Além do já anunciado revezamento de horários de entrada em Machu Picchu, o governo do Peru acrescentou novas regras à visitação do sítio arqueológico, que passarão a valer a partir do dia 1º de julho.
Apenas turistas acompanhados de um guia oficial terão permissão para acessar o local. Os grupos não podem ter mais do que 16 pessoas. Também só será permitido percorrer a cidade sagrada nas trilhas pré-definidas. Caminhar a esmo em meio às ruínas estará proibido.
A abertura em turnos funcionará da seguinte maneira: turistas serão obrigados a escolher o período em que pretendem visitar o local. Ou de manhã, das 6h às 12h, ou à tarde, de 12h às 17h30.
Os novos horários visam distribuir a quantidade de turistas – que só aumenta – em dois turnos, e assim evitar que hordas de pessoas estejam no local, que ainda é considerado sagrado para vários povos indígenas, ao mesmo tempo.
Segundo o governo peruano, as medidas visam minimizar os impactos causados pela visitação intensa, provocada pela onda de turismo de massa que não só prejudica sítios arqueológicos como o de Machu Picchu como também o funcionamento de locais extremamente turísticos, como Santorini (Grécia), Barcelona (Espanha) e Veneza (Itália).
Em 2016, o sítio arqueológico recebeu um número recorde de visitantes: 1,4 milhão – um aumento de 11% em relação a 2015. A época mais lotada de turistas é entre maio e setembro, com ápice em julho. A média diária é de 5 mil visitantes, um número alto para a Unesco, que recomenda um limite de 2500/dia.
De acordo com o governo do Peru, mesmo com as novas medidas, será possível receber um número ainda maior de turistas, só de que forma organizada e controlada. Serão oferecidos 3 mil bilhetes para entrar durante a manhã e 2600 para o período vespertino. Mesmo não sendo mais permitido permanecer o dia inteiro, o preço do ingresso não vai cair: custa US$ 46. Crianças menores de 7 anos têm entrada gratuita.