Sem a figura humana, obras de arte ganham novos significados
O apagamento de personagens em telas imortalizadas pela história da arte ganha outros sentidos em tempos de quarentena
Por Bárbara Ligero
Atualizado em 3 abr 2020, 13h36 - Publicado em 24 mar 2020, 17h01
Há mais de cinco anos, o pintor e fotógrafo espanhol José Manuel Ballester usou ferramentas de edição de imagem para apagar as personagens de algumas das mais famosas obras de arte do mundo. A série, chamada “Espacios Ocultos”, ganhou um significado diferente com os últimos acontecimentos que envolvem a epidemia do coronavírus.
Sem a figura humana, o que seria da Vênus de Botticelli, da Santa Ceia de Da Vinci ou ainda d’As Meninas de Velásquez? Ou, numa chave menos trágica, as personagens imortalizadas pela história da arte poderiam, com o sumiço das telas, comunicar: “com licença, vamos nos recolher para daqui um tempo voltar”. Ou ainda, como se fosse um aviso de grandes museus: estamos fechados. Em suma, as imagens têm sido compartilhadas com o intuito de incentivar o isolamento social. Veja algumas delas:
“O Nascimento de Vênus”, de Sandro Botticelli
“A Última Ceia”, de Leonardo da Vinci
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“As Meninas”, de Diego Velázquez
“A Arte da Pintura”, de Johannes Vermeer
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“O Jardim das Delícias Terrenas”, de Hieronymus Bosch
“Balsa da Medusa”, de Théodore Géricault
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“Três de Maio de 1808 em Madrid”, de Francisco Goya