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Capela Sistina, no Vaticano: história, curiosidades e visitação

Prepare-se para enfrentar multidões e veja dicas que poderão otimizar a visita

Por Clarice Sena
Atualizado em 5 jul 2024, 14h34 - Publicado em 30 jun 2024, 10h00

Oficialmente, o Vaticano é um país à parte, mas está inteiramente encravado em Roma. Uma das principais atrações na sede da Igreja Católica é a Capela Sistina, que foi construída entre 1473 e 1481 com arquitetura inspirada no Templo de Salomão do Antigo Testamento. É ali que é realizado o conclave, processo pelo qual um novo Papa é escolhido.

Mas o que realmente atrai os visitantes é a rica decoração da capela, que tem as paredes e o teto totalmente forrados com esculturas e pinturas dos principais artistas do Renascimento, como Pietro Perugino, Sandro Botticelli, Domenico Ghirlandaio e Michelangelo Buonarrotti.

Tratam-se de afrescos – técnica de pintura realizada sobre o gesso molhado – de retratos papais e representações de passagens bíblicas. Os painéis à esquerda do altar retratam a vida de Moisés e, os que estão à direita, a vida de Jesus Cristo.

Os adornos foram feitos durante quase 50 anos. Embora a capela tenha sido encomendada pelo Papa Sisto IV, que exerceu o papado entre 1471 até sua morte em 1484, foi apenas no papado de Júlio II, entre 1503 e 1513, que a abóbada e o teto começaram a ser decorados por Michelangelo, o grande artista de destaque do espaço.

A Capela Sistina faz parte do complexo dos Museus do Vaticano, que abriga a maior coleção de arte da Igreja Católica, e o passeio percorre salões deslumbrantes como a Galeria dos Mapas, a dos Candelabros, a dos Tapetes e o Pátio do Belvedere. Anda-se ao todo cerca de 7 quilômetros e a Sistina é a última parada do percurso.

A seguir, você confere alguns detalhes para ficar de olho durante a sua visita e dicas para planejá-la:

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Capela Sistina, Vaticano, Itália
A Capela foi construída a mando do Papa Sisto IV – por isso o nome “Sistina” (miketnorton/Wikimedia Commons)

Quais passagens bíblicas aparecem na Capela Sistina?

O projeto decorativo inicialmente previa uma apresentação dos Doze Apóstolos. Aos poucos, ele evoluiu para um complexo de dezenas de figuras e representações. O teto, em forma de arcos, deve ser lido da esquerda para a direita e de cima para baixo.

A Criação de Adão é provavelmente a imagem mais famosa da capela, localizada na abóbada, e representa a história do Gênesis em que Deus deu vida a Adão.

Também se notam outras cenas importantes, como a A Criação de Eva e O Pecado Original. Na parede atrás do altar estão as cenas do Juízo Final onde aparece a figura de São Bartolomeu, cujo rosto é um autorretrato de Michelangelo.

O que você precisa saber antes de visitar?

Para ver a Capela Sistina, é preciso comprar o ingresso dos Museus Vaticanos, que custa € 20. É possível fazer a reserva no site do Museu do Vaticano, com horário agendado. Não deixe para comprar na hora porque é certeza que você vai amargar pelo menos 2h na fila.

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Também existe a possibilidade de reservar uma visita guiada, disponível em vários horários e idiomas, que inclui ingresso com acesso prioritário (o que significa que você não precisa esperar em filas). Outra vantagem de fazer a visita com um guia credenciado pelo Vaticano é a possibilidade de passar da Capela Sistina diretamente para a Basílica de São Pedro, driblando assim a ida até a praça e uma nova fila do controle de segurança, que pode durar 2h ou mais na alta temporada. A carioca Luciana Rodrigues vive em Roma há mais de vinte e tem credenciamento para realizar o passeio; saiba mais em Roma pra Você.

Vale um aviso: prepare-se para enfrentar multidões durante o passeio, que por vezes pode beirar o insuportável e não permitir uma visita com a calma e a atenção que o espaço merece. Dito isso, ainda assim é absolutamente imperdível. Outra dica importante: não faça o passeio do Coliseu no mesmo dia porque é outro lugar que concentra as maiores multidões. Saia do Vaticano e vá bater perna pelas ruas. Um lugar que vale a pena para comer e fica pertinho do Vaticano é o Mercato Trionfale.

No último domingo de cada mês e na Semana Santa, a entrada é gratuita, mas as multidões e filas são ainda maiores.

Fique atento: em alguns dias, sem aviso prévio, o acesso a partes do Vaticano pode ser bloqueado. Isso pode ocorrer, por exemplo, devido ao encontro do Papa com alguma liderança.

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Não é permitido tirar fotos na Capela Sistina, onde os guardas também exigem que se faça silêncio por se tratar de um local de oração. Para ver as pinturas mais de perto, vale levar binóculos portáteis. Em outras partes dos Museus do Vaticano, as fotos costumam ser liberadas.

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