Imagem Blog Além-mar Rachel Verano rodou o mundo, mas foi por Portugal que essa mineira caiu de amores e lá se vão, entre idas e vindas, mais de dez anos. Do Algarve a Trás-os-Montes, aqui ela esquadrinha as descobertas pelo país que escolheu para chamar de seu
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Alentejo: uma vinícola imperdível no interior de Portugal

Galeria de arte, restaurante, loja: a Quinta do Quetzal é um programaço para amantes de vinho (e não apenas!)

Por Rachel Verano
Atualizado em 2 ago 2023, 01h34 - Publicado em 1 ago 2023, 18h53
Paisagem alentejana com vinhedos num primeiro plano e, ao fundo, dois edifícios com a adega e o restaurante
Quinta do Quetzal, no Alentejo: muito mais que uma vinícola (Bruno Barata/Reprodução)
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Pastéis fritos na hora recheados com o cremoso queijo de Serpa. Tartar de beterraba com cubinhos de queijo de cabra fresco. Peixinhos da horta com uma tempurá sequinha e crocante. Coelho cozido lentamente com ovo à baixa temperatura.

Dois pastéis fritos servidos numa louça em terracota
Pastéis recheados com queijo de Serpa: abrindo os trabalhos (Bruno Barata/Reprodução)
Panelinha de ferro entreaberta que permite ver o recheio cremoso de carne desfiada de coelho com um ovo com a gema mole e coentros por cima
Coelho com ovo à baixa temperatura: o campo à mesa (Bruno Barata/Reprodução)

Do lado de fora das paredes de vidro do teto ao chão, um mar de vinhedos que sobe e desce as colinas alentejanas e imprime desenhos geométricos na paisagem. Tim-tim – com o vinho da casa, claro!

Garrafa de vinho mergulhada num balde com gelo
Vinho para acompanhar: da casa, claro (Bruno Barata/Reprodução)
Fileiras de vinhedos subindo uma colina, com uma árvore no topo e o céu azul
A paisagem do lado de fora da janela: geometria de vinhedos (Bruno Barata/Reprodução)
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Estamos na Vidigueira, no Alentejo interior, terra de temperaturas extremas e terroir celebrado. A exatos 200 quilômetros de Lisboa, a Quinta do Quetzal é uma vinícola que produz bons vinhos, mas não apenas.

Sala de um restaurante com piso de madeira, pequenas mesas com cadeiras brancas, luminárias pendendes e um grande painel de azulejos coloridos com desenhos de plantas tropicais ao fundo
O lindo salão do restaurante, com um colorido painel de azulejos ao fundo (Bruno Barata/Reprodução)

A comandar a cozinha (que tem o feito raro de ficar aberta ininterruptamente das 11h às 22h de quarta a domingo), o chef João Mourato propõe uma cozinha delicada que faz jus às delícias locais, com receitas perfeitas para dividir.

O chef João Mourato, um jovem de barba e cabelos pretos, em frente a um painel de azulejos coloridos
O chef João Mourato: interpretação das delícias locais com ares mais moderninhos (Bruno Barata/Reprodução)
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Antes – ou depois – das horas que vai dedicar à mesa, reserve um tempinho para explorar uma preciosidade local: a galeria de arte contemporânea que tem sempre interessantes exposições.

Edifício moderno de paredes coloridas, com uma pessoa descendo as escadas
O caminho para a galeria de arte: sempre boas exposições de grandes artistas (Bruno Barata/Reprodução)
Salas de uma galeria de arte com paredes brancas e alguns quadros coloridos nas paredes, com uma mulher a observá-los
Por dentro da galeria de arte: sonho de um casal de mecenas holandeses (Bruno Barata/Reprodução)

É que a quinta nasceu do sonho de um casal de mecenas holandeses, donos de uma das maiores coleções privadas do mundo.

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Na saída (ou na entrada, dependendo da fome) uma lojinha aguarda com uma curadoria simpática de produtos portugueses – além dos vinhos da casa (pergunte sempre pelas safras especiais, que podem estar guardadas a sete chaves), há azeites, chás, sabonetes, favos de mel e outras delícias.

Mesa de uma loja cheia de produtos, com algumas pessoas a observá-los
A lojinha local: produtos tipicamente portugueses (Bruno Barata/Reprodução)

Antes de pegar a estrada novamente (Beja, Évora e Monsaraz ficam num raio a ser considerado), deixe-se perder pelos vinhedos rumo ao topo da colina. Lá no alto, onde ficam imponentes sobreiros, a artista escocesa Susan Philipsz projetou uma instalação sonora em três canais – cada um instalado numa árvore. Basta chegar lá para acionar o seu mix de cantos ingleses medievais, as chamadas rondas, que foram mixados a arranjos contemporâneos – e o que já era pura poesia fica ainda mais mágico.

Mulher de roupas coloridas observa os vinhedos que sobem e descem as colinas à sua frente
A paisagem vista do alto da colina, onde está a obra da artista Susan Philipsz: imperdível (Bruno Barata/Reprodução)
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