Achados

Adriana Setti escolheu uma ilha no Mediterrâneo como porto seguro, simplificou sua vida para ficar mais “portátil” e está sempre pronta para passar vários meses viajando. Aqui, ela relata suas descobertas e roubadas
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Vale a pena viajar para a Europa no inverno?

O principal período de férias no Brasil coincide com o inverno no Hemisfério Norte. Por isso, recebo mensagens frequentes de leitores perguntando se vale a pena visitar a Europa nos meses de frio – principalmente agora que o fim do ano se aproxima. A minha resposta é: depende. Uma viagem pela Europa no inverno precisa […]

Por Adriana Setti
Atualizado em 27 fev 2017, 15h12 - Publicado em 16 nov 2015, 11h39

O principal período de férias no Brasil coincide com o inverno no Hemisfério Norte. Por isso, recebo mensagens frequentes de leitores perguntando se vale a pena visitar a Europa nos meses de frio – principalmente agora que o fim do ano se aproxima. A minha resposta é: depende. Uma viagem pela Europa no inverno precisa ser pensada de uma forma diferente. E também tem que levar em consideração o que você espera dessa experiência e o tipo de viajante que você é. Algumas coisas a ter em conta:

Praia não vale a pena

Fico bastante surpresa com a frequência com que me perguntam se vale a pena passar o réveillon em destinos como Ibiza ou Mykonos. Não, gente. As praias europeias, seja na Espanha, na Grécia ou na Croácia, só fervem na temporada. De novembro a março muitos hotéis fecham, as linhas de barcos ficam bem menos frequentes e os lugares permancem vazios (e um pouco tristes). Isso porque o inverno aqui é de verdade. Em grande parte do Brasil, as oscilações malucas de temperatura nos permitem “veranitos” até em pleno mês de julho e, na falta de sorte, o Nordeste sempre está aí para nos salvar. Mas a Europa não tem essa colher de chá. Mesmo nos lugares mais cálidos, como o sul da Espanha, é praticamente impossível pegar uma prainha no inverno.

Você pagará bem menos por hotéis e passagens

Eis a grande vantagem de viajar pela Europa no inverno. O preço dos hotéis e das passagens (tanto de trem como de avião) são incrivelmente mais baixos do que no verão, o que é um alívio em tempos de euro a R$ 4. Entre novembro e fevereiro, companhias aéreas (como a Ryanair e a EasyJet) fazem aquelas promoções malucas de passagens por menos de € 10 e coisas do gênero. Isso acaba dando liberdade para você montar roteiros muito mais soltos e ousados.

A viagem será mais indoor

Se no verão o grande barato é se jogar nos parques europeus e curtir a vida ao ar livre, no inverno o gostoso é alternar caminhadas com o aconchego dos bares, dos cafés, dos museus… Isso, claro, incrementa um pouco o preço da viagem, mas no final das contas o item anterior acaba equilibrando os gastos.

Você escapará da muvuca

Eis outra graaaande vantagem de viajar no inverno. Menos filas nos museus, menos gente nas lojas, estações de trem e aeroportos mais tranquilos…

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Você precisa estar preparado para o frio

Se você é uma pessoa muito sensível ao frio, o melhor a fazer é escolher um roteiro mais light para o inverno. Foque os roteiros no sul da Europa e deixe destinos como Praga, Budapeste, Escandinávia e Escócia para depois. Se você é uma pessoa que não gosta MESMO de frio, repense.

Neve: use com moderação

Ver a neve cair nos telhadinhos de Paris pode ser uma experiência inesquecível. Mas é bom lembrar que ela dificulta bastante a logística das cidades, torna as calçadas escorregadias e espanta as pessoas da rua. O ideal, portanto, é dosar os destinos onde a neve é uma grande probabilidade (Viena, Praga, Berlim etc), com lugares onde é raríssimo nevar (sul da Europa em geral). Se você curte esquiar, corra para o abraço: as estações de esqui são os lugares mais badalados do inverno europeu, e podem ser uma boa opção até para o Réveillon.

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