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Adriana Setti escolheu uma ilha no Mediterrâneo como porto seguro, simplificou sua vida para ficar mais “portátil” e está sempre pronta para passar vários meses viajando. Aqui, ela relata suas descobertas e roubadas
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Você acha que a Ryanair passou dos limites?

    A Ryanair tem sido presença garantida nas páginas dos jornais europeus nos últimos dias. O governo espanhol estuda retirar a licença da companhia aérea de baixo custo, impedindo assim que opere em território nacional. O caso que motiva o debate é grave. No final de julho, três aviões da empresa irlandesa tiveram que […]

Por Adriana Setti
Atualizado em 27 fev 2017, 15h46 - Publicado em 24 ago 2012, 09h11

 

 

A Ryanair tem sido presença garantida nas páginas dos jornais europeus nos últimos dias. O governo espanhol estuda retirar a licença da companhia aérea de baixo custo, impedindo assim que opere em território nacional. O caso que motiva o debate é grave. No final de julho, três aviões da empresa irlandesa tiveram que fazer pousos de emergência no aeroporto de Valência (leste da Espanha) – no mesmo dia. Dois deles, em um intervalo de três minutos.

 

As três aeronaves se dirigiam a Madri e foram impedidas de pousar na capital por causa de uma tormenta — bem como as de outras companhias aéreas. Os aviões da Ryanair, no entanto, não tinham combustível suficiente para esperar a reabertura do aeroporto no ar e foram obrigados a pedir autorização (em caráter de emergência em com “mayday” incluído no pacote) para pousar em Valência, aonde chegaram com seus tanques em situação críticas.

 

Ao dar explicações, o CEO Micheal O’Leary disse que o procedimento foi algo corriqueiro. Mas admitiu que a companhia publica internamente o consumo de combustível de cada piloto como política para incentivar a economia e reduzir os custos. OH MY GOD.

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No embalo, esta semana o jornal La Vanguardia divulgou um vídeo gravado por um passageiro, que mostrava a agonia das “vítimas” de um voo entre Eindhoven (Holanda) e Palma de Maiorca, que foram mantidos em terra durante horas a fio com o ar condicionado desligado, a uma temperatura de 38 graus. Trata-se de outro “procedimentos normal” da companhia. E digo porque já aconteceu comigo. Quando viajei de Girona a Vilnius, na Lituânia, com a minha mãe, o aeroporto teve que fechar durante uma hora por causa de uma tempestade e nós esperamos a decolagem dentro do avião com o ar condicionado desligado. Para a nossa “sorte”, a temperatura interna deveria ser de “apenas” uns 32 graus, já que estávamos no outono.

 

Neste post antigo, descrevo detalhadamente os prós e contras de viajar com a companhia (algo que, digo e repito, não é indicado para todas as pessoas). E a defendo no sentido de que muitas queixas frequentes contra a Ryanair se baseiam em coisas sobre as quais você é EXPRESSA e EXAUASTIVAMENTE alertado ao comprar a passagem: você deve imprimir a passagem sob pena de levar uma multa homérica, as regras quanto ao peso e tamanho da mala são xiitas, os aeroportos não são os principais etc etc etc. Além disso, também argumento sobre o vício que as pessoas têm de reclamar da falta de conforto a bordo, sobre a qual estão carecas de saber (e continuar fiel à Ryanair).

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Agora, daí a colocar em risco a vida e a saúde dos passageiros, há um oceano de diferença.

 

Temo que eu e você, Ryanair, vamos ter que dar um tempo.

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