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Memorial do Corinthians: a história do campeão dos campeões

Visita monitorada pelo Parque São Jorge mostra as maiores conquistas e os momentos difíceis do Timão

Por Fábio Paschoal (texto e fotos)
Atualizado em 16 dez 2016, 00h30 - Publicado em 31 jan 2013, 10h48

O juiz apita o final da partida e decreta a vitória do Corinthians sobre o Boca na decisão da Libertadores. Fogos de artifício explodem sem parar, gritos de “É campeão!” ecoam por todos os lados e, em meio ao caos, tento entender tudo o que está acontecendo. Naquele momento ganhei um novo sentimento, uma mistura de felicidade, alegria, orgulho e alívio que eu experimentava pela primeira vez, e só passei a conhecer graças ao Timão. Todas essas emoções voltaram quando fui à Fazendinha para fazer a visita monitorada pelo Parque São Jorge.

Ao lado da porta do Memorial do Corinthians há uma ilustração que representa o momento em que cinco operários, reunidos sob a luz de um lampião de gás, decidem fundar o Sport Club Corinthians Paulista. Foi lá o ponto de encontro com Fernando Wanner, um corintiano roxo, que guiou nosso grupo de 30 pessoas em uma imersão na história do clube alvinegro.

Logo na entrada, uma réplica de um vestiário: camisas penduradas nas paredes, armários com chuteiras, meiões, shorts e toalhas. A imagem de São Jorge, padroeiro do time, também está lá. O som dos gritos da torcida ajudam a criar a atmosfera, e você se sente como um jogador de futebol profissional, prestes a entrar em campo.

Fernando abre a porta para a outra sala. Os gritos ficam mais fortes. A foto da arquibancada exibe a torcida, com bandeiras e faixas, saudando a chegada do time ao estádio. Três telões mostram as defesas, as jogadas e também os gols importantes de jogos memoráveis. O famoso drible anunciado de Edílson em Karembeu, durante o Mundial de Clubes de 2000, tem lugar de destaque junto a outras fotos de momentos marcantes na história do clube.

Então, vem o painel com fotos das equipes corintianas desde 1910 até hoje (exceto as três primeiras, que estão representadas com os nomes de todos os jogadores em painéis de fundo preto). O time de 77 que tirou o Corinthians de um jejum de quase 23 anos; o elenco de 1982, liderado por Sócrates, que iniciou a Democracia Corinthiana; os grupos de 90, 98, 99, 2005 e 2011, campeões brasileiros; o plantel de 2000 que trouxe o primeiro mundial. Estão todos lá. Inclusive o Corinthians de 2012 – que conquistou a Libertadores e o segundo mundial – projetado na parede ao lado, em tamanho gigante.

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Mas a história de um time não é feita só de vitórias. A foto da equipe de 2007, rebaixada para a segunda divisão do Brasileiro, foi a que mais me chamou a atenção. Está ao lado do elenco de 2008, responsável pela campanha do retorno à Série A. Foram aqueles jogadores que me fizeram perceber que meu amor pelo Timão era muito maior do que a rivalidade com qualquer outro clube. O dia do rebaixamento foi o dia que parei de torcer contra São Paulo, Palmeiras e Santos e passei a torcer somente a favor do Corinthians.

Na Linha do Tempo, descobrimos que o Corinthians recebeu o título honorário de Campeão dos Campeões em 1930, após ganhar um desafio contra o Vasco (os clubes foram os campeões em seus estados em 1929). Passamos pela calçada da fama, com os pés de jogadores famosos, como Basílio, o herói que marcou o gol do título de 77. Visitamos as salas de troféus e a sala de cinema, que resgata todos os gols e as narrações das conquistas do time. Vimos os totens em tamanho real de Ronaldo Fenômeno, Sócrates, Marcelinho Carioca, Neto, Rivelino e outros craques que já vestiram a camisa do Timão. No painel interativo clicamos nas fotos dos jogadores para descobrir o que cada um fez pelo alvinegro. Rimos com as caricaturas de personagens que fizeram história e com a bola quadrada, jogada em campo pelos corintianos durante uma partida contra a Portuguesa para tirar sarro da torcida rival e, no final, fizemos fila para ver o troféu do Mundial de Clubes da Fifa 2012, que ficou no museu até março de 2013, quando foi substituído por uma réplica.

A visita ainda passa pelas dependências do clube. Entramos no gramado da Fazendinha, visitamos a capela, o parque aquático e o centro de treinamento de remo, natação, tênis e outros esportes. Vimos estátuas de grandes personalidades do Corinthians e passamos pelo bar Salve Jorge que possui caricaturas de jogadores e torcedores famosos do Timão.

O momento mais marcante da visita foi quando paramos para beber a água da bica, que, segundo Fernando, é mágica. “Quem bebe da água de São Jorge se torna corintiano para sempre!”. Se ela encanta mesmo eu não sei, mas o fato é que o efeito ainda não passou, e parece que será assim para o resto da minha vida.

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Visita monitorada pelo Parque São Jorge

Quando: aos sábados, domingos e feriados às 10h ou às 12h. As visitas devem ser agendadas com pelo menos um dia de antecedência.

Onde: Sede social do Sport Club Corinthians Paulista (Rua São Jorge, 643, Parque São Jorge – São Paulo/SP)

Quanto: R$ 20. Crianças de 6 a 14 anos, aposentados e idosos acima de 65 anos com documento em mãos pagam meia (inclui a visita pela sede e pelo memorial com a presença de um monitor)

Agendamento: (11) 2095-3000 (ramal 3175) ou pelo e-mail cultural@sccorinthians.com.br

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Mais informações: www.corinthians.com.br

Memorial do Corinthians

Quando: De terça a sexta, das 10h às 17h , sábados, domingo e feriados das 10h às 16h.

Onde: Sede social do Sport Club Corinthians Paulista  (Rua São Jorge, 643, Parque São Jorge – São Paulo/SP)

Quanto: De terça a sexta, R$ 8. Sábados, domingos e feriados, R$ 10. Crianças de 6 a 14 anos, estudantes, aposentados e idosos acima de 65 anos com documento em mãos pagam meia. Crianças com até cinco anos e sócios em dia: entrada gratuita

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Mais informações: www.corinthians.com.br

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