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Praias, cachoeira, comida boa, histórias de caiçara… Há muito o que se fazer para desfrutar das belezas de Ilha Grande , no Rio de Janeiro . E selecionamos 7 sugestões para você curtir ao máximo a ilha mais tranquila do litoral fluminense.
1/8 Vizinha de Angra dos Reis , no Rio de Janeiro , a Ilha Grande que já abrigou um presídio famoso é cheia de histórias, praias praticamente desertas de areia fininha, cachoeiras e trilhas em meio a matas preservadas; veja, nas próximas fotos, 7 dicas de programas perfeitos para curtir o lugar. Na foto, a Lagoa Azul , que na verdade é verde-esmeralda () 2/8 1. Fazer uma trilha em busca da praia mais bonita, do outro lado da ilha A Ilha Grande não tem ruas, que dirá automóveis. Tudo é feito a pé ou de barco. De barco é mais prático, mas é a pé que se tem a noção da intensidade da mata ali. Há várias trilhas, e caminha-se um bocado. A mais popular é a que liga a Vila do Abraão ao Saco Dois Rios, do outro lado, onde ficava o presídio. Mas nem de longe é a mais curta (prepare-se para um par de horas de passadas vigorosas) nem leva à praia mais bonita. E qual seria ela? Difícil dizer. Lopes Mendes , Cachadaço e Parnaioca são sérias candidatas, sem falar nas hors concours praias dos Meros , do Sul e do Leste , que têm acesso proibido, porque ficam dentro de áreas de preservação. E assim você vai indo e indo nas trilhas, até que volta sem resposta alguma. A praia mais bonita? Bem, depende da sua disposição para encarar mais uma trilha... () 3/8 2. Comer divinamente bem (de preferência a dois) no Saco do Céu "Saco", como os caiçaras chamam as reentrâncias costeiras invadidas pelo mar, não é uma expressão lá muito poética. Mas de "céu" todo mundo gosta. Portanto, nada de torcer o nariz quando alguém sugerir que você conheça o Saco do Céu, o mais surpreendente acidente geográfico da Ilha Grande (embora, pensando bem, "acidente" também não seja uma palavra lá muito atraente). O Saco do Céu tem esse nome por um motivo óbvio: o mar ali é tão paradinho que, à noite, reflete as estrelas na superfície, como se fosse um espelho. Você olha para cima e para baixo e vê a mesma imagem. Se fizer uma foto e virá-la de cabeça para baixo, ninguém notará a molecagem. Duvida? Então, confira com os seus próprios olhos. Programe um jantar num dos restaurantes que existem dentro do saco (de preferência a dois, porque o lugar convida a uma boa companhia) e faça algumas fotos. Depois, gire o celular e... Voilà! Melhor ainda se a foto for feita de uma das mesas (à luz de velas, debaixo de tendas pra lá de românticas...) do rústico/transado Reis e Magos, que fica na encosta do morro que margeia o saco e permite uma vista quase aérea tanto do mar quanto do céu, o que ali dá no mesmo. Ou no delicioso varandão do Almirantado, onde se come divinamente bem, rente ao mar, sempre salpicado de estrelas. Não há briga de namorados que resista a esse cenário. Nem visitante que não volte apaixonado () 4/8 3. Pegar uma praia deserta em Lopes Mendes Vinte e cinco anos atrás, quando queria fugir dos holofotes, Ayrton Senna pegava sua lancha e fugia para o isolamento dessa praia, já então considerada uma das dez mais bonitas do Brasil , mas ainda assim sem vivalma por perto. Se estivesse vivo, nosso eterno campeão podia continuar fazendo o mesmo, porque, a despeito da fama, Lopes Mendes segue linda e praticamente deserta. Ou, dependendo do dia da visita, quase isso. Não há casas, barracas, infames cadeiras de plástico nem nenhum vestígio de civilização na praia, embora ela possa ser acessada por uma rápida trilha, a partir da Enseada das Palmas, no lado mais movimentado da ilha. A areia é tão fininha que emite "ics", "ics" sob os pés, e tão branca que mais parece farinha. Já o mar é bem verde e tem ondas vigorosas que fazem a alegria dos surfistas, quase sempre os únicos seres vivos na paisagem. Mas, como eles sempre preferem as ondas em vez da areia, relaxe: Lopes Mendes continuará sendo só sua, como era no tempo em que servia de esconderijo para seu mais famoso frequentador () 5/8 4. Ouvir ótimas histórias da ilha na Vila do Abraão Prepare os ouvidos. O que mais você ouvirá serão (ótimas) histórias. As mais contadas inevitavelmente remontarão à época em que a ilha abrigava o mais famigerado presídio do Brasil , hoje demolido, sede da mais espetacular fuga de que se tem notícia: a do traficante Escadinha, que, no primeiro dia do ano de 1986, escapou do lugar de helicóptero, em grande estilo. Mas, se você tiver sorte e pegar um ilhéu com boa memória, também poderá ficar sabendo sobre um certo avião misterioso, carregado de ouro, que precisou fazer um pouso de emergência numa praia do lado de fora da ilha, deixando muito caiçara mudo até hoje sobre o destino da sua valiosa carga. Ou, ainda, sobre as frequentes visitas que dom Pedro II fazia à ilha. Lá, o imperador chegou a ter duas fazendas (uma delas onde hoje fica a Vila do Abraão, o que de mais perto o lugar tem de uma cidade) e mandou construir uma espécie de prisão de quarentena para os imigrantes que chegavam ao Brasil, o Lazareto, cujas ruínas ainda estão lá. Perto dele há enormes palmeiras que os ilhéus garantem que também foram heranças deixadas por Pedro II, mas com outro objetivo: registrar quantas namoradas o monarca teve na ilha. Cada palmeira homenagearia uma delas. Bem, isso talvez seja lenda. Mas também não deixa de ser uma boa história () 6/8 5. Tomar banho de mar e de cachoeira na Praia da Feiticeira O que você prefere: água doce ou salgada? Pois a Ilha Grande tem as duas coisas, às vezes no mesmo lugar. Como acontece na extraordinária (e extraordinária é pouco...) Praia da Feiticeira, que tem grandes pedras em forma de espreguiçadeira fincadas na areia, mar na frente e uma linda cachoeira atrás. Você sai da praia, caminha alguns minutos e entra debaixo do mais puro e gostoso chuveiro que alguém poderia ter: uma queda-dágua cristalina, de uns 15 metros de altura, envolvida pela mata da ilha. Em seguida, volta para o mar e começa tudo de novo, até cansar. No dia seguinte, pode apostar, você vai querer voltar. A Feiticeira vai te enfeitiçar () 7/8 6. Mergulhar com peixinhos coloridos na Lagoa Azul Ok, ok, há muito de fantasia no nome dessa pontinha saliente da ilha, que na geografia lembra, apenas lembra, uma lagoa que nem é azul - verde-esmeralda seria mais adequado. Mas, com exceção da licença poética de ter plagiado o nome do filme que fez a fama de Brooke Shields (aquele que mesmo quem não viu conhece), não há grandes exageros na comparação desse encantador represamento do mar entre pequenas ilhas e o cenário usado no cinema. Na Lagoa Azul , o mar é sempre tranquilo, e a areia do fundo, clarinha - uma combinação arrasadora para os amantes da natureza. Quem não resistir à tentação de dar um mergulho (não resista!) terá grandes chances de dar de cara com uma tartaruga nadando entre peixinhos coloridos, como se fosse um aquário, só que com você dentro dele. O que no cinema seria apenas efeito especial ali é real () 8/8 7. Alugar um barco e fazer dele a sua "pousada" A Ilha Grande ainda é fraca em hospedagem de qualidade. Mas, em vez de lamentar, comemore. Pode ser uma ótima oportunidade para experimentar algo novo e diferente: se "hospedar" num barco! Dormir no mar e acordar diante de uma praia de calendário de agência de viagens custa bem menos do que se imagina. O único problema é que, na Ilha Grande, não existe nenhuma empresa de aluguel de veleiros, mas na vizinha Angra dos Reis há várias do gênero, com a vantagem extra de que você já atravessa para a ilha no seu "próprio barco".Sailabout, Delta e Angra Yacht Charter são algumas das empresas que alugam veleiros em Angra, ao preço médio de cerca de R$ 1 000 por dia, na baixa temporada, ou 50% mais que isso na alta. Caro? Que nada. Faça as contas. Mesmo nos menores barcos, dormem quatro (ou mais) pessoas, o equivalente a alguns quartos numa pousada. E você não gastará com os passeios na ilha, porque terá seu próprio barco. E mais: se não souber velejar, as empresas providenciam alguém para pilotar o barco. Embarque nessa ()
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