Festa e alegria predominam no Dia dos Mortos no México
De caráter animado e com muita decoração e comilança, o Dia de Finados e o Dia de Todos os Santos têm outro significado para os mexicanos
Por Renata Hirota
Atualizado em 29 out 2021, 11h09 - Publicado em 31 out 2014, 17h08
Se nos Estados Unidos o Halloween é comemorado com doces e no Brasil o Dia de Finados tem um significado mais melancólico, no México, o Dia dos Mortos é celebrado de uma forma diferente e bem característica.
Para os mexicanos, o dia 2 de novembro é o dia de receber a visita dos seus entes queridos mortos, em uma das festas mais animadas do México – declarada como Patrimônio da Humanidade pela Unesco. Os mortos são recebidos com muita animação e comida, na forma de altares coloridos com oferendas, cada uma com seu próprio significado relacionado aos elementos da natureza.
A água é para matar a sede das almas que percorrem um longo caminho até chegar ao altar. As frutas, simbolizando a terra, saciam a fome. As velas, representando o fogo, lembra cada uma das almas, e as figuras de papel ou papel crepom, relacionadas com o ar, indicam a passagem dos mortos pelo altar.
Mas talvez as imagens mais famosas do Dia dos Mortos são as simpáticas caveiras coloridas, além de La Catrina – personagem do artista José Guadalupe Posada -, associada com a original personalidade principal da festa, a deusa asteca Mictecacíhuatl, esposa de Mictlantecuhtli, senhor do reino dos mortos.
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Quanto às caveiras, além da relação um pouco óbvia caveira-morte, há outra explicação que vem de um costume muito antigo: na época anterior à colonização espanhola, era comum conservar crânios para exibi-los durante rituais.
Como toda boa festa, há quitutes típicos que acompanham o dia: o pão de morto, um pão doce polvilhado com açúcar, caveiras de açúcar, doces de abóbora e frutas. Mescal ou tequila completam os principais elementos culinários que caracterizam o feriado.
A tradição de mais de 3 mil anos é celebrada de forma diferente em cada canto do país, mostrando a riqueza gastronômica, histórica e cultural de cada região, mas uma coisa é certa: sempre há muita festa, comida, homenagens e músicas!