Itália reabre museus ainda este mês
Ingressos somente pela internet, distanciamento social, uso de máscara e incentivo para atrações menos conhecidas estão nos planos
O primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, anunciou que o país está entrando na segunda fase da pandemia de coronavírus. Isso significa que as atividades serão retomadas aos poucos, tomando precauções para que o número de infectados não volte a aumentar.
Nesse contexto, os museus, as exposições e as bibliotecas da Itália receberam autorização para reabrir a partir de segunda-feira (18). No entanto, as instituições que de fato quiserem voltar a receber visitantes deverão seguir uma série de regras.
Entre as medidas, que foram estabelecidas pelo Ministério da Cultura italiano, estão recomendações de segurança, limpeza e distanciamento social, o que inclui a obrigatoriedade de vender ingressos exclusivamente pela internet com horário marcado.
Por esse motivo, algumas atrações culturais terão mais facilidade para reabrir do que outras. Sítios arqueológicos, como as ruínas de Pompeia, por exemplo, contam com a vantagem de serem ao ar livre.
Por enquanto, não foi estabelecida uma lotação máxima desses espaços. De qualquer forma, os museus dificilmente irão lotar. Em condições normais, a maior parte dos visitantes é composta por estrangeiros, que continuam proibidos de entrar no país.
Vaticano
Apesar de ser uma cidade-estado independente, o Vaticano provavelmente acompanhará a Itália na decisão de reabrir seus museus em 18 de maio.
Um número limitado de ingressos será comercializado por dia pelo site e, na entrada, os visitantes passarão por leitores de temperatura corporal. Além disso, todos terão que usar máscara.
Devido à restrição de entrada de estrangeiros no país, em um primeiro momento os visitantes serão principalmente moradores de Roma. Por isso, a administração dos Musei Vaticani está considerando mudar seu horário de abertura para receber visitantes à tarde e à noite, ou seja, depois que as pessoas saírem do trabalho.
Outras Itálias
Segundo o ministro da cultura, Dario Franceschini, outro objetivo nessa retomada lenta é descongestionar os destinos mais famosos da Itália e distribuir o movimento para atrações menos incensadas. Dessa forma, será mais simples colocar em prática as medidas de distanciamento social.
Quando a pandemia de coronavírus tiver fim e as viagens internacionais voltarem a ser possíveis, será interessante considerar a visita a destinos alternativos. Por sorte, a Itália é cheio deles.
Em vez de se colocarem em meio à aglomeração de Veneza, por exemplo, os turistas podem optar por se espalhar pelas praias da Puglia ou da Sicília. O sonho de conhecer a Toscana pode ser substituído pelas paisagens igualmente belas, mas menos exploradas, da Úmbria.