Depois de três meses de fronteiras fechadas, na quinta-feira, 11 de junho, a Comissão Europeia apontou prazos para a reabertura à livre circulação de pessoas por seus domínios (leia-se: turismo!). A sugestão é que, desde a segunda-feria, 15 de junho, caiam as fronteiras internas entre os países-membros do bloco e, no dia 1 de julho, as externas.
O cumprimento depende de cada nação, que tem autonomia para decidir as próprias regras, mas tudo indica que a maioria irá seguir a recomendação. Há algumas exceções. Portugal e Espanha já anunciaram que só reabrem integralmente entre si no dia 1 de Julho, por exemplo. E a cautela será máxima com países fora do bloco onde a pandemia ainda é considerada crônica. As restrições de países deverão ser avaliadas e anunciadas nos próximos dias.
Para quem estava curioso para saber se, afinal, teríamos verão, a resposta é: sim! Viajar pela Europa, pelo menos oficialmente, está permitido, embora a tendência que se verifica seja realmente a do turismo interno, com deslocamentos curtos, feitos de carro. Para facilitar a vida, a União Europeia lançou o site Re-Open, com informações (inclusive em português!), sobre a situação em cada país, atualizadas em tempo real.
As regras e limitações para as idas às praias em Portugal já estão em vigor (leia mais sobre elas aqui). Os restaurantes que sobreviveram à crise (triste realidade) também já estão operando, por enquanto com 50% da capacidade. Por outro lado, há mais esplanadas e lugares ao ar livre. E, a cada 15 dias, o governo reavalia a situação para saber se avança ou recua em determinadas medidas.
A região de Lisboa, por exemplo, recuou nas últimas reaberturas oficiais. Mas no dia 15 de junho já se igualava ao resto do país. Entre as novidades, reabrem os shoppings e as lojas com mais de 400 metros quadrados e passam a ser permitidas reuniões de até 20 pessoas (até agora o limite máximo era de 10).
Você pode estar se perguntando: como fica o Brasil? Tudo indica que a União Europeia emitirá, também em 1 de julho, uma lista com os países que não estejam com a curva epidemiológica controlada e, portanto, seriam proibidos de entrar na Europa. Segundo a comissária para os Assuntos Internos, Ylva Johansson, a lista deverá ser revista e ampliada à medida que os países apresentem indicadores de melhora. Também na segunda-feria (15), o primeiro-ministro de Portugal, Antonio Costa, disse que poderá vetar a entrada de brasileiros no país se o bloco europeu assim definir. De acordo com os critérios da Organização Mundial de Saúde, a transmissão do coronavírus no Brasil continua fora de controle.