Artista faz intervenções divertidas em ruas de Amsterdã
Para alegrar o dia a dia dos transeuntes, Frankey cria esculturas com referências à cultura pop em lugares inusitados
A miniatura de um Pinóquio pendurado pelo nariz no galho de uma árvore, um pianista tocando no peitoril de uma janela, King Kong agarrado a um poste de luz… Em uma caminhada despretensiosa por Amsterdã, na Holanda, é bem capaz de você topar com uma obra de Frank de Ruwe, que atende por Frankey
O artista de rua utiliza placas, fios e outros elementos próprios das vias públicas para criar cenários divertidos com referências à cultura pop. Todo domingo, Frankey divulga uma nova obra no jornal holandês Het Parool e em seu perfil no Instagram, indicando a localização da nova peça.
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Durante a pandemia, quando a praça Dam Square estava deserta e cercada por barreiras de concreto antiterrorismo, Frankey teve uma ideia para tornar a paisagem menos hostil. As barreiras, com forma similar a blocos de montar, inspiraram o artista a construir um Lego gigante do cantor folk André Hazes, muito popular na Holanda, e colocá-lo sobre uma das estruturas.
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O trabalho de Frankey já fez parte de exibições na Holanda, Itália, Alemanha e nos Estados Unidos, mas as ruas da capital holandesa são sua verdadeira galeria de arte. Um buraco na calçada ou uma rachadura na parede se tornam oportunidades para surpreender os pedestres com as instalações.
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Algumas obras pedem mais atenção para serem notadas:
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Já outras são difíceis de não serem vistas:
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Pode-se dizer que Frankey é um artista clandestino, já que é ilegal espalhar arte dessa forma por Amsterdã. Em entrevista ao The New York Times, ele comentou seu modus operandi para não ser pego: sempre fazer as instalações de dia usando um colete refletivo laranja e uma licença falsa – parece oficial pelo layout, mas é apenas um papel com carimbos e selos.
O combo faz ele se passar por um funcionário da prefeitura com autorização para colocar sua arte na rua. Rolando o carrossel abaixo, você vê Frankey disfarçado instalando uma obra:
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Em uma referência metalinguística, Frankey já recriou o próprio trabalho em uma miniatura. O artista disse ao The New York Times que apesar de sua forma de atuação ser ilegal, as peças podem ser removidas sem causar nenhum estrago ao patrimônio público. O artista usa e abusa de ímãs e fitas dupla face.
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Com essa facilidade, algumas obras são removidas e Frankey não conhece o destino de todas, mas relatou ao jornal norte-americano saber que algumas delas são vendidas on-line.
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Antes de expor objetos na rua, o artista fazia intervenções com grafitti. Seu primeiro trabalho com esculturas foi a estátua de um homem em uma sauna colocada na região de Weteringcircuit, em 2010. Desde então, o bom humor é um componente essencial de suas obras. Ao The New York Times, disse que seu maior objetivo é fazer as pessoas sorrirem com suas criações – e para a sorte de Frankey, parece pouco provável se deparar com obras inusitadas, como o Minion abaixo, e não dar uma risadinha sequer.
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