Os atributos da Sardenha não se resumem às belas praias. Como boa italiana, a ilha também tem tradição no cultivo de uvas, especialmente a Cannonau, que dá origem aos tintos, e a Vermentino, dos brancos. Até pouco tempo, esses vinhos tinham fama de rústicos e alcoólicos, mas algumas de suas vinícolas vêm se modernizando e chamando atenção mundo afora.
Bom exemplo disso, a Vigne Surrau começou a funcionar em 2011 e no Vinitaly 2017 teve o seu Sciala Vermentino di Gallura eleito como o melhor vinho branco da Itália. Conhecer a vinícola é fácil para quem está viajando pela Sardenha: a sede da empresa fica a apenas 15 minutos de carro de Porto Cervo e a 30 de Porto Rotondo. Mas o melhor mesmo é que nada é cobrado pela visita. Basta enviar um e-mail para accoglienza@surrau.it reservando dia e horário.
Como as paisagens da Sardenha são, em geral, bastante rústicas e campestres, chegar na vinícola Surrau é uma surpresa. As instalações moderníssimas, com paredes de vidro, vão contrastar com qualquer outra que você já tenha visto na ilha. O conceito é manter o espaço aberto, sem nada que separe os ambientes internos das paisagens da Gallura.
Logo na entrada há algumas parreiras, mas não se engane: ali elas tem uma função mais decorativa do que qualquer outra coisa, já que os reais vinhedos da marca ficam em enormes propriedades espalhadas pela Sardenha. A graça da visita está muito mais em ver os locais e equipamentos usados para fermentar, envelhecer e engarrafar a bebida. O guia também explica a história da Surrau, que surgiu de uma paixão familiar pelo vinho, e alguns aspectos técnicos, como as diferenças na produção de tintos e brancos.
Ao final do passeio, é possível provar os rótulos, mas saiba que espera-se que você compre ao menos uma garrafa depois. A degustação acontece em um bar, mas há também uma espécie de restaurantes nos fundos onde é possível harmonizar os vinhos com uma refeição.
Siga-me no Instagram: @barbara.ligero