*Na data de publicação da matéria, o dólar custava R$ 5,45.
Nenhum outro país do mundo é mais relacionado ao universo das compras do que os Estados Unidos. É fácil entender por quê: cidades como Miami, Orlando, Los Angeles e Nova York têm um cardápio generoso de shoppings, complexos a céu aberto, lojas e eles, os outlets. No passado, era comum ver brasileiros arrastando malas de rodinhas cheia de sacolas por seus corredores labirínticos, feitos exclusivamente para esvaziar o bolso do viajante.
Com a reabertura dos Estados Unidos para vacinados a partir de 8 de novembro, nem a alta do dólar tem inibido a justificada gana dos shopaholics em voltar a sonhar com uma viagem de compras. Afinal, mesmo com a moeda americana chegando perto dos R$ 6, quase tudo que é vendido no país, de roupas a eletrônicos, continua mais em conta que no Brasil. Para chegar a essa conclusão, selecionamos alguns produtos de desejo dos brasileiros e comparamos os preços cobrados aqui e lá fora: em geral, os valores na gringa eram de 10% a 55% mais baratos.
No entanto, é importante levar em consideração que sobre os produtos ainda incide a sale tax, o imposto sobre compras. O valor varia em cada cidade e estado: 6,5% em Orlando, 7% em Miami, 8,87% m Nova York e 9,5% em Los Angeles, por exemplo. Além disso, os brasileiros podem trazer no máximo US$ 500 em compras do exterior sem pagar imposto. O que passar da cota estará sujeito a um imposto de 50%.
Eletrônicos
Comprar eletrônicos nos Estados Unidos continua sendo sinônimo de uma boa economia. Um iPad Pro de 128GB custa em torno de US$ 800 (R$ 4.366) na Best Buy e R$ 6.073 na Amazon Brasil. Já o iPhone 12 de 64GB sai por US$ 730 (R$ 3.984) lá e R$ 5.997 aqui. O mesmo acontece com os videogames: o Playstation 5 está sendo vendido por US$ 500 (R$ 2.729) nos Estados Unidos e R$ 6.000 no Brasil, enquanto o Nintendo Switch sai por US$ 300 (R$ 1.637) lá e R$ 2.129 aqui. Entre as caixas de som, a Alexa Echo Dot (4ª geração) custa US$ 35 (R$ 191) na Best Buy e R$ 379 na Amazon Brasil.
Roupas
Se a intenção for comprar roupas de grife, é importante avaliar. As camisas polo da Ralph Lauren custam a partir de US$ 60 (R$ 327) nas lojas dos Estados Unidos e R$ 480 nas lojas do Brasil. Também é impossível encontrar jaquetas corta vento da North Face a partir de US$ 99 (R$ 540) no exterior, enquanto no site brasileiro da marca a peça do tipo mais barata custa R$ 749. Porém, com os jeans da Calvin Klein, a diferença também não é tão grande: US$ 49 (R$ 267) lá e R$ 300 aqui.
Cosméticos
A situação se repete entre os cosméticos. Um mesmo corretivo da Nars sai por US$ 30 (R$ 163) na Sephora gringa e R$ 199 na Sephora brasileira. Um batom matte da Fenty Beauty, marca da cantora Rihanna, está sendo vendido por US$ 7 (R$ 38) lá e R$ 60 aqui. Já uma máscara de cílios da Lâncome custa US$ 26 (R$ 141) nos Estados Unidos e R$ 179 no Brasil.
Brinquedos
As diferenças mais significativas de preço estão nos brinquedos. Uma boneca Baby Alive sai por US$ 22 (R$ 120) no Walmart dos Estados Unidos contra R$ 197 na Amazon Brasil. O caminhão de bombeiro do Marshall, da Patrulha Canina, custa US$ 10 (R$ 54) lá e R$ 111 aqui. E o abismo é ainda maior quando se trata da marca Lego: o conjunto de 474 peças para montar a nave de Luke Skywalker, de Star Wars, fica em torno de US$ 40 (R$ 218) no exterior, enquanto os preços praticados no Brasil partem de R$ 490.
1. Invista nos cupons: muitos shoppings e outlets têm os seus. Com eles, dá para arrematar até 25% de desconto nas lojas. Para consegui-los, veja se há como imprimir os cupons direto no site do estabelecimento. Caso contrário, vá aos guichês de atendimento ao cliente no dia da visita e apresente o passaporte. Quase todos são gratuitos.
2. Planeje a viagem para fevereiro e março ou agosto e setembro. As grandes queimas de estoque acontecem nesses meses!
3. Comprar em Orlando costuma ser ainda mais barato que nas outras cidades turísticas porque o sale tax, o imposto sobre compras, é menor: 6,5%. Em Miami, é de 7%, em Nova York, de 8,87% e, em Los Angeles, de 9,5%.
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