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VÍDEO: uma ursa e seu filhote são avistados em Machu Picchu

Dois ursos-de-óculos foram vistos atravessando a cidade inca, que foi reaberta em novembro. Visitantes que chegam ao Peru devem ficar 14 dias reclusos

Por Bruno Chaise
Atualizado em 18 jan 2021, 10h55 - Publicado em 18 jan 2021, 10h37
Urso-de-óculos é espécie nativa da América do Sul e está ameaçada de extinção (Linnaea Mallette/PublicDomain/Reprodução)
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As habituais hordas de visitantes em Machu Picchu diminuíram drasticamente no último ano devido à covid-19. O Peru manteve fronteiras fechadas de março a novembro e ainda está longe de ter o mesmo fluxo de antes. E se a falta de humanos possibilita que animais de comportamento arisco se aproximem de áreas antes impensáveis, Machu Picchu acaba de registrar o seu momento National Geographic. Na quarta-feira (14), dois ursos andinos, uma mãe e seu filhote, foram vistos andando em um dos terraços da cidadela inca. Em um vídeo gravado por funcionários que monitoram o lugar, os animais foram flagrados em meio às construções de pedra antes de sumirem na selva; veja abaixo:

Machu Picchu recebia cerca de três mil pessoas por dia antes da pandemia e especialistas já apontavam para os problemas de superlotação e degradação do meio ambiente. Com a pandemia e o fechamento do parque, os ursos tiveram mais liberdade para andar pelo monumento. O lugar é seu habitat natural.

O urso-de-óculos, conhecido também como andino, é o único nativo da América do Sul e está ameaçado de extinção. A espécie ficou conhecida através do urso Paddington, personagem fictício da literatura infantil, que ganhou vida através do autor britânico Michael Bond e teve uma versão levada às telas.

Machu Picchu está aberta?

A cidadela inca reabriu no dia 1º de novembro depois de quase oito meses fechada. De acordo com os novos protocolos, apenas 675 turistas podem visitar Machu Picchu por dia, um terço do que era permitido. Para entrar, os visitantes têm a temperatura checada, são obrigados a usar máscara e respeitar o distanciamento de 2 metros entre as pessoas.

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Os grupos, incluindo um guia, não podem ter mais do que oito pessoas e crianças menores de 12 anos não são permitidas. Para evitar aglomerações, os visitantes devem obedecer circuitos delimitados dentro do parque. O destino também recebeu o selo Safe Travels, que assegura o cumprimento dos protocolos de segurança desde a chegada à estação ferroviária de Aguas Calientes. 

Darwin Baca, prefeito distrital de Machu Picchu, disse ao jornal El Comercio que 2021 será um ano perdido para o turismo e não espera um retorno à normalidade antes de 2022.

Situação da Covid-19 no Peru

O presidente peruano, Martín Vizcarra, foi um dos primeiros líderes da América Latina a implementar uma quarentena dura, com um lockdown de 100 dias que durou até 1º de julho. O governo fechou as fronteiras e decretou que apenas trabalhadores essenciais tinham permissão para sair de casa.

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As medidas de isolamento, porém, não funcionaram. Um dos motivos é que 72,6% da população vive do mercado informal, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística do Peru. Assim, muita gente se viu obrigada a continuar saindo todos os dias de casa.

Até o momento, mais de 38 mil peruanos morreram e mais de um milhão foram infectados. Apesar disso, o retorno de turistas é comemorado pelo setor, praticamente paralisado desde março de 2020. A fronteira aérea com o país está aberta desde 1º de novembro para um grupo de 25 países, incluindo o Brasil. 

Desde o o dia 4 de janeiro o governo peruano passou a exigir uma quarentena obrigatória de 14 dias para todos os passageiros que ingressarem no país. Mais informações podem ser encontradas no decreto oficial e detalhes sobre a visita à Machu Picchu estão no site (em espanhol).

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