Boa comida, bebida de qualidade e ótima música. Procurando reunir tudo isso em um só programa? Existe, sim. Eis aqui uma seleção de endereços em São Paulo que reúnem todos esses predicados.
São eles: Bar Alto, Bar Brahma, Baretto e Rabo Di Galo. Basta escolher o ritmo musical que melhor agradar e rumar para um deles! Ah, quem for ao Brahma ainda pode conferir a atmosfera de uma das esquinas mais famosas da cidade, o cruzamento das avenidas Ipiranga e São João (veja no bônus). Confira mais detalhes a seguir.
Bar Alto
Rua Aspicuelta, 194 – Vila Madalena – Instagram: @baralto.sp
Espaço procurado por um público moderno, o bar tem três ambientes. As apresentações musicais (de diferentes gêneros, artistas e estilos) e festas acontecem no pavimento intermediário, entre o primeiro, escurinho e onde são preparados os drinques, e o terraço ao ar livre. Para entrar na área de música ao vivo e conferir os shows é preciso passar por uma porta fechada e um segurança, com ingressos cobrados à parte. A programação musical é divulgada semanalmente pelo Instagram da casa. No embalo das notas musicais, há drinques como o alto negroni, que leva gim, toque de cachaça envelhecida com infusão de nibs de cacau e laranja desidratada, Campari e vermute tinto. Forram o estômago petiscos como a croqueta de pernil ou o sanduíche vegano de falafel, homus de cenoura, rúcula e pasta de alho.
Bar Brahma
Avenida São João, 677 – Centro – (11) 94745-8186 – Instagram: @barbrahma
Situado no cruzamento das avenidas Ipiranga e São João (famoso por figurar em versos da Sampa, uma das obras-primas do cancioneiro de Caetano Veloso), o bar recebe a maior frequência à noite, quando acontecem as apresentações musicais. Os shows rolam na varanda, no salão menor chamado de esquina da MPB e no salão principal. A lista de apresentações é divulgada no site e no Instagram do bar. No copo, um dos campeões de pedido é o chope bem tirado, que pede petiscos como os canapés de berinjela defumada, muçarela de búfala, uva-passa, azeitona preta, limão-siciliano e cebola frita na torradinha de pão australiano.
Baretto
Rua Vitório Fasano, 88 (Hotel Fasano) – Jardim Paulista – (11) 3896-4000
MPB, bossa nova e jazz dominam a programação de música ao vivo, tocada e cantada em volume agradável, que anima o ambiente à meia-luz decorado com sofás e poltronas confortáveis. A carta de drinques desse bar no pioneiro Hotel Fasano, nos Jardins, tem pedidas clássicas, como o tradicional bellini, preparado ali com prosecco com rótulo do Fasano e polpa de pêssego. O couvert artístico inclui um cesto de chips de batata e um pote de amendoim. Para mais comes, o cardápio traz petiscos, sanduíches, saladas e massas.
Rabo Di Galo
Rua Itapeva, 435 (hotel Rosewood São Paulo) – Bela Vista – (11) 3797-0500
Com design inspirado em clubes de jazz clássicos, o pequeno bar instalado no hotel Rosewood recebe os frequentadores todas as noites com grupos que tocam MPB, pop ou rock em alto som e bem pertinho do público – a programação pode ser conferida no site do hotel. Da seleção de drinques, o quiui margarita, acidinho, é feito com gim, kiwi, salsão e óleo de coco, num curioso tom esverdeado. Outra opção é o sambei, docinho e untuoso, de gim, jerez fino e cordial de banana com um desnecessário confeito industrializado que imita a fruta. Para um belisco, uma sugestão das boas é o mini-hambúrguer de wagyu com cebola crocante, picles e queijo cheddar com fritas.
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Bônus: Esquina das avenidas Ipiranga e São João
Alguma coisa acontece no meu coração / Que só quando cruza a Ipiranga e Avenida São João… Esses versos da música “Sampa” eternizaram o cruzamento localizado no centro da capital paulista. A canção foi composta por Caetano Veloso em 1978. Em diversas declarações, o cantor diz que a inspiração veio de outra música icônica, “Ronda”, de Paulo Vanzolini (1924 – 2013), que cita a Avenida São João. Foi com a composição do baiano que a esquina ficou famosa e virou um dos cartões postais no imaginário sobre a capital paulista. Tanto que, em 2022, a prefeitura investiu em uma obra de revitalização do cruzamento, incluindo a instalação de quatro estátuas de bronze, criação da artista plástica Christina Motta. Uma é do já citado Paulo Vanzolini, que abordou como poucos a boemia paulistana de priscas eras. O outro personagem é uma figurinha igualmente carimbada da história da cidade: o sambista Adoniran Barbosa (19123 – 1982), que retratou em suas músicas o cotidiano dos paulistanos pobres. O conjunto de obras se completa com as estátuas de um fotógrafo lambe-lambe e um engraxate, personagens marcantes da São Paulo antiga.
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