Quem consegue lidar com o ritmo desenfreado de Nova York? Se você vai pela primeira vez, topa com a complexa decisão entre conferir os encantadores programas clássicos ou dar uma olhada nas novidades. E, a cada retorno à cidade, quando você pensa que já a conhece, acaba com uma nova lista incumprível de lugares para visitar, comer, beber, subir, assistir. Veja bem, não é uma reclamação, é uma constatação. O mundo gira e, bem no centro dele, Nova York rotaciona em velocidade máxima.
Nas bordas do Central Park
Ao mesmo tempo que a gentrificação pede que se explore outros boroughs, como são chamadas as cinco “partes” de Nova York, o lugar que se recusa a ficar parado no tempo continua sendo Manhattan, mais especificamente da Rua 59th, bem na bordinha sul do Central Park, para baixo. Ali é só piscar que você já perdeu alguma coisa. Mas comecemos um pouco mais para cima. É impossível que você consiga ver em uma só vida toda a coleção do espantoso Metropolitan Museum of Art (MET).
Escorregando ao Columbus Circle, na quina do parque, está um dos mais novos food halls, aqueles mercadões com tipos mil de comidinhas, uma mania atual nova-iorquina. Eles são bastante convenientes para nós, turistas, economizarmos tempo e dinheiro. O TurnStyle abriu no subterrâneo da estação de metrô do Columbus Circle, num longo corredor com 30 restaurantes: pare para um saquinho de minidonuts no The Doughnuttery. Perfeito para, se for um turista zen, levar ao gramado do Central Park ou, mais provável, comer rapidinho porque ainda tem muita coisa para ver.
Compras na Quinta Avenida
Continuemos até a Quinta Avenida – a gente veio pra comprar também, como não? Na esquina da 46th, a perdição é a flagship da Adidas, que abriu, no fim de 2016, a maior loja da marca no mundo: tem mais de 4 mil metros quadrados. Com visual meio industrial, meio tecnológico, tem telões com jogos ao vivo e quadrinhas em que você pode testar produtos chutando bolas ou correndo em pistas.
Gastronomia em NoMad
Agora deixemos o enxame de turistas de Midtown para adentrar uma microrregião (Nova York adora nomear microrregiões) chamada NoMad. Ali está o nosso velho conhecido Eataly, que, mesmo depois de abrir uma filial em São Paulo, continua sucesso entre a brasileirada, por ótimas razões. E o burburinho gastronômico mais quente de Manhattan está a duas quadras dali, perto do Gramercy Park. Vide o Sugarfish, com preços relativamente baixos; o ABCV, restaurante vegetariano do super-chef Jean-Georges Vongerichten, que serve vinhos e destilados orgânicos; e o Nur, com culinária do Oriente Médio, onde o prato da casa é o beef tartare, com iogurte de ovelha e alcachofras. Nova York é eclética assim.
O High Line
Percorra alguns quarteirões para oeste e suba as escadas do High Line, o famoso ex-“minhocão” que virou um parque descoladex suspenso. É programaço para o ano inteiro. Tem festas, palestras e outras atividades, é só ficar de olho no calendário. Além disso, toda hora tem um restaurante da vez por ali.
Do outro lado de Manhattan
Pulemos então para o lado oposto da ilha, na Bowery, onde está instalado o International Center of Photography Museum, aberto num prédio todo envidraçado em 2016. Eu já mencionei a obsessão de Nova York por food halls, né? Pois nossa próxima parada é o Canal Street Market, em Chinatown. Num galpão espaçoso e bonito, com piso de madeira e pé-direito alto, ele oferece principalmente estações de comida asiática: no Ippudo Kuro-Obi, se come um ramen dos bons. Tudo em porções módicas a preços amigos.
Se você já subiu no observatório no topo do novo World Trade Center e visitou o museu às vítimas do atentado, saiba que, nesse complexo no sul de Manhattan, abriu também um shopping, o Westfield. Ele está dentro da Oculus, a estação de trem mais cara de Nova York, projetada por Santiago Calatrava, e que rivaliza com a Grand Central Station pelo título de mais fotogênica também. Porque sempre tem espaço para mais uma Victoria Secret’s e mais um Eataly na cidade.
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Daí em diante, o negócio é pular nas balsas. Quem sabe para visitar a Ellis Island, onde o museu Peopling of America Center, de 2015, reconta a imigração aos Estados Unidos desde os colonos ingleses até os dias de hoje. Ou então a Governors Island, ilha de 70 hectares, antiga base militar, que foi transformada em um oásis verde aberto à população nos meses de verão.
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