Achados Adriana Setti escolheu uma ilha no Mediterrâneo como porto seguro, simplificou sua vida para ficar mais “portátil” e está sempre pronta para passar vários meses viajando. Aqui, ela relata suas descobertas e roubadas
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Zanzibar + Serengeti + Kilimanjaro: como conciliar os hits da Tanzânia numa viagem

Embrenhar-se na África é um eterno exercício de logística. Como já disse num post anterior, a Tanzânia faz parte da turma do fundão quando o assunto é desenvolvimento, ocupando a posição 152 do ranking de IDH (índice de desenvolvimento humano) da ONU. Na prática, ainda que o país seja seguro e “fácil” para os padrões […]

Por Adriana Setti
Atualizado em 27 fev 2017, 15h37 - Publicado em 16 Maio 2014, 17h23

Embrenhar-se na África é um eterno exercício de logística. Como já disse num post anterior, a Tanzânia faz parte da turma do fundão quando o assunto é desenvolvimento, ocupando a posição 152 do ranking de IDH (índice de desenvolvimento humano) da ONU. Na prática, ainda que o país seja seguro e “fácil” para os padrões africanos, isso se reflete numa infraestrutura turística limitada, onde o bom costuma ser muito caro, e o barato costuma ser muito ruim. No que se refere ao transporte: por terra é muito ruim, de avião é bastante caro. A seguir, tudo o que eu gostaria de ter sabido sobre o transporte na Tanzânia antes de ir, mas não tive para quem perguntar:

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Zanzibar para começo de conversa

Zanzibar para começo de conversa

A LOGÍSTICA DA TANZÂNIA

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Num primeira visita ao país, quase todo mundo dá um pulo em Zanzibar (que está a um pulo de ferry da maior cidade do país, Dar Es Salaam) e depois segue para o norte do país, na fronteira com o Quênia, onde estão os dois parques nacionais mais incríveis e famosos do país, Serengeti e a cratera de Ngorongoro, bem como o todo-poderoso Monte Kilimanjaro.

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ARUSHA, BASE DE LANÇAMENTO

De Zanzibar, todos os caminhos levam a Arusha, a cidade que é a incontornável base de lançamento para o trio ilustre: Serengeti, cratera de Ngorongoro e o Monte Kilimanjaro. Por terra, a aventura envolve um ferry de Zanzibar a Dar Es Salaam (US$ 40, duas horas) e mais uma viagem de umas 12 horas de ônibus (aprox. US$ 20). Não, o ônibus não é uma maravilha. O voo direto Zanzibar-Arusha custa cerca de US$ 160 (só ida) e demora 1h20. Ou seja, você precisa estar muuuuuito duro pra querer economizar esses US$ 100, certo?

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TECO-TECO É O CANAL

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Arusha tem dois aeroportos, o Kilimanjaro International Airport (JRO) , a 50 kms do centro (US$ 50 de táxi), e o Arusha Airport (ARK), a 9 kms do centro (US$ 10 de táxi). O primeiro recebe aviões grandes, o segundo recebe apenas teco-tecos.

 

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Escapar de um teco-teco é quase impossível. A única companhia que tem aviões grandes (bimotores e jatos) é a Precision Air, que voa de Zanzibar para o aeroporto do Kilimanjaro com escala em Dar Es Salaam. Com as outras, meu amigo, você vai de monomotor e sem copiloto (mas vai direto para Arusha). Se serve de consolo, os aviões costumam ser bem novinhos. Eis os nomes das companhias: Air Excel, Coastal Air, Tropical Air, Zanair, Regional Air. Voei com algumas delas e votaria na Air Excel como a melhor – tinha os aviões mais novos e a maior variedade de horários e voos.

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UMA VEZ EM ARUSHA

Quem tem reserva num lodge pancadão no Serengeti ou na cratera de Ngorongoro geralmente passa em Arusha só o tempo necessário até o próximo voo. A grande maioria dos lodges de safári não faz o transporte por terra e organizar isso por conta própria é difícil e caríssimo (eu bem que tentei). Ou seja, é praticamente obrigatório ir de teco-teco.

As companhias aéreas citadas acima voam para praticamente todas as pistas de pouso dos principais lodges. A pista de Seronera, no coração do Serengeti, serve a vários hotéis. Mesmo assim, está longe de ser um aeroporto: o avião pousa em pista de terra. Como são praticamente táxis aéreos, esses voos são mais caros, proporcionalmente: paguei uns US$ 350, ida e volta, por voos que não chegaram a uma hora em cada uma das pernas. Não existe sair voando sem reserva de hotel! Um 4X4 deve obrigatoriamente esperá-lo na pista, ou você corre o risco de ficar sozinho no meio dos leões. Ou seja, tudo tem que ser combinado de antemão.

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MOCHILANDO NO NORTE DA TANZÂNIA

Quem viaja no esquema “econômico” acaba ficando uns dias em Arusha. Isso porque a cidade é como um mercadão de safáris e excursões, onde abundam as ofertas, os malandros, as roubadas e os achados. Escolher uma empresa confiável pode ser um pouco estressante, mas tenha paciência e faça isso com ciência. Lembre-se: fechar um safári de várias noites é entregar uma grande responsabilidade na mão de alguém que precisa se preocupar com coisas que vão desde a água que você vai beber até a qualidade do carro e a segurança. Se um 4×4 sem rádio pifar numa parte remota do Serengeti, você corre o risco de ficar lá dias a fio, num lugar repleto de animais selvagens. Isso acontece com bastante frequência.

 

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Os safáris de vários dias saem de Arusha e rodam pelos parques, parando em alojamentos modestos ou mesmo acampando na savana. Ainda assim, o mais espartano dos esquemas sai por pelo menos US$ 150 por dia, sem a taxa do parque (US$ 50 por dia no Serengeti, por exemplo). Para escalar o Kilimanjaro o preço vai nas alturas, com o perdão do trocadilho. Tenha pelo menos US$ 1000 em mãos, para começo de conversa.

 

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Vocês, que me conhecem há tempos, sabem que eu sou uma entusiasta de viajar com pouco dinheiro. No caso dos safáris na Tanzânia e da escalada do Kilimanjaro, eu realmente acho que vale a pena juntar mais dinheiro e fazer tudo com mais conforto e segurança.

 

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