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JOMO ou “a alegria de ficar de fora” é a tendência do turismo

Esqueça o FOMO, ou “medo de ficar de fora”: cada vez mais gente busca uma viagem tranquila em que o objetivo é precisamente escapar do que todos estão fazendo

Por Maurício Brum
21 nov 2024, 16h00

Você certamente já ouviu falar do FOMO, sigla em inglês para “fear of missing out” – o medo de perder ou ficar de fora de algo. Mas será que conhece também o JOMO?

JOMO, ou “joy of missing out”, é precisamente o oposto do FOMO: a alegria de ficar de fora. O conceito se aplica a quem não quer lidar com a ansiedade e incômodo de participar de algo muito concorrido, “que todo mundo está fazendo”, buscando, em vez disso, ficar mais tranquilo no seu canto.

Se você nunca tinha ouvido falar desse termo, vale se familiarizar com ele – já tem quem aposte no JOMO como uma tendência que vem aí para o turismo. Quem sabe, mesmo desconhecendo essa ideia até agora, ela não se aplica ao que você busca em uma viagem?

JOMO como tendência para o turismo?

A ideia de JOMO começou a causar burburinho graças ao Unpack ‘25, relatório anual das trends do mundo das viagens produzido pela gigante do setor Expedia, que inclui marcas como Hotels.com e Vrbo.

O estudo ouviu cerca de 25 mil pessoas de 19 países. Com base em dados coletados junto à base de clientes que utilizam seus serviços, as empresas perceberam que quem busca o aluguel temporário de uma propriedade para passar as férias está cada vez mais inclinado a fugir daquilo que está sendo frequentado pela massa dos viajantes.

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De acordo com o relatório, 63% das pessoas ouvidas no levantamento apontaram que provavelmente procurariam um destino menos conhecido (e lotado) na próxima viagem. E um número bem parecido (62%) daqueles que já fizeram uma “JOMO Travel” comentaram que esse tipo de experiência reduziu seu estresse e ansiedade.

Além disso, quase metade afirmou que uma viagem assim também permitiu se conectar melhor com as pessoas de quem se gosta mais.

Destinos para praticar o JOMO?

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A Notre Dame de Reims, com uma arquitetura que lembra a homônima em Paris. Templo do século 13 fica longe do agito, em cidade de 180 mil habitantes (Reno Laithienne/Unsplash)
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Como a lógica indica, uma viagem JOMO vai passar longe dos programas turísticos mais conhecidos. O estudo também apontou alguns destinos que podem cumprir esse papel: na França, em vez de Paris, que tal ir para Reims? Nos EUA, fuja de Los Angeles e tente Santa Barbara. No Japão, deixe Tóquio de lado e alugue uma propriedade em Fukuoka. E, na Espanha, escape de uma Barcelona afogada pelo turismo e dedique uns dias a Girona.

A lista ainda inclui destinos como Brescia (Itália), Cozumel (México), Waikato (Nova Zelândia), Abu Dhabi (Emirados Árabes), Krabi (Tailândia) e Canmore (Canadá). Vale pesquisar um pouco mais sobre essas opções e ver se alguma não se encaixa no seu orçamento e objetivos para as próximas férias.

Também é recomendado ficar de olho: afinal, se a lista se popularizar demais e os alojamentos estiverem enchendo rapidamente, talvez seu destino JOMO tenha que ser outro…

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