Delícias das Américas! Pratos típicos de nosso continente
Conheça empanadas, ceviche, tamales e outros dez pratos das Américas que têm influências de culturas do mundo todo

O pai de todos os wraps. Tal é a simplicidade de seu conceito que a receita é vista em todo o mundo, sempre com origens distintas. O ato de enrolar ingredientes diversos numa fina massa (como uma panqueca) deu origem ao goi cuon do Vietnã, aos rolinhos primavera de China e Japão e, de certa maneira, aos crepes franceses. As raízes do burrito provavelmente precedem a chegada dos ibéricos às Américas, mas seu formato atual é muito mais recente. Símbolo da culinária mexicana, é muito popular em Chihuahua, e ao norte da fronteira, nos Estados Unidos. (Thinkstock)

O mais cool de todos os pratos sul-americanos do momento, o ceviche é uma delicada mistura de pescado cru em cubinhos marinado no limão, cebola, pimenta e uma ou outra adição regional, como folhas de coentro. Os grãos de milho que muitas vezes o acompanham não são ordinários piruás, oferecendo uma sensação crocante à maciez do peixe. (Thinkstock)

Não é o prato mais bonito do mundo: pedaços de frango vêm chamuscados, meio trucidados, acompanhados por uma gororoba de arroz meio sem-vergonha. Mas não se engane, esta é uma das comidas de rua mais suculentas do Caribe. Acompanhada de uma cerveja Red Stripes, ouvindo um bom Bob Marley e vendo o pôr-do-sol em Negril, é o sonho de verão. Existem versões feitas com carne de boi e porco. (Food Stories/CC)

Rechear finas massas com carnes variadas e legumes é algo que encontramos em todas as culturas. Dentre as receitas mais comuns encontramos o jiaozi (China), pierogi (Polônia), gyoza (Japão), calzone (Itália), esfiha (Oriente Médio) e o nosso pastel. As empanadas da América do Sul, com recheio de carne, provavelmente têm origem hispânica e são excelentes para um lanchinho. Seja num bar em Buenos Aires ou nos confins da Patagônia, é o mata-fome perfeito. (Thinkstock)

Este não é bem um prato nacional, mas o maple syrup é o que há de mais representativo da gastronomia canadense. As folhas da árvore da qual a doce seiva é extraída está estampada na bandeira do país e também batiza o mais popular time de hóquei no gelo do país, os Toronto Maple Leafs. Um bom café da manhã americano não pode deixar de ter gordas panquecas besuntadas de manteiga e da doce calda (Thinkstock)

Um dos pratos-símbolo da cozinha mexicana, o taco é uma tortilla (panquequinha de farinha de milho), recheada com ingredientes diversos, como chili con carne, guacamole (uma mistura de um tipo de abacate) e verduras. Um prato de origem distinta, mas similar, é o falafel pita. (Thinkstock)


Cada casa americana tem seu segredo para fazer a fenomenal massa do fried chicken. Crocante e sequinha por fora, macia e perfumada por dentro. O frango é quase um detalhe. Muito popular no centro-sul norte-americano, espalhou-se pelo mundo em franquias, que também levaram seus tradicionais acompanhamentos, milho e fritas (Thinkstock)

Um dos mais tradicionais recheios das tortillas, a fajita é uma carne cozida em pimentão e cebola, fortemente condimentada e acompanhada por molhos diversos, incluindo creme fraiche, vinagrete e guacamole. Tradicionalmente feita com um corte específico do boi, hoje já aceita porco, frango e até frutos do mar na mistura. (Thinkstock)

A maior contribuição dos norte-americanos para a gastronomia mundial é, incontestavelmente, o hambúrguer. Não há dúvidas de que o nome deriva da cidade de Hamburgo, na Alemanha, mas a massa de carne moída achatada é genuinamente das Américas. Do simples pão com carne às empetecadas versões de dois andares com múltiplos coadjuvantes, do icônico Big Mac ao X-Salada da padaria da esquina, é aqui que os comunistas mirins se rendem ao império. (Thinkstock)

Diversos ingredientes utilizados globo afora têm origem americana, sendo que um dos principais é o milho. Os tamales são um tipo de pamonha, recheada com carne, legumes ou raízes, e cozido envolvido em uma folha. Muito popular em países como Nicarágua, Guatemala e México. (Spike Mafford/Thinkstock)


Roti? Mas isso não é um prato indiano? Sim, caros, num pequeno e próspero arquipélago grudado na costa venezuelana vive um povo que é uma doida mistura de negros, britânicos e indianos. Estes últimos são mais de 40% da população e trouxeram para o país parte de sua cultura e, é claro, gastronomia.O mais simbólico produto deste movimento é uma massaroca de frango com curry, envelopada numa fina folha de pão, o roti. Você encontrará a condimentada iguaria em disputadas lojinhas espalhadas por todo o país. (shaggyshoo?Wikimedia Commons)
Batatas? Aquelas que encontramos na feira chamamos de inglesa e holandesa.
Chocolate? Fazem a fama de belgas e suíços.
Pimenta? A cozinha tailandesa não vive sem elas.
Tomate? Já imaginou uma mamma italiana sem elas?
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Pois bem, há pouco mais de quinhentos anos nada disso existia nesses países. Eram de uso exclusivo dos povos americanos. É claro que sem bois, galinhas, porcos e ovelhas, trazidos de outras terras, estaríamos comendo hoje carne de capivara, cateto e jacaré. As trocas foram (e são) constantes. Nossa raça é mestiça e nossa cozinha é fusion.
Hoje os pratos mais icônicos das Américas são uma grande mistura de influências, fruto de importações de imigrantes, adaptações regionais e a atenuação de sabores mais acentuados. O resultado é que muito do que conhecemos da gastronomia mexicana na verdade foi ‘acalmada’ pelos paladares de chefs texanos, o ceviche peruano tem pitadas da cozinha japonesa e, no Caribe, os pratos creole são uma instigante mescla de origens francesa, inglesa, espanhola, portuguesa, holandesa, africana e nativa. É o papiamento – o divertido dialeto de Aruba – sobre a mesa.
Tirando os asados e parrilladas de lado, centramos nossas atenções nas especialidades que ganharam o mundo e extrapolaram fronteiras. Boa viagem, bom apetite!
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