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Guia de destino

Bombinhas

Por Mirela Mazzola Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO | set 2025

Com belos trechos de litoral, a pequena cidade avança como uma península pelo Oceano Atlântico e, por isso, é quase toda circundada pelo mar. As águas calmas, a boa estrutura de serviços e as pousadas confortáveis atraem famílias com crianças para as praias de Bombas e Bombinhas. Para casais, Mariscal é a melhor pedida. Quem pratica mergulho frequenta a Ilha do Arvoredo, um dos melhores pontos do país para a atividade. 

QUANDO IR

No verão, a cidade lota de turistas brasileiros (especialmente gaúchos), argentinos e uruguaios e costuma haver congestionamentos quilométricos. Depois do Carnaval e até abril o tempo segue firme e a região se torna mais transitável. No inverno, a água fica bem gelada e muitos estabelecimentos fecham. 

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ONDE FICAR

É bastante comum encontrar quartos amplos e cozinha equipada com fogão e geladeira por aqui. É o caso do Bombinhas Summer Beach, a cerca de 400 metros da Praia de Bombas (e a 2,5 km de Bombinhas). A área de lazer inclui piscinas aberta e coberta, academia e sauna.

Com fachadas inspiradas nas vilas açorianas, os prédios coloridos do Hotel Vila do Farol circundam a área de lazer, que tem acesso direto à praia. Kids club, piscina coberta e salão de jogos distraem em dias de chuvas.

No Bombinhas Blue Suítes, os quartos são funcionais (alguns com vista) e a piscina com solário e espreguiçadeiras está a poucos passos da areia. Ali, aliás, são montadas cadeiras e guarda-sóis para os hóspedes.

Na charmosa Vila do Bosque, há apartamentos com dois quartos ou sala de estar e varanda. A piscina, em dois níveis, tem uma área infantil. Se puder desembolsar um pouco mais, o apartamento Duplex Master tem dois pavimentos, banheiro com revestimento de mármore e varanda com churrasqueira.

A piscina retangular que se estende quase até a praia e área comum com churrasqueiras são bons atrativos da Pousada Castellammare (também há playground e sala de cinema). Alguns quartos têm vista para o mar.

A Pousada Gaúcha tem um prédio anexo, pé na areia, com quartos confortáveis e hidro com vista para o mar. Com aulas de ioga e um bonito jardim, a Pousada Vila Boa Vida tem jeito de refúgio – há quartos com hidro (no dormitório ou no banheiro) e empréstimo de cadeiras e guarda-sóis. Um chalé com mezanino e cozinha acomoda até seis pessoas. 

Em Bombas, Pousada Dom Capudi tem quartos graciosos com toques coloridos em cabeceiras, móveis e almofadas. O terreno é compacto, mas tem piscina e apartamentos com dois quartos. 

Em Canto Grande, o Marin Château tem ambientes com decoração leve e moderna. Há aluguel de bicicletas. Na mesma praia, o gramado pé na areia da Morada Baden Baden lembra o de uma gostosa casa de veraneio. Os quartos são bem-equipados (com varanda, churrasqueira e cozinha com microondas e frigobar) e em alguns há vista para o mar.

Em Mariscal, refúgio de casais, a Hospedaria Refúgio das Galés têm quartos mais intimistas, decorados com tons neutros, móveis de madeira e fibras naturais – todos têm varanda com rede e vista para o mar. Uma passarela leva à praia.

Encravado no canto esquerdo da praia, chamado Atalaia, está o Hotel Atalaia do Mariscal. Paredes de pedras e o uso de madeira, em vigas, pilastras e no pergolado da piscina, dão charme às áreas sociais. Os quartos podem ter varanda, terraço e até piscina privativa.

Com vista privilegiada, a Pousada Villa dos Açores está a poucos passos da praia e há apartamentos com dois quartos, varanda e vista para o mar. Nas áreas comuns, piscina e churrasqueira. A menos de 100 metros da praia, a Pousada Arágua fica em um terreno compacto. Os quartos têm um charme despretensioso, com estrutura e móveis de madeira de demolição e piso de ardósia.

Apenas o gramado e uma escadinha separam o hóspede da areia na Pousada Pedra da Gaivota, na badalada Praia de Quatro Ilhas. Os quartos têm cozinha equipada e, em alguns, há dois dormitórios. 

Busque mais hotéis e pousadas em Bombinhas

Outra opção é alugar uma dessas casas e apartamentos pelo Airbnb.

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ONDE COMER

Há bons restaurantes de pescados na cidade, muitos com salão pé na areia. É o caso do Berro D’Água, em frente ao mar de Zimbros – é possível se acomodar na parte interna, na sacada ou, ainda, nas mesas de plástico coladas na praia. Os pratos servem bem duas pessoas: na receita de congro que leva o nome da casa o peixe é grelhado e acompanha molho de açafrão, palmito e bacon mais banana grelhada, arroz com alho e batata.

Na ativa desde 1998, o Casa da Lagosta tem ambiente à beira-mar, em Bombinhas. O crustáceo homenageado no nome do restaurante pode vir ao lado de camarão e salmão grelhados, com arroz e batatas douradas (no menu, aparece como Lagosta Mista). Outra sugestão é a moqueca mista de frutos do mar, com congro, lula e camarão.

Quem procura uma vibe mais animada ruma para o Mestre das Águas, com shows de MPB, rock e reggae, entre outros estilos, todas as noites. No menu, além de pescados, há pizzas de massa bem fina – a do samurai é coberta de shitake, tomate seco, mussarela e rúcula.

Em Canto Grande, o Tatuira Petisqueira não fecha entre almoço e jantar (mas não funciona às segundas, terças e quartas). A poucos passos do mar prova-se, por exemplo, o curry de peixe com leite de coco e o espaguete com frutos do mar. As estradas são um convite à happy hour: tem ostra gratinada e porção de camarão com azeite, alho e pimenta dedo-de-moça.

Aberto em 1995 pelo engenheiro e hoje chef Guilherme Mariante, o Bombordo Bistrô ancora quem quer dar um tempo nos pescados – além dos peixes, o cardápio lista PFs de estrogonofe e filé à parmegiana.

Em Morrinhos, o Jardim do Alquimista é um espaço agradável, com salão aberto, luz baixa e muito verde (além de música ao vivo todas as noites). Ali ficam a hamburgueria artesanal O Alquimista Burger e a Forneria Oliva, que serve pizzas de borda alta em tamanho grande ou individual – a caprese, coberta por molho de tomate pelado, mussarela, rodelas de tomate fresco, mussarela de búfala, manjericão e pesto de azeitonas faz sucesso. 

O QUE FAZER

Bombinhas é o tipo de destino onde a natureza é a grande estrela – especialmente o mar, que exibe diferentes tons e características em cada praia. Há faixas de areia para todos os gostos, das mais desertas às mais movimentadas. Quem curte mergulho vai se sentir em casa, mas também há trilhas e mirantes com vistas de tirar o fôlego. Na dúvida por onde começar, vale saber: existem 39 praias espalhadas pela cidade, além de passeios para quem quer explorar Bombinhas além da areia.

Praias

As duas praias principais, Bombas e Bombinhas, são bastante frequentadas por famílias – a primeira tem mar mais agitado, bom para o surfe. Bombinhas, por sua vez, tem águas calmas e orla com lojas e restaurantes (o canto direito costuma ficar impróprio para banho). Os barcos com mergulhadores saem da praia vizinha, Lagoinha (ou do Trapiche) – quem não se arrisca no cilindro pode curtir a piscina natural, boa para mergulho livre.

A Praia da Sepultura é acessada por trilha de 5 minutos a partir da estrada e seu mar calmo, com peixinhos nadando perto da areia, também fazem dela um point para mergulho com snorkel. À direita, a Praia do Retiro (também conhecida como dos Ingleses) é pouco movimentada, mesmo na alta temporada, e tem ondas fortes. 

Apesar de ser bastante frequentada no verão, Mariscal oferece amplo espaço na areia graças aos seus quatro quilômetros de extensão. No canto direito há muitas famílias, pousadas e bares. Surfistas preferem o canto esquerdo, chamado de Atalaia.

A sete quilômetros do Centro, a Praia da Conceição está no caminho para o Morro do Macaco e parece um lago – prato cheio para as crianças. Em seguida, com acesso pela mesma estrada, a pequena Tainha tem mar de tombo delimitado por costões – quem chega é recompensado pelo visual, pela areia fofa e pelo mar calmo. A praia também dá acesso (não sinalizado) à pouco movimentada Porto da Vó

Águas calmas e faixa de areia boa para caminhadas são o destaque de Morrinhos. A continuação dela e de Mariscal, na parte estreita da península, é chamada de Canto Grande (que, na verdade, são duas praias ao pé do morro: Mar de Fora e Mar de Dentro).

Uma das mais extensas de Bombinhas, Zimbros é perfeita para caminhadas e costuma ser frequentada pelo público da terceira idade e por famílias em busca do mar calmo. Uma caminhada de dez minutos dá acesso à bonita e preservada Praia do Cardoso, que atrai muita gente no verão, mas não tem o mesmo movimento da vizinha. Mais 15 minutos a pé levam à Praia da Lagoa, cercada por mata e mar calmo.

Em mais 20 minutos andando, chega-se à deserta Praia Triste, onde há uma cachoeira e água clarinha no canto esquerdo, bom para mergulho com snorkel. Também com acesso a pé dali (30 minutos), a Praia Vermelha tem apenas 600 metros de extensão e mar de tombo – o nome vem da coloração do barro que escorre do morro.

No extremo sul, Ponta Grande (ou Canguá) é cercada por morros e frequentada por pescadores. Em dias de vento sul, tem águas turvas por causa do Rio Tijucas. Chega-se por caminhada de 40 minutos a partir da Praia Vermelha. 

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Passeios

O belo visual do Morro do Macaco – em dias claros é possível avistar a Ilha de Florianópolis – compensa a trilha íngreme de 500 metros, vencidos em cerca de 20 minutos. Para chegar até ela, é preciso estacionar no fim da rua acessada pela Avenida João da Cruz, na Praia Canto Grande. No ponto mais alto do morro fica o Mirante Eco 360º, cuja estrutura inclui um pequeno museu, além do pico de onde se avista as praias de Zimbros, Canto Grande e Mariscal. Para chegar, siga em direção à Praia da Tainha (há placas indicativas). 

Na Ilha do Arvoredo está um dos melhores pontos de mergulho do Brasil, com grande variedade de peixes, tartarugas marinhas e arraias – a visibilidade chega a 15 metros no verão. As agências Hybrasil, Acquatrek e Patadacobra oferecem batismos, cursos e saídas para mergulhadores credenciados.

Como chegar

De Florianópolis (a 74 km), Navegantes (a 48 km, é onde fica o aeroporto mais próximo), Porto Alegre ou Curitiba, pega-se a BR-101. A partir dela, a SC-412 cruza o centrinho de Porto Belo e leva até a cidade, em um trajeto de 14 km que pode levar uma eternidade na temporada. Para quem estiver sem carro próprio, no aeroporto de Floripa há empresas de receptivo que levam a Bombinhas (uma delas é a Transfer Floripa).  

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Como circular

Primeiro aviso: desde 2014 existe uma Taxa de Preservação Ambiental (TPA) cobrada na entrada da cidade durante a alta temporada (entre novembro e abril). A tarifa é fixa por motocicleta, carro ou ônibus, independentemente do número de ocupantes e do tempo de estada. Em 2025, o valor para veículos de passeio foi reajustado, passando a custar R$ 38. Contudo, esse valor pode mudar nos próximos anos.

Ao escolher a hospedagem, procure alternativas em que seja possível deixar o carro e ir à praia a pé – encontrar vaga de estacionamento na alta temporada pode ser cruel. A maior parte dos hotéis fica nas praias Bombinhas e Bombas, que disputam a preferência das famílias e concentram comércio e restaurantes. Já as enseadas de Mariscal e Canto Grande têm pousadas com perfil mais romântico. Nos horários de pico, entre 9h e 11h e entre 16h e 18h, evite percorrer a via que leva às praias do sul.

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