As autoridades do Brasil apresentaram a candidatura da cidade do Rio de Janeiro ao título de patrimônio mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). A ideia é reunir esforços internacionais na luta pela preservação da cultura e das riquezas naturais de uma área que inclui os principais pontos turísticos cariocas.
Em julho, o projeto da Unesco será analisado em São Petesburgo, na Rússia. Depois, os especialistas votarão a proposta brasileira, apresentada ontem (15), para decidir se o Rio deve receber o título. O público-alvo das apresentações é formado pelas representações diplomáticas dos 21 países com poder de voto na Convenção do Patrimônio Mundial, membros das principais universidades, formadores de opinião, jornalistas e instituições de preservação de todo o mundo.
Atualmente, 911 sítios são considerados como patrimônio mundial da Unesco, localizados em 151 países. O Brasil faz parte dessa lista, com 18 sítios cadastrados – entre eles Brasília, o centro histórico de Salvador e as reservas de Fernando de Noronha.
O Projeto Rio de Janeiro, Paisagem Cariocas entre a Montanha e o Mar foi apresentado pela embaixadora do Brasil na Unesco, Maria Laura da Rocha, pelo presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Luiz Fernando de Almeida, e pela superintendente do Iphan, Cristina Lodi. Pela proposta apresentada, as áreas que devem ser incluídas como patrimônio vão do alto do Corcovado até o Morro do Pico, em Niterói. Também devem ser incluídos pontos turísticos conhecidos, como o Parque Nacional da Tijuca, o Passeio Público, o Jardim Botânico, o Parque do Flamengo, a Baía de Guanabara e as orlas de Copacabana – com as praias do Leme, de Copacabana, Urca e Botafogo.
O presidente do Iphan disse que a situação social e econômica da cidade dificulta o trabalho de preservação de suas características naturais. Para Almeida, os grandes eventos internacionais, como a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 216, representam um desafio na luta pela conservação do Rio, que não deve ser feita de forma pontual .
A embaixadora Maria Laura da Rocha está otimista em relação à candidatura do Rio, embora especialistas tenham sugerido mudanças no documento final. “Eles [os especialistas] reconheceram as características de patrimônio mundial, o valor universal. Mas acharam que há algumas dúvidas quanto ao plano de gestão e monitoramento”, disse ela.
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