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Pesquisa revela qual o sotaque mais confiável, direto, sexy

Estudo indica como os sotaques são percebidos ao redor do mundo e mostra influência no momento de viajar e de se comunicar

Por Luca Occhialini
Atualizado em 27 jan 2020, 19h43 - Publicado em 27 jan 2020, 16h03
Homem e mulher se comunicando em diversos idiomas
 (GettyImages/Reprodução)
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O sotaque pode prejudicar na hora de conversar em outro idioma e até atrapalhar algum planejamento de viagem. Pelo menos é o que concluiu o estudo do Babbel, aplicativo para aprendizagem de idiomas, junto com o professor Alex Baratta, da Universidade de Manchester. A pesquisa revelou que 46% dos entrevistados evitam viajar para um país onde não falam a língua local, enquanto 30% sequer cogitam conhecer um local de idioma diferente.

Também foi analisado o que os nativos pensam em relação ao sotaque alheio e à própria insegurança ao se aventurarem em outros idiomas. A pesquisa foi feita com uma população de 7.500 pessoas residentes nos Estados Unidos, Canadá, Inglaterra, França, Espanha, Alemanha, Itália e Polônia. Confira a percepção que se tem sobre o sotaque quando o nativo de um idioma resolve se aventurar em outra língua: 

  • Sotaque mais amigável: espanhol (39%)
  • Sotaque mais sexy: francês (37%)
  • Sotaque mais assertivo: alemão (33%)
  • Sotaques mais estilosos: francês e italiano (30% cada)
  • Sotaque mais sofisticado: francês (30%)
  • Sotaque mais direto: alemão (29%)
  • Sotaque mais profissional: alemão (26%)
  • Sotaque mais inteligente: sueco (24%)
  • Sotaque mais intrigante: francês (19%)
  • Sotaque mais confiável: sueco (15%)

Mas não são só características boas que apareceram na análise. Os participantes também indicaram alguns traços negativos dos sotaques pelo mundo: 

  • Sotaque menos educado: americano (16%)
  • Sotaque menos amigável: russo (18%)
  • Sotaques mais ríspidos: alemão e russo (38%)
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Ansiedade (ou não) na hora de falar outro idioma

Quando perguntados sobre a preocupação com a percepção do sotaque no exterior, os entrevistados contaram que a ansiedade (48%) e o medo (33%) prejudicam o desempenho. Os americanos são os mais afetados, com 55% dos respondentes dizendo que ficam ansiosos ao falar um idioma estrangeiro. 

Mesmo sendo os mais, digamos, abalados, os norte-americanos, junto com os ingleses, são os mais propensos a se jogarem na hora de conversar, segundo a pesquisa. O estudo também concluiu que mulheres e jovens de ambos os sexos sentem mais ansiedade na hora de tentar outra língua, com 42% e 47%, respectivamente (a média global para o quesito é de 38%).

Orgulho do sotaque?

Um dos piores números da pesquisa foi sobre o orgulho do sotaque em outros idiomas: apenas 19% mostrou estar de bem com a pronúncia, entre os falantes de inglês o índice diminui para 17%. Por outro lado, os nativos de língua inglesa querem se livrar do sotaque em 34% dos casos.

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