Vem pra Nova York

Rogéria Vianna é publicitária e vive em Manhattan há mais de 10 anos, onde faz produção executiva para programas de TV como o "Entre Mundos com Pedro Andrade", na CNN. Aqui ela não vai poupar sola de sapato nem MetroCard para provar que Nova York é muito mais do que a Times Square
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Museu da Broadway é imperdível até para quem não curte musicais

Quatro andares e mais de mil objetos contam a história do entretenimento que é a alma e sinônimo de Nova York

Por Rogéria Vianna
Atualizado em 23 jan 2023, 15h49 - Publicado em 19 jan 2023, 11h46

Nova York tem museu de arte, de música, de design e de muitos outros temas, mas ainda não tinha um museu inteiramente dedicado a um de seus maiores patrimônios: a Broadway. Goste você de musicais ou não, é um lugar interessante de se conhecer.

O Museu da Broadway foi inaugurado em novembro de 2022 em plena Times Square, na West 45th Street ao lado do Lyceum, um teatro que abriu as portas em 1903 e que ostenta o título de ser o mais antigo em atividade. 

Confesso que fui com baixas expectativas, me parecia apenas mais uma entre tantas atrações na cidade (principalmente por ter uma lojinha bem na entrada), mas admito que me surpreendi muito ao longo dos seus quatro andares. É uma experiência teatral imersiva e interativa dedicada a musicais, peças e aos artistas e profissionais responsáveis por fazer a magia acontecer.

A linha do tempo mostra desde o seu nascimento no fim dos anos 1800 até os dias atuais. Passado, presente e futuro sob os mesmos holofotes. São mais de mil objetos e fotografias em exibição que contam a história de mais de 500 espetáculos – a maioria foi de empréstimos feitos por artistas ou seus familiares, produtores e empresas ligadas ao mundo do entretenimento.

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Nas primeiras salas podemos ver o nascimento dos espetáculos e até um pouco da história da região ao redor da Times Square, que posteriormente se transformou no Theater District que conhecemos hoje. As fotos em preto e branco são incríveis e fiquei encantada com os figurinos da época e o visual impecável dos artistas, que não economizavam na brilhantina nos cabelos. 

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Trajes deslumbrantes, adereços, fotos raras, vídeos, tem de um tudo. Amei a sala “Ziegfeld’s Follies”, que reproduz o clima da luxuosa produção de 1907 inspirada na tradição da famosa revista musical parisiense Folies-Bergère. O show estreou em julho de 1907 no New York Theatre e apresentava um coro de mulheres bonitas seminuas, lembrando muito as nossas vedetes (e os figurinos originais estão lá para comprovar). Há até uma penteadeira onde os visitantes podem sentar para tirar fotos.

Em seguida, entramos na parte que pra mim foi a mais interessante, que são as salas dedicadas a algumas produções icônicas e que trazem figurinos originais, curiosidades e algumas vezes até a reprodução de uma parte do cenário. Em cada um desses ambientes está tocando a trilha do espetáculo e a gente logo entra no clima. É impossível não se sentir parte dele.

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Entre os shows homenageados com salas temáticas estão The West Side Story (que exibe a jaqueta usada pelo ator Don Grilley, que fazia o papel de Tony, e uma reprodução da farmácia da peça); Cabaret (com figurinos e suas cadeiras e chapéus voando pelo cenário); Hair (já imagine Age of Aquarius bombando nas caixas de som); Chorus Line (com fotos e figurinos originais); The Lion King (onde você pode ver de pertinho máscaras e bonecos usados na produção); The Phantom of the Opera (uma instalação com quase 14 mil peças de cristal representa cada uma das apresentações desde que o show entrou em cartaz, em 1988 – e que deve encerrar em definitivo em abril); Hamilton (e seus belos figurinos de época), entre outras. Há ainda uma sala que reúne uma coletânea de diversos objetos de diferentes shows.

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Uma área batizada de “The Lifecycle of a Broadway Show” mostra cada etapa da criação de uma obra, com scripts originais, fotos, vídeos e a magia do processo criativo até que ela se materialize.

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O museu também celebra os bastidores desta arte com uma exposição especial, “The Making of a Broadway Show”, que homenageia a comunidade de profissionais talentosos que ficam nos bastidores. Há a reprodução de um palco, de um camarim, de uma mesa de controle e outras coisas superinteressantes que a gente nem imagina que acontecem lá escondidinho enquanto nossos olhos estão fixados no palco.

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Ah, e já que falei da lojinha lá no início, acho que você não vai resistir em levar para casa um souvenir do seu – ou dos seus – espetáculos favoritos. Tem roupas, bolsas, bonés, livros, canecas, enfeites, postais.

O Museu da Broadway não é apenas mais um museu: é uma verdadeira reverência ao talento de tantos profissionais que, dentro ou fora do palco, ajudam a nos transportar para um universo incrível de luzes, música, dança e arte. 

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