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5 destinos sossegados próximos a São Paulo para passar o Carnaval

Quer viajar no Carnaval mas sem encarar blocos, confetes e serpentinas? Listamos cinco destinos próximos à capital paulistana onde a folia quase não tem vez

Por Fernando Leite
Atualizado em 5 jan 2018, 20h52 - Publicado em 14 fev 2017, 14h30

Se existe uma tarefa difícil para um jornalista que se propõe a escrever sobre viagens pelo Brasil, é falar de destinos tranquilos para passar o Carnaval.

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Toda cidade, por mais pequena que seja, tem sempre uma bandinha, um bloco, um baile ou mesmo um desfile de crianças. Os cinco destinos listados abaixo não passam incólumes, mas garantem muito mais momentos de tranquilidade do que folia.  

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1. Analândia

Em Analândia, o Morro do Cuzcuzeiro é célebre na escalada / Divulgação Cuzco
O Morro do Cuscuzeiro é o principal cartão-postal de Analândia ()

Se você deseja passar o feriadão em uma cidade mais ou menos com o perfil de Brotas, mas sem tanta gente pelas ruas e cachoeiras, seu destino é Analândia, justamente a 57 km dali.

O número de atrações é exponencialmente menor, mas não decepciona – e também nada impede que vá um dia a Brotas. Cartão-postal da cidade, o Morro do Cuscuzeiro é uma formação solitária arenítica com os últimos 50 m totalmente verticais com várias vias de escalada com cordas. Mas você pode subir até um certo ponto e curtir a vista.

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Tomando certo cuidado, especialmente se estiver com crianças, a Cachoeira do Escorrega é diversão certa. A altura pouco importa, o pessoal gosta é de alugar uma boia e descer pela rocha escorregadia.

Em terra de produção de cachaças – Pirassununga que fabrica uma famosa marca, fica a 35 km – Analândia marca presença com a Cachaçaria Macaúva. Além da visitação ao alambique, há um restaurante com uma carta com 24 aguardentes de todo o Brasil.

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2. Cunha

Cerâmica da cidade de Cunha, interior de São Paulo
A cerâmica colocou Cunha no mapa turístico do Brasil (//Divulgação)

O Carnaval no centinho histórico de Cunha pode até ser agitado – nada que se compare à loucura da vizinha São Luiz do Paraitinga, claro  –, mas o município que dá início à Serra da Bocaina tem tanta, mas tanta área livre para passear, que o sossego é garantido.

Quem pega a sinuosa estradinha para o distrito de Campos de Cunha dirige por 28 km praticamente sem encontrar vivalma, apenas com as montanhas ao lado. De lá, são mais 8 km até a Cachoeira do Paraitinga, já na vizinha Silveiras.

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Do lado inverso, com acesso pela estrada Cunha-Paraty, subir a Pedra da Macela em dias claros é garantia de se ver além da cidade histórica fluminense de um ângulo inusitado e muito próximo.

A caminhada de 2 km é íngreme, mas qualquer criança com seus 9, 10 anos faz. Você pode combinar esse programa com uma visita à Cervejaria Wolkenburg e com O Lavandário.

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Claro que não podemos deixar de falar dos ceramistas, que por lá chegaram nos anos 70 e alavancaram o nome da cidade. Todos adeptos da técnica noborigama, onde as peças são queimadas por duas vezes em fornos de alta temperatura.

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No sábado de Carnaval, o ateliê de Suenaga e Jardineiro promoverá uma abertura da fornada ao público às 10h, 12h, 14h e 16h – depois de queimados os objetos são resfriados por dias dentro do forno até acontecer sua abertura.

3. Gonçalves

Jipe nos arredores de Gonçalves, Minas Gerais
A Serra da Mantiqueira em seu estado mais bruto (Acervo Setur/Divulgação)

A única não-paulista dessa seleção fica até mais próxima da capital do que outras mencionadas no post. O mais chato é a constante troca de rodovias para alcançar um dos destinos mais cultuados da Serra da Mantiqueira (veja como chegar abaixo).

No Carnaval, a temperatura na região é bem amena, possibilitando encarar uma atividade aquática. Como as cachoeiras têm fácil acesso e deverão estar abarrotadas, você pode fazer um boia-cross no Rio Capivari.

Bom condicionamento físico é pré-requisito para subir as pedras Bonita, do Forno e Chanfrada e ficar embasbacado com a vista que se forma – na mais alta, a Pedra Bonita, consegue-se ver Campos do Jordão. Com um nível menor de exigência física, a Pedra de São Domingos é uma boa opção para quem viaja com filhos adolescentes.

No quesito comilança, a exposição de geleias e antepastos de A Senhora das Especiarias é imperdível. Quem não dispensa uma comida caseira no fogão a lenha em um terreno cheio de galinhas soltas, vá para o Restaurante da Vilma, no Bairro dos Venâncios, na área rural.

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4. Monte Alegre do Sul

Cachaça Campanari - Monte Alegre do Sul
O que mais se encontra em Monte Alegre do Sul são alambiques (Reprodução/Facebook/Campanari)

O efervescente comércio de Serra Negra está a 11 km, e as construções históricas de Amparo, a 13 km. Um pouco mais distante – mas nem tanto – 30 km é a distância para as atividades radicais de Socorro e com 40 km de estrada, chega-se em Monte Sião e suas centenas de malharias.

Se você for louco por passeios, mas não abre mão de noites pacatas em tempos de folia, a localização estratégica e a tranquilidade de Monte Alegre do Sul caem como uma luva. Porém, ao fincar seus olhos na cidadezinha, bater um papo com os moradores ou passear pelas estradas que cortam a área rural, é bem capaz que você não saia para conhecer nada.

Fruto da colonização italiana, pelo município estão espalhados mais de 50 alambiques, muitos com visitação e degustação – mas não vai abusar, heim!

No Centro, o Espaço da Fonte mescla alambique, ateliê e um animado bar. Como quase toda cidade da região, o Mirante do Cristo garante aquela vista 360º.

Quem viaja com crianças deve reservar um tempo para conhecer a Mini-Cidade, uma maquete mostrando Monte Alegre do Sul em miniatura.

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5. Tapiraí

Em terra de cachoeira, a do Chá reina em Tapiraí
Em terra de cachoeira, a do Chá reina em Tapiraí (Rafael Pereira Alves/Wikimedia Commons)

Localizada na divisa da região sorocabana com o Vale do Ribeira, bem no topo da Serra do Mar, Tapiraí exala Mata Atlântica – e tranquilidade  –  por todos os lados. Quem conhece Paranapiacaba nota semelhanças na névoa por vezes presente e no alto índice de chuvas.

Cheia de vales acidentados, o terreno é fértil para a profusão de cachoeiras. A maior e mais famosa, a do Chá, está a 15 km do Centro, com 30 m de queda e um quilômetro de trilha.

Mais próxima da cidade, mais baixa, quase sem trilha e com poço para banho, a Cachoeira do Alecrim é perfeita para quem viaja com crianças.

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