Subir e descer as ladeiras de Ouro Preto dá uma canseira que só. Tanto esforço ainda resulta numa fome danada. Mas não tem jeito, a dificuldade em estacionar o carro por lá, faz com que nossos músculos inferiores e pulmões sejam muito requisitados. Ouro Preto não é um grande destino gastronômico – dentre as históricas cidades mineiras, Tiradentes está num patamar superior. Porém, há bons lugares para saciar a fome e repor as energias.
1 – Bené da Flauta
O restaurante, que homenageia um antigo morador que tocava flauta pelas ruas da cidade, está localizado em um casarão colonial do século 18 na área nobre da cidade – na parte alta, ao lado da Igreja de São Francisco de Assis.
As refeições são embaladas por clássicos do jazz ou MPB e a vista é reconfortante – de um lado, você pode apreciar a portada da igreja, assinada por Aleijadinho; do outro, avista-se um jardim ou o Pico do Itacolomi.
Receitas típicas mineiras são servidas apenas durante o almoço. À noite, a pedida é mandar ver num prato mais leve, como a truta com alcaparra ou o filé com espaguete na sálvia.
2 – Café Geraes/Escadabaixo
Se você está pensando num expresso com pão de queijo, sinto muito, mas entrou no lugar errado. O nome engana mesmo.
Localizado na ladeirinha da Rua Direita, a mais vibrante da night ouropretana, o local é um badalado e movimentado dois em um.
No andar térreo, o Café Geraes tem pegada mais tradicional. Com ares retrô e trilha sonora embalada ao som de jazz e MPB, o local é um dos preferidos pelos casais – no período noturno, as velas nas mesas reforçam o romantismo. Massas, carnes e peixes compõem o grosso do menu. Um dos pratos campeões de audiência é o risoto parmegiano com filé.
Descendo as escadas do fundo do salão, chega-se ao Escadabaixo, um pub com decoração mais moderna e frequência jovial. As playlists são embaladas ao som do puro rock’n roll e os pratos servidos no andar superior cedem espaço à pizzas e petiscos, como a costelinha ao molho barbecue. Para beber, uma boa carta de drinques e cerca de 100 rótulos de cerveja.
3 – Chafariz
Quem caminhou um tanto pela manhã e pretende continuar judiando do calçado à tarde, encontra no Chafariz um ótimo local para repor as energias. Instalado na casa onde nasceu o poeta Alphonsus de Guimarães, a casa fica numa raríssima rua plana no Centro Histórico.
Ao entrar, todos são convidados a provar um bambá de couve (caldinho) e uma cachacinha para abrir o apetite – dependendo do que você fez pela manhã, ele estará aberto há tempos. O segundo ato é se refastelar com um bufê de comida típica: são oferecidos cerca de 30 pratos, mais uma mesa cheia de sobremesas.
A decoração pode soar a princípio exagerada, mas combina bem com o ambiente: quadros, louças, mobiliário antigo e muitas, mas muitas garrafas.
4 – Ouropretana
Uma cidade com astral tão jovem com vida estudantil movimentada não poderia deixar de ter uma cervejaria artesanal. Localizada na vizinha Cachoeira do Campo, a Ouropretana tem uma loja de fábrica – que também atua como bar – um pouco fora do Centro Histórico, próximo da Igreja de Nossa Senhora do Rosário.
Fica difícil não deixar de provar os sete tipos produzidos pela Ouropretana, mas a boa notícia é que há uma degustação em sequência dos rótulos em copinhos de 200 ml. Ah, e muita gente vai lá apenas para provar o chope IPA Maracujá.
Não espere apenas por petiscos calóricos, eles estão bem representados pelo torresmo ou pelas almôndegas picantes, mas há comidinhas mais lights como a pizza de rabanete. Apesar de parecer um local de balada, o horário de fechamento é as 21h.
5 – Senhora do Rosário
Restaurante de hotel com toque aristocrático dá um certo receio em entrar, correto? Pois aqui, não tenha medo alguns, até porque tem entrada independente pela calçada da rua. O Solar do Rosário é um dos hotéis mais elegantes de Ouro Preto. O salão do restaurante apresenta piso de ladrilho hidráulico e colunas e paredes de pedra.
No cardápio, uma mescla de pratos com inspiração mineira e receitas com pegada europeia. O filé de carne de sol com queijo coalho e purê de banana e o risoto de champignon com manteiga trufada fazem uma bela tabelinha.
No intervalo entre o almoço e o jantar, serve um chá da tarde com muitos bolos e pães caseiros – também aberto ao público.
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