Não, eu não enlouqueci. Tampouco virei ironwoman. Afinal, que as ladeiras de Lisboa são um sufoco até para carros valentes não é novidade para ninguém. Portanto, não estou aqui sugerindo que você se esguele para explorar a melhor cidade do mundo (#melhor prêmio ).
O fato é que as bikes compartilhadas finalmente chegaram por aqui. A mais recente novidade foi o desembarque, este mês, da oBike, uma startup de Singapura presente em vários lugares do mundo que chegou chegando: trouxe 350 bikes para Lisboa e um diferencial genial: a ausência de estações fixas. Ou seja: desde que o local seja apropriado, você pode estacionar a bike onde quiser. O aplicativo mostra onde estão as mais próximas de você e aí é só alegria, você pode ir até a porta do seu destino.
Para usar o sistema, basta descarregar o app, fazer uma inscrição e pagar uma taxa inicial de € 5.
Quando quiser usar, basta localizar a bike mais próxima e fazer uma reserva (que dura 10 minutos):
Ao chegar na bike, é só ler o QR code e pronto, ela é desbloqueada na hora:
Cada 30 minutos custam € 0,50.
Chegou onde queria? Basta saltar da bike, finalizar a viagem no app e travar a roda traseira. É possível acompanhar a distância percorrida, a duração e o custo.
Apesar do sobe e desce, Lisboa já tem cerca de 60 quilômetros de ciclovias. A ideia é que este número salte para 150 em breve. Há trechos da cidade especiais para percorrer sobre duas rodas: a região da Avenida da Liberdade, o Cais do Sodré, o Parque das Nações, Belém…
A oBike chega para concorrer com a Gira, sistema público administrado pela EMEL, o órgão de mobilidade de Lisboa. Se, de um lado, a grande vantagem da oBike é a liberdade de estacionamento, a da Gira é a possibilidade de escolher bicicletas elétricas – e aí não tem ladeira que segure!
A Gira funciona com passes que podem ser diários (€ 2), mensais (€ 10) e anuais (€ 25). A utilização por períodos de até 45 minutos é gratuita nos passes diários e custa € 0,10 para bicicletas normais e € 0,20 para as elétricas nos demais passes.
Já a brisa do Tejo no rosto… ah, essa não tem centavos que paguem.