Imagem Blog Além-mar Rachel Verano rodou o mundo, mas foi por Portugal que essa mineira caiu de amores e lá se vão, entre idas e vindas, quase dez anos. Do Algarve a Trás-os-Montes, aqui ela esquadrinha as descobertas pelo país que escolheu para chamar de seu
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Quinta da Pacheca: um mergulho nos vinhos do Douro

A vinícola está aberta para visitas com degustação e experiências (como piqueniques) todos os dias do ano

Por Rachel Verano
Atualizado em 10 jan 2018, 19h37 - Publicado em 8 jan 2018, 23h14
Os vinhedos da quinta: poéticos até no inverno
Os vinhedos da quinta: poéticos até no inverno (Bruno Barata/Reprodução)

Num primeiro momento, pode parecer difícil mapear o Douro para uma visita de estreia. A região, primeira zona com denominação de origem do mundo, percorre uma larga faixa do norte de Portugal, compreende milhares de hectares de vinhedos e está recheada de quintas cuja história se confunde com a própria história do país.

Mas há uma zona que, na minha modesta opinião, entrega o melhor da região de bandeja: os arredores de Lamego, a pouco mais de 100 quilômetros de distância do Porto. Fica lá o Six Senses Douro Valley, um dos melhores hotéis do país, dono de um spa incrível; a Quinta de Casaldronho, outro charme de hospedagem; o restaurante Castas e Pratos (na vizinha Peso da Régua), do qual falei neste post aqui; e algumas das mais lindas vistas do rio e das montanhas escarpadas de xisto.

Justamente nesta região fica, ainda, uma das mais tradicionais vinícolas do Douro, uma das primeiras a engarrafar o vinho da propriedade com a própria marca: a Quinta da Pacheca. Data do início do século 18 a primeira referência à propriedade de dona Mariana Pacheco Pereira (daí o nome).

A adega, com os barris de envelhecimento: séculos de história
A adega, com os barris de envelhecimento: séculos de história (Bruno Barata/Reprodução)

As visitas acontecem todos os dias (é preciso reservar!) e começam num terraço com belas vistas dos vinhedos e das montanhas do Douro. Segue pela adega, onde se vê os enormes lagares de pisa da uva após a vindima e os barris de envelhecimento da bebida. E termina com uma degustação dos vinhos da casa: branco, tinto e vinhos do Porto.

A visita em si não tem nada de especial, mas a região é linda – e os vinhos, de ótima qualidade. Trata-se de uma ótima introdução ao universo do Douro vinhateiro e sua história. Em dias agradáveis (não foi o nosso caso…) é possível ainda organizar piqueniques e passeios mais extensos pela propriedade, que tem ainda um hotel e um restaurante cercado de vinhedos.

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