhete custa € 8 e pode ser adquirido no site oficial.

Você pode aproveitar e incluir no itinerário o Mosteiro dos Jerônimos, o Monumento aos Descobrimentos e o Museu de Arte Contemporânea – todos ficam próximos à Torre de Belém.

Para chegar à Torre de Belém, é possível utilizar o bonde (linha 15E), o ônibus ou o trem.

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