Imagem Blog Piacere, Itália! Depois de passar um mês rodando a Toscana, Bárbara Ligero caiu de amores pela terra da bota e se matriculou em um curso de italiano. Atualmente, está aprendendo a gesticular com perfeição
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Como fazer o passeio pelo paradisíaco Golfo di Orosei, na Sardenha

De onde saem as excursões? Dá para conhecer as praias de carro? Tudo o que você precisa saber para fazer um dos passeios obrigatórios na ilha

Por Barbara Ligero
Atualizado em 5 fev 2020, 16h30 - Publicado em 13 jun 2018, 19h29

É muito provável que a sua decisão de conhecer a Sardenha tenha sido tomada depois de ver uma foto do Golfo di Orosei. Forte candidato ao lugar mais bonito da ilha, ele é o ponto de encontro entre o mar e uma cadeia montanhosa, que forma uma série de cavernas e pequenas praias. A única forma de acessar essas atrações é pelo mar que, por sua vez, atinge tons de azul absurdos.

As cores da famosa Cala Goloritzé (Marco Molino/Flickr)

O ponto de partida para os passeios de barco é a cidade de Orosei, distante 220 quilômetros de Cagliari, a capital da Sardenha, e 84 quilômetros de Olbia, a porta de entrada para a porção mais turística da ilha. Nessas duas cidades, há agências de viagem que já vendem passeios pelo golfo, mas você também pode deixar para comprar no próprio porto de Orosei, onde uma série de quiosques vendem diferentes formas de conhecer esse cartão-postal. Existem quatro maneiras principais:

Tipos de passeio

Não são todas as embarcações que entram nessas cavernas marinhas (Simon Pixabay / Roberto Faccenda/Flickr)

Minicrociera – Alternativa econômica, são barcos a serem divididos com dezenas de outros turistas que saem de hora em hora. Além de não adentrarem as grutas, esses cruzeiros fazem poucas paradas e apenas nas praias mais famosas.

Yachts – Na mais cara das opções, as lanchas para até 12 pessoas contam com banheiro e cozinha. Em alguns casos, é possível até que haja um almoço a bordo. Os roteiros variam, mas no geral já fica mais fácil entrar em algumas cavernas.

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Gommone – Espécie de botes infláveis motorizados, essas embarcações também tem capacidade para 12 pessoas e seguem roteiros similares aos das lanchas. A diferença está no preço e no espaço mais apertado, que é compensado pelo fato de poder chegar bem pertinho dos paredões rochosos e entrar mesmo nas menores grutas. É a opção com melhor custo/benefício, na minha opinião.

Noleggio di Gommoni – Significa ‘aluguel de gommone’. Nesse caso, você dirige o seu próprio barco: não é necessário ter nenhuma licença especial e a única regra é não se afastar mais de 9,6 quilômetros da costa. Antes de zarpar, você recebe instruções básicas de como pilotar, mas já aviso que vi turistas sofrendo para manobrar e tendo que ser resgatado pelos motoristas experientes, que gesticulavam sinais de reprovação como bons italianos. Se você se garante como capitão, a vantagem é fazer o seu próprio roteiro e ficar o tempo que quiser em cada lugar.

Roteiros

Se eu fosse você, torceria para a Cala Biriola estar no roteiro (Giorgio Altieri/Flickr)

Os percursos dos passeios variam, mas geralmente incluem a Cala Gonone, uma das mais famosas, a Cala Mariolu, com disputados 20 metros de comprimento, a Cala Goloritzé, que possui uma famosa formação rochosa em forma de dedo, e a Cala Luna, mais extensa e dona de uma sequência de cavernas que emolduram o mar. Nessa última, a minha dica de ouro é ir nadando pelo mar até as cavernas mais distantes da praia principal, que geralmente estão mais vazias e me renderam fotos como essa aí debaixo. Outras praias a serem visitadas podem ser a Cala dei Gabiani e a Cala dei Biriola, menores, mais exclusivas e lindas de morrer.

Tive que nadar para conseguir esse fotão na Cala Luna (Bárbara Ligero/Arquivo pessoal)

Mas as excursões também visitam e, no caso dos gommoni, até adentram algumas grutas para observar suas formações rochosas. As mais famosas de todas certamente são as Grotte del Bue Marino, onde é preciso pagar mais € 8 para entrar e caminhar sobre suas plataformas. A mais bela surpresa, no entanto, foi a Grotta dei Tuffi – em português, a gruta dos mergulhos. Isso porque ali dentro há uma pedra lisa de onde as pessoas se lançam em uma água iluminada somente pelos raios de sol que entram pela fenda. 

Dicas

Só dentro das cavernas para ter um pouquinho de sombra (Vasile Cotovanu/Flickr)

Independente da sua escolha, as excursões costumam durar o dia inteiro e fazem paradas em praias com pouca ou, na maioria dos casos, nenhuma estrutura. Por isso, é importante levar o seu próprio almoço e, se possível, um guarda-sol pequeno e portátil, já que, salvo dentro de algumas grutas, quase não há locais com sombra.

Outro detalhe é que esse é um dos poucos lugares da Sardenha onde as praias não são de areia fininha, e sim de pedrinhas. Invista em sapatos aquáticos baratinhos antes do passeio: eles vão te poupar de caminhadas bastante incômodas.

Fora isso, não adianta ir com muita parafernália. Em muitas paradas, as embarcações não são autorizados a chegar perto da areia e, por isso, a galera tem que pular na água e ir nadando até a praia. Nesses casos, ou os seus pertences ficam no barco ou, quando a água é rasa, você tem que ir andando com suas coisas em cima da cabeça, como eu fiz com a minha máquina fotográfica.

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E aí vem outra dica: para garantir fotos de todos os lugares que você for visitar, é melhor levar uma câmera à prova d’água, como as GoPros, ou uma capinha especial para o celular. O azul-turquesa do mar vale a pena.

Siga-me no Instagram: @barbara.ligero

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